A despeito de ser o “software-mãe” do PC (ou do tablet, ou do smartphone, que, como já vimos, nada mais são do que computadores “ultra portáteis”), o sistema operacional é um programa de computador como outro qualquer. Ou quase isso, como veremos no decorrer desta matéria.
Um computador é composto por dois segmentos
distintos, mas interdependentes e complementares: o hardware e o software.
O primeiro corresponde aos componentes "físicos" ― gabinete e
seus componentes internos, teclado, mouse, monitor de vídeo, etc. ― e o
segundo, ao sistema operacional e demais aplicativos e utilitários (*).
Numa definição “engraçadinha”, hardware é aquilo que a gente chuta, e software, o que a gente xinga.
No âmbito da informática, o termo “programa” designa conjuntos de instruções em linguagem de máquina que nos permitem operar o computador. O sistema operacional se encaixa nessa definição, mas por ser responsável pelo gerenciamento do hardware, pelo suporte aos aplicativos e pela execução de uma vasta gama de tarefas essenciais ao funcionamento da máquina como um todo, sua importância é diferenciada. Em última análise, podemos dizer que, sem um SO, um computador não passa de “um corpo sem alma”, um conjunto de peças sem qualquer utilidade prática.
Observação: Os aplicativos são softwares
que se destacam pela interface amigável, por serem capazes de gerar arquivos
que podem ser salvos e por auxiliarem o usuário a executar tarefas específicas
no computador. Por exemplo, para escrever um texto, usamos um processador de textos (como o famoso MS Word), para trabalhar com fotos e
figuras, recorremos a um editor de
imagens (como o festejado Photoshop),
para navegar na Web, utilizamos um browser (como o popular Google Chrome), e assim por diante. Já
os utilitários são ferramentas,
digamos assim, que usarmos para realizar outras tarefas, como a compactação de
arquivos e rotinas de manutenção. No mais das vezes, eles fazem parte de outros
programas ou são componentes nativos do próprio sistema (caso das ferramentas administrativas do Windows,
por exemplo).
O Windows foi criado pela Microsoft no início da década de 80 e
vem sendo aprimorado ao longo de suas várias edições. Ele não foi o primeiro e
tampouco é o único sistema para computadores pessoais, mas é, sem dúvida alguma, o mais bem-sucedido (as versões XP e posteriores,
somadas, dominam quase 80% do
mercado, quando o festejado Mac OS,
da Apple, mal chega a 10%). Até o
lançamento da edição 95, o Windows era apenas uma interface
que rodava no MS-DOS ― esse, sim, o primeiro SO criado pela Microsoft.
Ou quase, porque quando a IBM
resolveu lançar sua versão de computador pessoal e encomendou o sistema à Microsoft ― que até então jamais tinha desenvolvido um
software dessa magnitude ―, Bill Gates
comprou o QDOS de Tim Paterson por US$50 mil, adaptou-o ao
hardware da IBM e mudou o nome para MS-DOS.
O acrônimo DOS (de Disk
Operating Disk) integra o nome de diversos sistemas operacionais ― como o Free
DOS, o PTS-DOS, o DR-DOS, etc. ―, mas o mais emblemático foi
mesmo o MS-DOS. Esse sucesso foi fundamental para o desenvolvimento da Microsoft e crescimento da fortuna
pessoal de Gates, que hoje, segundo
a Forbes, é de quase US$ 90 bilhões. Mas isso já é outra
história.
Amanhã a gente complementa.
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Uma postagem publicada anteontem no site O
Antagonista, sob o título CHEGA
DE PRAZOS, relembra que, em agosto, Edson Fachin concedeu mais prazo
para a defesa de Renan Calheiros se manifestar sobre denúncia
apresentada pela PGR (na oportunidade, disse também o ministro que já
nem sabe quem é o advogado do senador, que, ao longo do inquérito, trocou de
representante nada menos que 17 vezes). Sobre esse assunto, em documento
enviado ao STF, Rodrigo Janot escreveu o seguinte: “A
conclusão lógica, portanto, é de que a presente causa está pronta para
deliberação, pelo Pleno dessa Corte, acerca da admissibilidade da acusação
formulada pelo Ministério Público. Por tais razões, vale destacar que não é
necessária a reabertura de novo prazo para defesa se manifestar, uma vez que esta
já teve oportunidade de apresentar todos os seus argumentos de que dispunha”.
Observação: Eu já havia concluído a composição deste texto quando soube pelo JN que Fachin liberou para o julgamento em plenário a
denúncia contra Renan Calheiros. Ainda não há data marcada para o
julgamento e é pouco provável que ele ocorra em outubro, porque a ministra Cármen
Lúcia já definiu a pauta do mês. Todavia, se o plenário acolher a denúncia,
o que é a hipótese mais provável, o presidente do Senado será promovido a réu ―
vale lembrar que ele responde a outros dez inquéritos no STF, sendo sete
na Lava-Jato ― e poderá ser excluído da linha sucessória da Presidência
da República (na ausência do presidente da República, assume o vice e, na
sequência, os presidentes da Câmara, do Senado e o do STF, nessa ordem). A Rede
questionou a validade da linha sucessória para autoridades que respondem a ação
penal, mas a questão ainda não foi julgada pelo tribunal.
Na mesma linha eminentemente protelatória, a defesa do
ex-presidente petralha e digníssima senhora pediram ao juiz Sergio Moro a dilação do prazo para sua defesa prévia (prazo
esse que termina na próxima sexta-feira, 7), argumentando que os procuradores
do MPF tiveram 55 dias para analisar
as mais de 16 mil páginas de documentos anexados à denúncia, e que, portanto,
postulando isonomia de tratamento.
Observação: Vale relembrar que o Ministério Público
Federal denunciou
Lula, Marisa e outras seis pessoas, e que, de acordo com o procurador Deltan Dallagnol, as provas apresentadas não deixam dúvidas de que
o ex-presidente era “o comandante máximo
do esquema de corrupção identificado na Lava Jato”.
O pedido dos advogados do molusco abjeto não rebate em nenhum
momento as acusações do MPF ― aliás, seus defensores insistem em dizer que não
reconhecem a imparcialidade do juiz Sérgio Moro e dos procuradores que
ofereceram a denúncia. Resta agora aguardar a decisão do magistrado.
Nesse entretempo, a
despeito da pressão dos aliados para que assuma o comando do PT e
seja alçado à presidência nacional do partido, Lula defende “uma cara
nova” para o lugar de Rui Falcão e sugere o nome de Jaques Wagner
― até porque, de acordo com a Folha, o petralha está mais preocupado com
sua defesa na Lava-Jato e em elaborar “um novo projeto para a esquerda do país”.
Tempo não lhe faltará quando estiver “gozando longas férias” no Complexo Penal
de Pinhais, em Curitiba. E viva o juiz Sérgio Moro!
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