Recapitulando: conforme a gente
cria, edita e deleta arquivos, instala e remove aplicativos e executa determinados
procedimentos de manutenção, surgem lacunas
ao longo das trilhas do HDD (detalhes
no capítulo 4), que o Windows tenta preencher conforme grava novos
arquivos. A questão é que esses arquivos nem sempre cabem integralmente nesses
espaços, e aí o sistema os fraciona e distribui os “pedaços” pelos
clusters livres que vai encontrando ao longo das trilhas.
Essa solução funciona bem quando a máquina é nova e o HDD está vazio, mas o uso do computador
torna os arquivos tão “fragmentados” que, na hora de carregá-los na memória RAM, as cabeças magnéticas do drive atuam como se montassem um grande quebra-cabeça, já que os fragmentos podem
estar no final da trilha, em outra trilha, em outra face do disco ou até mesmo
em outro disco. E quanto mais fragmentados os arquivos estiverem, mais tempo
será necessário para remonta-los, daí porque a fragmentação deixa o computador
mais lento.
O Windows ganhou um desfragmentador nativo na edição 95, mas até o surgimento do XP que
usar a ferramenta era um teste de paciência: além de o procedimento demorar horrores, era preciso executá-lo no modo de segurança ou, no mínimo, encerrar os
aplicativos e fechar todos os processos listados no Gerenciador de Tarefas
(com exceção do EXPLORER e do SYSTRAY), de modo a evitar que qualquer
modificação no conteúdo do drive forçasse o programinha a reiniciar, conferir
tudo que havia e feito e só então retomar a tarefa do ponto em que havia
parado.
Nas encarnações mais recentes do Windows, é possível agendar o Defrag
para rodar num horário em que a máquina estiver ociosa ― ou mesmo executá-lo em
segundo plano e continuar trabalhando com o computador. No
entanto, como a desfragmentação consiste basicamente em localizar todos os
“pedaços” dos arquivos, salvá-los temporariamente na memória, definir o melhor
local para acomodá-los em então regravá-los em clusters contíguos, o sistema
tende a ficar consideravelmente lento durante o processo. Então, a menos que
você tenha uma CPU de responsa e memória RAM de sobra, evite operar a máquina enquanto a desfragmentação está em curso.
Tanto o Defrag
quanto os desfragmentadores de varejo evoluíram bastante
nos últimos anos. Além disso, o NTFS
tornou “mais inteligente” a maneira como o Windows
gerencia os arquivos ― para prevenir a fragmentação, eles são gravados no primeiro espaço vago capaz de abrigá-los
integralmente, ou seja, os clusters livres que
porventura existam no início da trilha são desconsiderados, a menos que sejam suficientes para
armazenar o arquivo inteiro. Aliás, isso levou a Microsoft a automatizar
o Defrag no Windows Vista e
suprimir o comando que até então permitia acionar a ferramenta manualmente, mas
a mudança não foi bem aceita pelos usuários e a empresa voltou atrás no Windows 7.
No Windows 10,
podemos convocar o Defrag clicando
no botão Iniciar e selecionando a opção respectiva sob Ferramentas
Administrativas, mas é mais fácil fazê-lo a partir da pasta Computador,
dando um clique direito no ícone que representa a unidade que desejamos
desfragmentar, selecionando Propriedades, abrindo a aba Ferramentas
e pressionando o botão Otimizar.
O resto fica para o próximo capítulo, pessoal. Até lá.
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