TUDO É RELATIVO: O TEMPO QUE DURA
UM MINUTO DEPENDE DE QUE LADO DA PORTA DO BANHEIRO VOCÊ ESTÁ.
Os computadores evoluíram muito desde o ábaco dos antigos
egípcios, mas mais ainda e muito mais depressa nas últimas duas ou três
décadas. Até o final dos anos 1960, a computação pessoal era apenas um sonho
distante. Thomas Watson, presidente da
gigante IBM, saiu-se, em meados dos
anos 1940, com a seguinte pérola: “Eu acredito que há mercado para talvez
cinco computadores”. Claro que naquela
época essas máquinas maravilhosas ainda eram gigantescos mainframes, que jamais
caberiam numa residência comum. Mas as previsões continuaram cambaias durante
anos. Ken Olsen, presidente e fundador da Digital Equipment Corp.,
disse em 1977: “Não há nenhuma razão para alguém querer um computador em
casa” ― e viveu tempo suficiente para se arrepender amargamente da sua
falta de previsão.
O fato é que os PCs
atuais (e não estou falando apenas em desktops e notebooks, mas também nos tão
populares tablets e smartphones, que são os verdadeiros “microcomputadores”) já
não ocupam salões enormes ou precisam ser mantidos sob forte refrigeração como
os gigantescos computadores usados quase que exclusivamente por órgãos governamentais
e grandes corporações até o início da década de 80. Mesmo assim, essas
maravilhas da tecnologia ainda não atingiram a perfeição (e provavelmente jamais
atingirão, embora venham chegando cada vez mais perto disso).
Computadores como os
conhecemos, seja o tradicional modelo de mesa, seja um portátil ou um ultra
portátil, são comandados por um sistema operacional e trabalham com aplicativos.
Esses programas são criados e desenvolvidos por seres humanos, e se somos todos
falíveis, o mesmo se aplica a eles, daí a necessidade de os mantermos
atualizados, pois, durante seu ciclo de vida, os softwares costumam receber correções
e atualizações que não só os deixam mais seguros, mas também lhes agregam novos
recursos e funções.
Por outro lado, a
maneira como tudo isso funciona, com o sistema e os programas sendo armazenados
de forma persistente na memória de massa e de lá carregados para a memória
física (RAM) pelo processador ― tido e havido como o cérebro do
computador ― continua sendo basicamente a mesma do início da era PC, a despeito
de o hardware ter evoluindo significativamente e se tornado mais poderoso e
eficiente a cada nova versão. Do ponto de vista do sistema operativo, a
substituição do Windows 9x/ME pelo XP, na virada do século, trouxe
melhorias notáveis. Ainda assim, instabilidades, congelamentos e travamentos
ainda podem ocorrer, mesmo que com uma frequência muito menor do que ocorriam
nos anos 90.
Conforme eu já
comentei em dezenas de postagens, o grande vilão dessa história nem sempre é o
hardware ou o Windows, e sim o uso de drivers da placa-mãe, chipset e
dispositivos problemáticos ou inadequados, aplicativos conflitantes com o
sistema ou com outros aplicativos, e por aí vai. O lado bom da história
é que uma saudável reinicialização geralmente repõe o bonde nos trilhos,
seja no PC de mesa, seja nos notebooks, smartphones e tablets ― e, por que
não dizer, nos modems, roteadores, impressoras, decoders de
TV por assinatura e dispositivos eletrônicos assemelhados.
Observação: Reiniciar o computador também é uma
etapa indispensável para a correta
instalação de uma vasta gama de aplicativos, reconhecimento de novos componentes de hardware, validação de atualizações de software
e diversas tarefas de manutenção.
Concluímos amanhã. Um ótimo dia a todos e até lá.
ESTÃO BRINCANDO COM FOGO. VÃO ACABAR SE QUEIMANDO.
Petistas, peemedebistas e maus políticos de outras
agremiações preparam um golpe para outubro. No debate sobre o novo Código de Processo Penal na Câmara,
numa clara mobilização para reprimir a Lava-Jato e salvar seus rabos sujos,
suas insolências discutem mudanças nas regras de delação premiada, prisão
preventiva e condução coercitiva, além da revogação do entendimento de que as
penas podem começar a ser cumpridas após a condenação em segunda instância
(matéria já pacificada pelo STF, mas se a alteração for votada, aprovada e
inserida no novo CPP, fica o dito pelo não dito).
O deputado petista Vicente
Cândido, relator do projeto da (eterna) reforma política, escamoteou em seu
parecer uma regra que visa aumentar 16
vezes o período de imunidade temporária desfrutada por candidatos, que,
atualmente, não podem ser presos ― a não ser em flagrante delito ― a partir do
15º dia que antecede ao da eleição. Por razões óbvias, essa proposta foi
batizada de “Emenda Lula” ― o
deputado e o deus pai da petralhada são amigos de longa data, desde antes da
fundação do PT ―, mas Cândido garante que o filho do Brasil e
alma viva mais honesta da galáxia não sabia de nada, que o apelido é pura
maldade da mídia. Só faltou explicar como e por que resolveu incluir em seu
relatório essa emenda estapafúrdia dois dias depois da condenação de Lula em primeira instância.
Outros participantes da comissão da reforma política dizem
que não foram consultados sobre a mudança e classificam a proposta de indecente. “Daqui a pouco a candidatura
vai ser um passe livre para bandido. (...) Não fui consultado e vou votar
contra. É apenas uma tentativa de blindar bandido para se candidatar”, disse o
deputado Espiridião Amin.
Na avaliação do deputado tucano Betinho Gomes, a proposta do colega petista é uma
"provocação", e, assim como Amin,
diz que votará contra. “Na condição de relator, ele pode apresentar qualquer
coisa, inclusive esse abuso. Isso é um achincalhe, uma provocação. É um
escárnio com a sociedade, algo que foge totalmente ao bom senso ―, afirmou o
tucano.
A postura de nossos conspícuos parlamentares é
estarrecedora. Se isto aqui fosse um país sério, nenhum deles receberia um voto
sequer (além do próprio e de familiares, naturalmente) nas próximas eleições,
quando, além do presidente da Banânia, serão eleitos (ou reeleitos,
considerando os que tencionam continuar mamando nas tetas do Congresso) todos
os 513 deputados federais e 2/3 dos 81 senadores. Brasília parece um mundo à
parte, um planeta distante, de onde não se vê e nem se sabe o que se passa no
restante do país.
Semanas atrás, para obstruir a votação da reforma
trabalhista, a senadora petista Gleisi
Hoffmann ― ré na Lava-Jato e atual presidente do PT ― e outras quatro colegas “de esquerda” se abancaram na mesa
diretora do Senado por mais de 6 horas, numa cena de pura poesia revolucionária orquestrado à socapa pelo
ex-guerrilheiro de festim e ora presidiário (temporariamente em prisão
domiciliar, mas ainda assim presidiário) José
Dirceu.
A reforma acabou passando, mas o mais estarrecedor foi saber
que, durante todo o motim, as bravas
senadoras lutavam pelos direitos da mulher trabalhadora obedecendo por telefone
às instruções do presidente da CUT. Para um país que mal superou o trauma
de ter como primeira presidente mulher uma besta teleguiada pelo padrinho ―
aliás, Dilma também telefonou para
prestar solidariedade às cumpanhêras
senadoras ―, o protesto feminista com
controle remoto masculino foi algo lamentável.
Basta por ora. O resto fica para uma próxima postagem.