terça-feira, 18 de abril de 2017

SOBRE O SUPOSTO DESGASTE PREMATURO DO COMPUTADOR EM DECORRÊNCIA DE FREQUENTES DESLIGAMENTOS E AS DEMAIS OPÇÕES DE DESLIGAMENTO DO WINDOWS

O MERCOSUL É A UNIÃO ENTRE O BOM GOSTO E A SOBRIEDADE DOS BRASILEIROS, A HONESTIDADE DOS PARAGUAIOS, A ALEGRIA DOS URUGUAIOS, A SIMPLICIDADE E HUMILDADE DOS ARGENTINOS E A SINCERIDADE DOS CHILENOS.

É incontestável que qualquer dispositivo elétrico ou eletroeletrônico “sofra mais” no momento em que é ligado ― por isso que é mais comum uma lâmpada queimar no instante em que a acendemos do que simplesmente se apagar “do nada”, minutos ou horas depois de acesa (embora isso também possa ocorrer, naturalmente). No caso do PC, todos os componentes são sensíveis, em menor ou maior grau, a variações e surtos de tensão, mas o HDD (sigla para disco rígido, que, no idioma do Tio Sam, é chamado de Hard Disk Drive) sempre foi o mais susceptível.

Por se tratar de um dispositivo eletromecânico, o disco rígido tem partes móveis, como os atuadores, que movem as minúsculas cabeças de leitura e gravação ao longo de toda a superfície dos pratos ― que por sua vez giram milhares de vezes por minuto em torno de um eixo acionado por um motor ―  para “ler e escrever” os bits que compõem os arquivos digitais mediante a inversão de polaridade das moléculas de uma camada de óxido de ferro que... bem, podemos economizar tempo e espaço se você acessar o resumo que eu apresentei a respeito nesta postagem.

Mesmo os PCs do final do século passado podiam ser ligados e desligados milhares e milhares de vezes antes de o HDD “pifar”. Claro que nada é eterno, muito menos a vida útil desse componente, mas era mais comum o computador se tornar obsoleto e ser substituído antes de o disco rígido apresentar problemas de funcionamento, a menos, naturalmente, que fosse fulminado por um pico de tensão ou danificado por um apagão inesperado na rede elétrica ― daí a importância de a gente usar um no-break ou, no mínimo, um estabilizador de tensão de boa qualidade, como você pode conferir nesta postagem.

Novas tecnologias tornaram os HDDs mais resistentes a impactos e solavancos (que castigam mais os computadores portáteis que os de mesa, mas enfim...), além de menos suscetíveis aos inevitáveis “distúrbios” da rede elétrica. Todavia, continua valendo a recomendação de jamais desligar o computador puxando o cabo energia da tomada, e sim abrir o menu Iniciar e clicar em Desligar. Dessa forma, o sistema encerrará adequadamente os aplicativos, processos e serviços, finaliza a sessão e só então cortará o fornecimento de energia, prevenindo a corrupção de arquivos e eventuais danos físicos no disco rígido.

Observação: De uns tempos a esta parte, passou a ser possível desligar o computador com segurança através do botão de power (tanto nos notebooks quanto nos desktops). Todavia, convém tomar cuidado para não o manter pressionado por mais tempo do que o necessário, pois, ao cabo de 5 segundos, o desligamento será feito “na marra”, como se o cabo de energia fosse desconectado da tomada. Essa opção deve ser reservada para ocasiões extremas, quando um travamento severo do sistema impede que ele seja desligado pelas vias convencionais.

Enfim, o que me levou a essas considerações preambulares foi a velha dúvida sobre o que é mais conveniente: desligar o computador durante intervalos curtos, como na hora do almoço ou do lanche da tarde, por exemplo, ou mesmo no final do dia, para não amargar os “intermináveis” minutos que a máquina levará para ficar pronta para uso na manhã seguinte. No entanto, como este texto já se alongou demais, o resto vai ter de ficar para o próximo post. Até lá.

PONDO OS PINGOS NOS IS

A “Delação do Fim do Mundo” deu origem à “Lista de Janot”, que resultou na “Lista de Fachin”, que caiu como uma bomba no Congresso. Menos pela divulgação dos nomes dos envolvidos ― que já eram conhecidos devido a diversos vazamentos ― e mais pela nova dimensão que o levantamento do sigilo dos depoimentos de Marcelo Odebrecht e de outros ex-diretores do Grupo vêm dando aos fatos, que são ainda mais estarrecedores quando ouvidos da boca dos delatores.

É certo que só teremos uma ideia do real tamanho desse imbróglio depois que cada inquérito for analisado, mas é igualmente certo que, pelo que veio a público até agora, nosso sistema político não tem como se sustentar por muito mais tempo. Isso é ponto pacífico. Por outro lado, convocar eleições “diretas já”, como defendem alguns, não é a solução.

Não que o atual governo seja grande coisa. O fato de vir produzindo resultados, notadamente no âmbito da Economia, chega a ser espantoso, considerando que Temer carece de respaldo popular, está cercado de ministros investigados por práticas pouco republicanas e é dependente de um Congresso que não passa de um covil de corruptos comandado por “Botafogo” e “Índio” ― apelidos pelos quais figuram conhecidos os presidentes da Câmara e do Senado nas planilhas espúrias do departamento de propina da Odebrecht. E são essas lamentáveis figuras, nessa mesma ordem, que responderão interinamente pela presidência da Banânia se a chapa Dilma-Temer for cassada antes do final do mandato de Michel Temer.

Alimentar esperanças de o país melhorar com a deposição do atual presidente seria o mesmo que escrever a Papai Noel e ficar esperando resposta. Rodrigo Maia e Eunício Oliveira são investigados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Temer só escapou de um inquérito para chamar de seu porque seu cargo lhe confere imunidade provisória. Como dizem os americanos, BETTER THE DEVIL YE KEN THAN THE DEVIL YE DON'T (melhor ficar com o diabo que conhecemos do que o que não conhecemos, numa tradução livre).

E ainda que o povo tomasse vergonha e exigisse o afastamento imediato de todos os ministros, senadores, deputados e governadores sob suspeita ― não se trata de fazer pré-julgamento, mas de exigir um mínimo de moralidade, até porque todos os que investigados que, comprovadamente, não tivessem nada a ver com o peixe seriam prontamente reconduzidos a seus cargos, como acontece em democracias mais civilizadas ―, quem herdaria a coroa e o cetro seria a ministra Cármen Lúcia. Não se nega que ela vem fazendo um bom trabalho à frente do STF, mas daí a achar que se daria bem na presidência da República, num cenário como o atual, é o mesmo que acreditar na Fada do Dente.

A despeito de Temer ter sido conivente com as patifarias praticadas pela anta vermelha ― e de ter flanado confortavelmente no vácuo da sacripanta quando era vice-presidente da Banânia, beneficiando-se dos recursos milionários que propiciaram a reeleição da chapa em 2014 ―, em vez de sairmos às ruas gritando “Fora Temer”, deveríamos, isso sim, apoiar seu governo e torcer para que ele realmente consiga aprovar as reformas impopulares, mas indispensáveis, que são o primeiro passo na longa e espinhosa caminhada rumo ao crescimento do qual o PT nos desviou na última década, por conta de seu ominoso projeto de poder.

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