quinta-feira, 27 de julho de 2017

POR QUE REINICIAR O COMPUTADOR (OU O TABLET, OU O SMARTPHONE)?

TUDO É RELATIVO: O TEMPO QUE DURA UM MINUTO DEPENDE DE QUE LADO DA PORTA DO BANHEIRO VOCÊ ESTÁ.

Os computadores evoluíram muito desde o ábaco dos antigos egípcios, mas mais ainda e muito mais depressa nas últimas duas ou três décadas. Até o final dos anos 1960, a computação pessoal era apenas um sonho distante. Thomas Watson, presidente da gigante IBM, saiu-se, em meados dos anos 1940, com a seguinte pérola: “Eu acredito que há mercado para talvez cinco computadores”. Claro que naquela época essas máquinas maravilhosas ainda eram gigantescos mainframes, que jamais caberiam numa residência comum. Mas as previsões continuaram cambaias durante anos. Ken Olsen, presidente e fundador da Digital Equipment Corp., disse em 1977: “Não há nenhuma razão para alguém querer um computador em casa” ― e viveu tempo suficiente para se arrepender amargamente da sua falta de previsão.

O fato é que os PCs atuais (e não estou falando apenas em desktops e notebooks, mas também nos tão populares tablets e smartphones, que são os verdadeiros “microcomputadores”) já não ocupam salões enormes ou precisam ser mantidos sob forte refrigeração como os gigantescos computadores usados quase que exclusivamente por órgãos governamentais e grandes corporações até o início da década de 80. Mesmo assim, essas maravilhas da tecnologia ainda não atingiram a perfeição (e provavelmente jamais atingirão, embora venham chegando cada vez mais perto disso).

Computadores como os conhecemos, seja o tradicional modelo de mesa, seja um portátil ou um ultra portátil, são comandados por um sistema operacional e trabalham com aplicativos. Esses programas são criados e desenvolvidos por seres humanos, e se somos todos falíveis, o mesmo se aplica a eles, daí a necessidade de os mantermos atualizados, pois, durante seu ciclo de vida, os softwares costumam receber correções e atualizações que não só os deixam mais seguros, mas também lhes agregam novos recursos e funções.

Por outro lado, a maneira como tudo isso funciona, com o sistema e os programas sendo armazenados de forma persistente na memória de massa e de lá carregados para a memória física (RAM) pelo processador ― tido e havido como o cérebro do computador ― continua sendo basicamente a mesma do início da era PC, a despeito de o hardware ter evoluindo significativamente e se tornado mais poderoso e eficiente a cada nova versão. Do ponto de vista do sistema operativo, a substituição do Windows 9x/ME pelo XP, na virada do século, trouxe melhorias notáveis. Ainda assim, instabilidades, congelamentos e travamentos ainda podem ocorrer, mesmo que com uma frequência muito menor do que ocorriam nos anos 90.

Conforme eu já comentei em dezenas de postagens, o grande vilão dessa história nem sempre é o hardware ou o Windows, e sim o uso de drivers da placa-mãe, chipset e dispositivos problemáticos ou inadequados, aplicativos conflitantes com o sistema ou com outros aplicativos, e por aí vai. O lado bom da história é que uma saudável reinicialização geralmente repõe o bonde nos trilhos, seja no PC de mesa, seja nos notebooks, smartphones e tablets ― e, por que não dizer, nos modems, roteadores, impressoras, decoders de TV por assinatura e dispositivos eletrônicos assemelhados.

Observação: Reiniciar o computador também é uma etapa indispensável para a correta instalação de uma vasta gama de aplicativos, reconhecimento de novos componentes de hardware, validação de atualizações de software e diversas tarefas de manutenção.

Concluímos amanhã. Um ótimo dia a todos e até lá.


ESTÃO BRINCANDO COM FOGO. VÃO ACABAR SE QUEIMANDO.

Petistas, peemedebistas e maus políticos de outras agremiações preparam um golpe para outubro. No debate sobre o novo Código de Processo Penal na Câmara, numa clara mobilização para reprimir a Lava-Jato e salvar seus rabos sujos, suas insolências discutem mudanças nas regras de delação premiada, prisão preventiva e condução coercitiva, além da revogação do entendimento de que as penas podem começar a ser cumpridas após a condenação em segunda instância (matéria já pacificada pelo STF, mas se a alteração for votada, aprovada e inserida no novo CPP, fica o dito pelo não dito).

O deputado petista Vicente Cândido, relator do projeto da (eterna) reforma política, escamoteou em seu parecer uma regra que visa aumentar 16 vezes o período de imunidade temporária desfrutada por candidatos, que, atualmente, não podem ser presos ― a não ser em flagrante delito ― a partir do 15º dia que antecede ao da eleição. Por razões óbvias, essa proposta foi batizada de “Emenda Lula” ― o deputado e o deus pai da petralhada são amigos de longa data, desde antes da fundação do PT ―, mas Cândido garante que o filho do Brasil e alma viva mais honesta da galáxia não sabia de nada, que o apelido é pura maldade da mídia. Só faltou explicar como e por que resolveu incluir em seu relatório essa emenda estapafúrdia dois dias depois da condenação de Lula em primeira instância.

Outros participantes da comissão da reforma política dizem que não foram consultados sobre a mudança e classificam a proposta de indecente. “Daqui a pouco a candidatura vai ser um passe livre para bandido. (...) Não fui consultado e vou votar contra. É apenas uma tentativa de blindar bandido para se candidatar”, disse o deputado Espiridião Amin.

Na avaliação do deputado tucano Betinho Gomes, a proposta do colega petista é uma "provocação", e, assim como Amin, diz que votará contra. “Na condição de relator, ele pode apresentar qualquer coisa, inclusive esse abuso. Isso é um achincalhe, uma provocação. É um escárnio com a sociedade, algo que foge totalmente ao bom senso ―, afirmou o tucano.

A postura de nossos conspícuos parlamentares é estarrecedora. Se isto aqui fosse um país sério, nenhum deles receberia um voto sequer (além do próprio e de familiares, naturalmente) nas próximas eleições, quando, além do presidente da Banânia, serão eleitos (ou reeleitos, considerando os que tencionam continuar mamando nas tetas do Congresso) todos os 513 deputados federais e 2/3 dos 81 senadores. Brasília parece um mundo à parte, um planeta distante, de onde não se vê e nem se sabe o que se passa no restante do país.

Semanas atrás, para obstruir a votação da reforma trabalhista, a senadora petista Gleisi Hoffmann ― ré na Lava-Jato e atual presidente do PT ― e outras quatro colegas “de esquerda” se abancaram na mesa diretora do Senado por mais de 6 horas, numa cena de pura poesia revolucionária orquestrado à socapa pelo ex-guerrilheiro de festim e ora presidiário (temporariamente em prisão domiciliar, mas ainda assim presidiário) José Dirceu.

A reforma acabou passando, mas o mais estarrecedor foi saber que, durante todo o motim, as bravas senadoras lutavam pelos direitos da mulher trabalhadora obedecendo por telefone às instruções do presidente da CUT. Para um país que mal superou o trauma de ter como primeira presidente mulher uma besta teleguiada pelo padrinho ― aliás, Dilma também telefonou para prestar solidariedade às cumpanhêras senadoras ―, o protesto feminista com controle remoto masculino foi algo lamentável.

Basta por ora. O resto fica para uma próxima postagem. 

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