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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

DESLIGAR, SUSPENDER OU HIBERNAR?


PAPAGAIO QUE ACOMPANHA JOÃO DE BARRO VIRA AJUDANTE DE PEDREIRO.

O Windows 7 tornou possível personalizar o comportamento do botão de energia (liga/desliga) do computador. Essa prerrogativa foi mantida nas versões subsequentes do sistema e pode ser de grande valia para usuários de notebooks e netbooks, pois os fabricantes insistem em instalar o tal botão numa posição que propicia o desligamento acidental do aparelho. Se isso acontece frequentemente com você, siga o roteiro do post anterior e habilite a opção "Nada a fazer", lembrando que essa reconfiguração não afeta o desligamento forçado do computador quando o botão de energia é pressionado por 5 segundos. As demais opções são as mesmas que o Windows oferece no submenu Desligar do menu Iniciar > Desligar. Vamos a elas.

Desligar encerra o Windows da maneira correta e desliga totalmente o computador. Mas há situações em que é melhor optar pela suspensão ou pela hibernação, pois o sistema leva menos tempo para "despertar" e retorna com os aplicativos e telas do jeito em que se encontravam no momento em que o computador "adormeceu".

Observação: Embora a vida útil do disco rígido esteja relacionada ao número de inicializações a que esse componente é submetido, modelos atuais suportam dezenas de milhares de ciclos "liga/desliga". Em tese, se você desligar e religar o PC 20 vezes por dia, 365 dias por ano, o drive deve durar uns bons 8 anos, e como a obsolescência do hardware impõe a troca do computador a cada 3 ou 4 anos, não há razão para se preocupar muito com isso.

A opção Suspender coloca o sistema em stand-by. O monitor é desligado e alguns componentes do computador são desenergizados, mas o cabo de força precisa ficar conectado à tomada (no caso dos desktops, que, ao contrário dos note e netbooks, não dispõem de bateria). Para despertar o Windows, basta mover o mouse ou pressionar uma tecla qualquer. Como o conteúdo da memória RAM é preservado, o retorno é imediato e todos os aplicativos, janelas etc. voltam exatamente como estavam no momento em que se o sistema foi suspenso.

A opção Hibernar transfere o conteúdo da RAM para o arquivo hiberfil.sys (no disco rígido) e desliga totalmente o computador. No caso dos portáteis, essa função não consome bateria; nos desktops, pode-se desplugar o cabo de energia da tomada (ou do no-break/estabilizador/filtro de linha). O "despertar" não é tão rápido quanto na opção Suspender, ainda que menor demorado do que no boot convencional, e os aplicativos, janelas, etc. retornam como estavam quando o sistema "adormeceu". Note que essa função nem sempre está disponível no botão Iniciar do Windows, já que a maioria das máquinas atuais permite apenas que o usuário coloque o PC em suspensão, e, caso ele não volte a usar o aparelho por um determinado tempo, o sistema entra automaticamente em hibernação ou em suspensão híbrida (mais detalhes nesta postagem).

Quanto a Reiniciar, bem, é preciso deixar claro que reiniciar um dispositivo computacional consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligar logo em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e eu não vou encompridar este texto discutindo questões semânticas. Mas convém ter em mente que desligar o PC, o tablet ou o smartphone interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos e capacitores da placa-mãe e demais componentes, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Na reinicialização, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subsequente é de apenas uma fração de segundo, podendo não ser suficiente para permitir que as reservas de energia se esgotem completamente e, consequentemente, que as memórias voláteis sejam totalmente esvaziadas. Portanto, a não ser em algumas situações específicas (mais detalhes nesta postagem, prefira desligar o aparelho e tornar a ligar depois de alguns minutos ao invés de se valer do comando Reiniciar.

Sugiro usar a suspensão durante ausências curtas — no horário do almoço, por exemplo —, sobretudo no ambiente corporativo, de modo a evitar que pessoas não autorizadas acessem o computador. Note que primeiro é preciso criar uma senha de logon e depois fazer as demais configurações — no Windows 10, clique em Iniciar > Configurações > Contas > Opções de entrada e, sob Senha, clique em Adicionar ou Alterar (note que esse ajuste afetará a sua conta da Microsoft, se você tiver uma).

Outra maneira de inibir a ação de bisbilhoteiros é ativar a proteção de tela combinada com a exigência de senha. Digite proteção de tela no campo de buscas da Barra de Tarefas, clique em Alterar Proteção de Tela (Painel de Controle), escolha a opção desejada (bolhas, faixas, fotos, polígonos, etc.), defina o tempo de ociosidade a partir do qual ela entrará em ação (de 1 a 9999 minutos) e marque a caixa de verificação Ao reiniciar, exibir tela de logon.

Observação: Os jurássicos monitores CRT — notadamente as telas de fósforo verde usadas na pré-história da computação — eram bastante susceptíveis ao “burn-in” provocado pela exibição prolongada de imagens estáticas. Aliás, televisores de tubo também sofriam essa “queima”, a exemplo das telas de plasma, ainda que em menores proporções. Os “screensavers” surgiram para minimizar minimizar esse problema modificando ou movendo o conteúdo exibido na tela, mas se tornaram praticamente inúteis depois que a tecnologia LCD se tornou padrão. Não custa lembrar que os “protetores de tela" são arquivos de extensão ".scr", e, como os demais executáveis, podem conter códigos maliciosos (vírus, trojans etc.). Então, se as animações oferecidas nativamente pelo Windows não lhe agradarem, tome muito cuidado ao baixar opções disponíveis na Web.      

Para ausências mais prolongadas (durante a noite, por exemplo), use a Hibernação, lembrando sempre que reinicializações periódicas ajudam a resgatar a performance que o sistema tende a perder após muitas horas ou dias de atividade ininterrupta. Portanto, desligue totalmente o computador pelo menos uma vez por semana. Vale também dar um clique direito no botão Iniciar e, no menu suspenso que se abre em seguida, clicar na setinha à direita de Desligar ou Sair e escolher a opção Sair (se ela não estiver disponível, pressione o atalho Ctrl+Alt+Del e clique Sair) e então torne a fazer o logon na sua conta de usuário.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

AINDA SOBRE O DESLIGAMENTO DO PC


NO JAPÃO, CORRUPTO SE SUICIDA; NA CHINA, É FUZILADO; NA ITÁLIA, É PRESO; NO BRASIL, É ELEITO.

O padrão AT para gabinetes, placas-mãe e fontes de alimentação foi desenvolvido pela Intel na década de 1980 e reinou absoluto até por volta da virada do século, quando começou a ser substituído progressivamente pelo ATX (também da Intel), que, dentre outros aprimoramentos, introduziu o conceito de fonte inteligente.


No AT, além de abrir o menu Iniciar do Windows e selecionar a opção Desligar, como fazemos atualmente, era preciso esperar que a mensagem que se vê na imagem à esquerda e então mudar o Power Switch (interruptor de energia do gabinete) para a posição “desligado”. 

Já no ATX  — que continua em uso até hoje —, o desligamento por software comanda tanto o encerramento do sistema quanto a interrupção do fornecimento de energia, ou seja, desliga o aparelho em nível de hardware sem que seja preciso acionar nenhum botão. Com isso, os gabinetes deixaram de integrar o botão de "reset" — que servia para reiniciar o computador numa época em que o Windows travava com uma frequência irritante — e o "turbo" — que não aumentava a frequência de operação do processador, mas sim reduzia-a, permitindo a execução de programas ainda mais antigos. Mais adiante, os fabricantes de PCs eliminariam também os drives de disquete (primeiro os de 5 ¼", depois os de 3 ½") e os drives de mídia óptica (CD, DVD, BD), mas isso já é outra conversa.

Deve-se ainda ao ATX a adoção dos botões soft touch para ligar/desligar o computador. Até então, era preciso mudar um switch (interruptor) da posição "desligado" para "ligado" e vice-versa. A partir daí, um simples toque no botão de energia liga o aparelho — bem como o desliga, pois desde a versão XP do Windows que tocar nesse botão quando o PC está ligado produz o mesmo efeito que clicar na opção "desligar" do menu Iniciar, ou seja, fecha os programas, encerra o sistema da maneira adequada e corta o fornecimento de energia para o hardware.

O Seven possibilitou a personalização da função desse botão (as opções são as mesmas oferecidas pela setinha à esquerda comando Desligar do Menu Iniciar). Para fazer essa personalização no Win10, basta clicar em Iniciar > Configurações > Sistema > Energia e Suspensão > Configurações de energia adicionais > Escolher as funções dos botões de energia e fazer os ajustes desejados.

Observação: Quando e se o sistema travar a ponto de nem o mouse nem o teclado responderem, manter o botão de energia pressionado por 5 segundos  desliga o computador "na marra" , mas você dever recorrer a esse esse recurso somente se não houver alternativa, pois, no desligamento forçado, o aparelho é desligado sem que seja encerrado adequadamente, o que pode acarretar perda de dados, corrupção de arquivos e outras sequelas indesejáveis. Note que, independentemente da função que você atribuir ao botão de energia, mantê-lo pressionado por 5 segundos desligará o computador “na marra”.

Continua no próximo capítulo.