sexta-feira, 10 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 7

LEMBRE-SE DE QUE GRANDES REALIZAÇÕES E GRANDES AMORES ENVOLVEM GRANDES RISCOS.

Recapitulando: conforme a gente cria, edita e deleta arquivos, instala e remove aplicativos e executa determinados procedimentos de manutenção, surgem lacunas ao longo das trilhas do HDD (detalhes no capítulo 4), que o Windows tenta preencher conforme grava novos arquivos. A questão é que esses arquivos nem sempre cabem integralmente nesses espaços, e aí o sistema os fraciona e distribui os “pedaços” pelos clusters livres que vai encontrando ao longo das trilhas.

Essa solução funciona bem quando a máquina é nova e o HDD está vazio, mas o uso do computador torna os arquivos tão “fragmentados” que, na hora de carregá-los na memória RAM, as cabeças magnéticas do drive atuam como se montassem um grande quebra-cabeça, já que os fragmentos podem estar no final da trilha, em outra trilha, em outra face do disco ou até mesmo em outro disco. E quanto mais fragmentados os arquivos estiverem, mais tempo será necessário para remonta-los, daí porque a fragmentação deixa o computador mais lento.

O Windows ganhou um desfragmentador nativo na edição 95, mas até o surgimento do XP que usar a ferramenta era um teste de paciência: além de o procedimento demorar horrores, era preciso executá-lo no modo de segurança ou, no mínimo, encerrar os aplicativos e fechar todos os processos listados no Gerenciador de Tarefas (com exceção do EXPLORER e do SYSTRAY), de modo a evitar que qualquer modificação no conteúdo do drive forçasse o programinha a reiniciar, conferir tudo que havia e feito e só então retomar a tarefa do ponto em que havia parado.

Nas encarnações mais recentes do Windows, é possível agendar o Defrag para rodar num horário em que a máquina estiver ociosa ― ou mesmo executá-lo em segundo plano e continuar trabalhando com o computador. No entanto, como a desfragmentação consiste basicamente em localizar todos os “pedaços” dos arquivos, salvá-los temporariamente na memória, definir o melhor local para acomodá-los em então regravá-los em clusters contíguos, o sistema tende a ficar consideravelmente lento durante o processo. Então, a menos que você tenha uma CPU de responsa e memória RAM de sobra, evite operar a máquina enquanto a desfragmentação está em curso.

Tanto o Defrag quanto os desfragmentadores de varejo evoluíram bastante nos últimos anos. Além disso, o NTFS tornou “mais inteligente” a maneira como o Windows gerencia os arquivos ― para prevenir a fragmentação, eles são gravados no primeiro espaço vago capaz de abrigá-los integralmente, ou seja, os clusters livres que porventura existam no início da trilha são desconsiderados, a menos que sejam suficientes para armazenar o arquivo inteiro. Aliás, isso levou a Microsoft a automatizar o Defrag no Windows Vista e suprimir o comando que até então permitia acionar a ferramenta manualmente, mas a mudança não foi bem aceita pelos usuários e a empresa voltou atrás no Windows 7.

No Windows 10, podemos convocar o Defrag clicando no botão Iniciar e selecionando a opção respectiva sob Ferramentas Administrativas, mas é mais fácil fazê-lo a partir da pasta Computador, dando um clique direito no ícone que representa a unidade que desejamos desfragmentar, selecionando Propriedades, abrindo a aba Ferramentas e pressionando o botão Otimizar.

O resto fica para o próximo capítulo, pessoal. Até lá.

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