Nas residências, o fiasco se repete: até recentemente, bastava chegar novembro para brotarem varandas decoradas com a tradicionais luzinhas piscantes. Uma aqui, outra ali, elas iam aumentando ao longo do mês, e atingiam o ápice em meados de dezembro. Hoje, apartamentos enfeitados são a exceção, não a regra, e contam-se nos dedos os que deixam as luzinhas acesas durante toda a noite.
Na Avenida Paulista ― tradicional “cartão postal” de Sampa ―, não há guirlandas nem iluminação nos postes ao longo do canteiro central. As árvores do Parque Trianon, alegremente iluminadas nos anos anteriores, estão um breu só. A prefeitura não repassou um centavo sequer para ser gasto com decoração natalina pela SPTuris, que tentou preencher a lacuna com dinheiro de patrocinadores, mas só conseguiu emplacar a árvore de Natal do Parque do Ibirapuera, com patrocínio da Coca-Cola. Tirando o Conjunto Nacional ― que colocou mandalas de material reciclado na fachada e montou um presépio parcialmente reaproveitado do ano passado ― e o Shopping Center 3, do outro lado da avenida ― que chama a atenção pela árvore de Natal de 10 metros de altura ―, quase ninguém mais se animou a investir. Nem o Bradesco ou o BankBoston, cuja exuberância da decoração natalina já foi de parar o trânsito (literalmente).
Com isso, meus caros, o tradicional presente de Natal virou lembrancinha, e as indefectíveis lembrancinhas viraram cartões de Natal ― e virtuais, para evitar despesas com selo de correio.
Seja como for, segue minha mensagem natalina a todos que por aqui passarem. Excepcionalmente, não publicarei neste sábado minha tradicional postagem sobre política, até porque não desejo azedar o dia de ninguém.
Boas Festas a todos, e até amanhã, se Deus quiser.