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quinta-feira, 27 de junho de 2019

JÁ REINICIOU SEU SMARTPHONE HOJE?

A TOLERÂNCIA É A MELHOR DAS RELIGIÕES.

Quando desembarcaram aqui por estas bandas, no final do século passado, os telefones celulares eram trambolhos caríssimos e de utilidade prática próxima de zero. Mas não há nada como o tempo para passar, e não demorou para que a privatização do nauseabundo Sistema Telebras transformasse os telefones portáteis em dispositivos verdadeiramente úteis e utilizáveis. Eles se tornaram úteis quando a cobertura das operadoras nos desobrigou de fazer malabarismos para preservar sinal durante uma ligação, e utilizáveis quando a saudável concorrência propiciou o barateou as tarifas e a oferta de promoções que vão de chamadas ilimitadas por um preço fixo palatável a pacotes de dados que são verdadeiros latifúndios. 

Some-se a isso a evolução tecnológica dos diligentes telefoninhos — que Steve Jobs transformou em verdadeiros computadores de bolso ao lançar o iPhone — e obtenha-se como resultado aparelhos que substituem com vantagens os telefones fixos, já que os podemos levar conosco a toda parte, e, em grande medida, os PC convencionais, já que basta um plano de dados camarada para que possamos gerenciar emails, trocar mensagens instantâneas e fazer mais uma miríade de coisas em trânsito ou praticamente em qualquer lugar.

Como todo computador, o smartphone — que é um computador de dimensões reduzidas — utiliza memórias de diversas tecnologias, e a RAM precisa ser totalmente esvaziada de tempos em tempos, sob pena de o sistema operacional (seja ele o Android ou o iOS) ficar exageradamente lento, ou até mesmo travar. Isso sem mencionar que alguns apps malcomportados podem travar (e comprometer a estabilidade e/ ou a performance do próprio sistema operacional), e nem sempre fechá-los e reabri-lo basta para para resolver o problema. No entanto, por considerarem o smartphone como “dispositivo de primeiríssima necessidade”, a maioria dos usuários não só não desgruda do aparelho como tampouco o desliga ou reinicia, a não ser numa situação “in extremis”, quando a lentidão se torna penosa ou o sistema simplesmente deixa de responder.

Observação: Reiniciar um dispositivo computacional consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligar logo em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e eu não vou encompridar este texto discutindo questões semânticas. Mas tenha em mente que desligar o PC, o tablet ou o smartphone interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos e capacitores da placa-mãe e demais componentes, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Na reinicialização, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subsequente é de apenas uma fração de segundo, podendo não ser suficiente para permitir que as reservas de energia se esgotem completamente e, consequentemente, que as memórias voláteis sejam totalmente esvaziadas. Portanto, prefira desligar o aparelho e tornar a ligar depois de alguns minutos ao invés de se valer do comando reiniciar.

Se você não cultiva o saudável hábito de desligar o aparelho enquanto recarrega a bateria, sugiro que o adquira. Na impossibilidade — ou se tiver receio de não receber prontamente uma “mensagem importantíssima” de alguém que, na falta de coisa melhor para fazer durante uma madrugada insone, resolve compartilhar bobagens com seus grupos no WhatsApp —, reserve ao menos cinco minutos do seu dia (ou da sua noite) para dar um descanso ao seu amiguinho cibernético. Desligue o aparelho, vá tomar um café ou esvaziar a bexiga, e pronto, já pode ligá-lo novamente. Não doeu nada, doeu?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

QUANDO O PC NÃO LIGA... CONTINUAÇÃO


A CORRUPÇÃO DOS GOVERNANTES QUASE SEMPRE COMEÇA COM A CORRUPÇÃO DE SEUS PRINCÍPIOS.

Vimos que uma simples reinicialização pode bastar para o Windows 10 se recuperar automaticamente de alguma falha e voltar a carregar normalmente. Mas é bom salientar que se deve desligar o computador e tornar a ligar depois de alguns minutos. Quando selecionamos a opção Desligar, o Windows é encerrado e os circuitos da placa mãe, totalmente desenergizados, o que propicia o esvaziamento das memórias voláteis. Reiniciar também encerra o sistema, mas um novo boot acontece menos de um segundo depois. Essa opção pode ser suficiente quando a ideia é validar uma atualização de software, por exemplo, mas pode não bastar para o Windows se recuperar de uma falha e carregar normalmente. 

Observação: Por óbvio, o Windows só é capaz de se recuperar de falhas em nível de software (e olhe lá). Se o problema tiver a ver com o hardware, reveja as postagens anteriores para saber como proceder, lembrando que, se for necessário buscar ajuda especializada, é melhor chamar um computer gay de confiança ou levar a máquina a uma assistência técnica regularmente estabelecida. Curiosos e sabichões de plantão, além de não resolverem o problema, podem até agravá-lo, e o prejuízo será todo seu.

O computador raramente trava sem dar sinais de que algo vai mal. Lentidão na inicialização e/ou no desligamento, instabilidade, mensagens de erro recorrentes, reinicializações aleatórias e as temidas telas azuis da morte são alguns desse sinais. Ficando atento ao comportamento da máquina, você terá mais chances de identificar a causa do problema, sobretudo quando se tratar de um aplicativo malcomportado, uma atualização de driver malsucedida, um patch problemático descarregado via Windows Update, e por aí vai. Se, em vez de fazer a desinstalação manualmente, você for recorrer restauração do sistema (clique aqui para saber mais sobre esse valioso recurso que a Microsoft disponibiliza desde o Windows ME), faça-o quanto antes, pois as chances de êxito diminuem com o passar do tempo e uso do computador.

Resgatar o desempenho que o Windows apresentava nos primeiros dias de uso, só mesmo formatando o HDD e reinstalando o software do zero. Mas isso dá trabalho, toma tempo e demanda reconfigurações e reinstalações de atualizações, aplicativos, etc. Para postergar esse aborrecimento, execute a limpeza do disco, a correção de erros e a desfragmentação dos dados pelo menos uma vez por mês (no Windows 10, clique no botão Iniciar e expanda a entrada Ferramentas Administrativas para localizar esses utilitários).

Observação: Considere a possibilidade de instalar uma boa suíte de manutenção. Além de oferecer mais recursos e funções do que as ferramentas nativas do Windows, elas costumam ser mais simples de usar. Sugiro o Advanced System Care ou CCleaner (clique aqui para mais informações) e lembro que as versões gratuitas para uso pessoal atendem perfeitamente as necessidades dos usuários domésticos, embora sejam mais espartanas que suas correspondentes pagas.

Malwares — pragas digitais como vírus, spywares, trojans, etc. — também podem comprometer o desempenho do computador, embora hoje em dia isso não seja tão perceptível quanto já foi tempos atrás. Além de ter uma suíte de segurança responsável e fazer varreduras completas semanalmente, convém obter uma segunda opinião a cada 30 ou 60 dias com um serviço de verificação online, como o Microsoft Safety Scanner, o HouseCall, o ActiveScan, o Kaspersky, o F-Secure e o Bitdefender, dentre outros.

Bom feriadão (para os paulistanos, naturalmente) e até a próxima.