NENHUM HOMEM
REALMENTE PRODUTIVO PENSA COMO SE ESTIVESSE ESCREVENDO UMA DISSERTAÇÃO.
O Natal se
vizinha, e com ele a tradicional troca de presentes. O problema é que a crise
transformou presente em lembrancinha, e lembrancinha em cartão de boas festas (virtual,
para economizar o selo postal). Então, se você já não alimenta mais a esperança
de ganhar de presente aquele tão sonhado tablet, mãos à obra ― ou no bolso,
melhor dizendo. Mas nada de correr para a loja mais sem antes concluir a
leitura desta postagem.
De uns
tempos para cá, os tablets caíram no gosto dos internautas, tanto porque são
mais leves e fáceis de transportar do que os tradicionais notebooks (ou
laptops) quanto porque custam bem mais barato. Mas tablet é tablet e notebook é
notebook, e se este é capaz de substitui um PC de mesa convencional, aquele não
passa de um simples complemento.
É possível
encontrar diversas opções de tablets nas seções de informática dos
hipermercados e grandes magazines, mas escolher a mais adequada exige cotejar
os recursos e preços com seu perfil de usuário e disponibilidade financeira. No
entanto, se você tenciona rodar programas pesados (como os de editoração
gráfica, games radicais e assemelhados) e/ou executar tarefas que exigem
teclado e mouse, melhor gastar um pouco mais e comprar um notebook.
Há tablets
bem baratinhos ― basta fazer uma rápida consulta no Mercadolivre para encontrar modelos por menos de R$ 200. Só que
balizar a escolha unicamente no preço é o caminho mais curto para você se
frustrar (ainda que preço alto nem sempre é sinônimo qualidade, tudo que é de
melhor qualidade costuma custar mais caro).
O preço de aparelhos
com recursos similares pode variar bastante por conta da marca, modelo, tamanho
da tela e sistema operacional (Android,
iOS ou Windows). Para presentear seu filho ou sobrinho pequeno, uma versão mais em conta, com tela de 7 ou 8 polegadas e sistema Android, já está de bom tamanho. Mas se o brinquedinho é para
você ― que, além de navegar na Web, pretende assistir a filmes, escrever textos,
editar imagens e por aí afora ―, esqueça os tablets de entrada de linha. E se
quiser (ou precisar) rodar programas como os que está acostumado a usar no seu
desktop (ou notebook), considere um modelo top com Windows 10 (até para garantir total compatibilidade com o PC de
casa e do escritório).
Nada contra
o iPad, naturalmente ― até porque o
sistema da Apple é mais intuitivo
que o da Microsoft, embora exija um
tempinho de adaptação. Só que o preço... O Android também pode ser uma boa opção
(especialmente para quem já tem intimidade com ele, que está presente na
esmagadora maioria dos smartphones atuais), mas, em qualquer cenário, convém
escolher um aparelho com tela de 13 polegadas (ou maior) e resolução HD, além de processador de dois ou mais
núcleos e memória interna de, pelo menos, 32GB.
Resumo da ópera: O sistema da Microsoft é imbatível em produtividade,
e ainda que sua loja de aplicativos não seja lá um primor de variedades, você irá
encontrar a maioria dos programinhas que está habituado a usar no computador. O
Android, como dito, é líder nos
smartphones, e a loja do Google
dispõe de um sem número de apps para as mais diversas finalidades. Já o iOS é um sistema proprietário da Apple e presente exclusivamente nos
produtos desse fabricante, que são reconhecidos desde sempre pela qualidade
diferenciada e, por que não dizer, pelo preço estratosférico, sobretudo quando
adquirido no mercado formal tupiniquim.
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Segundo a FOLHA, foram menos de cinco minutos entre a
colocação do projeto de reajuste na pauta de votação e a aprovação. Votam
contra Andrea Matarazzo (PSD), Aurélio Nomura (PSDB), Aurélio Miguel (PR), José Police Neto (PSD), Mário Covas Neto (PSDB), Gilberto Natalini (PV), Massataka Ota (PSB), Patrícia Bezerra (PSDB), Ricardo Nunes (PMDB), Salomão Pereira (PSDB), e Toninho Vespoli (PSOL).
Observação: Todos os vereadores petistas que participaram da sessão
votaram A FAVOR DO AUMENTO!
Como se já não sobrassem motivos para o paulistano se
orgulhar de seus conspícuos representantes, na mesma penada essa Camarilha de Vagabundos aprovou ainda
um projeto de ampliação das galerias de água sob o prédio do Legislativo, que
exigiu a realocação R$ 30 milhões do
orçamento destinado originalmente a contratos para limpeza pública.
Em nota, a ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, SEÇÃO SP, lamentou o aumento autoconcedido pelos edis paulistanos, entendendo que tal
decisão demonstra insensibilidade para o grave momento que o país atravessa. No
ano passado, a Câmara criou 660 cargos de livre nomeação ―12 por vereador ― que
a entidade conseguiu derrubar na Justiça. Tomara que consiga reverter também
essa estrepitosa demonstração de pouca vergonha.
Leia a seguir a íntegra da
nota:
O Brasil atravessa uma
profunda crise econômica. Temos mais de 12 milhões de desempregados. Estados e
municípios com dificuldades enormes em cumprir com suas obrigações financeiras.
Muitos deles sequer têm recursos para pagar o 13º salário dos servidores.
O momento é de
contenção e de redução de gastos. É de corte nas despesas. É de nossos
representantes darem demonstração à população que o espírito público norteia
suas decisões, com disposição de dar sua quota de sacrifício pessoal em favor
da causa pública de ajuste das contas para que a municipalidade possa honrar
seus compromissos financeiros e retomar sua capacidade de investimento nos
serviços indispensáveis à sociedade.
Não parece razoável a
justificativa de que o aumento foi agora dado porque desde o início da
legislatura, em 2013, os proventos não tinham sido reajustados.
Primeiro porque a
fonte de custeio desses pagamentos, o orçamento municipal, não teve variação
correspondente nesses anos da legislatura que está se findando.
Segundo porque os
servidores públicos municipais, no mesmo período, em regra e salvo algumas
carreiras que tiveram aumentos em legislação própria, receberam reajuste de
apenas 0,2%, aprovado por lei, e, portanto, definido pelos próprios vereadores
– insignificante se compararmos aos seus 26,3%. Não parece atender ao princípio
da moralidade pública aumento autoconcedido por aqueles que são responsáveis
pela aprovação orçamentária, especialmente quando se impõem aos servidores
públicos sacrifícios que os vereadores não querem assumir.
Aliás, é preciso
lembrar que a função de vereança não é profissão, mas, sobretudo, um cargo
honorífico, que não impede a cumulação com outras atividades econômicas.
Pondere-se ainda que,
embora tenham atendido formalmente a exigência constitucional de vereadores, só
promoverem aumento para a legislatura seguinte, ou seja, para aqueles que irão
tomar posse em janeiro de 2017, aproximadamente 70% dos vereadores foram
reeleitos e se beneficiarão do reajuste que aprovaram.
A OAB SP, cumprindo
seu papel de defesa dos princípios republicanos insculpidos na Constituição do
Brasil está analisando o aumento para, entendendo desprovido de base
constitucional ou legal, propor as medidas cabíveis em proteção ao erário
público e a sociedade paulistana.
Marcos da Costa ― Presidente
da OAB SP
FELIZ NATAL A TODOS