Maurício Lima
publicou ontem na sessão RADAR, em Veja: "Coube a Eugênio Aragão, ex-procurador da República e
ministro da Justiça nos estertores do governo de Dilma, trazer Lula
à realidade. Logo após ser condenado em segunda instância, o petista teve uma
conversa franca com Aragão, doutor
em Direito pela Universidade alemã
Ruhr-Universität Bochum. Na ocasião, o ex-presidente ouviu do amigo e
especialista: 'Esqueça candidatura,
presidente. Com essa decisão do tribunal, você está inelegível'”.
Diante disso, seria recomendável que Lula abrisse os olhos de Gleisi
Hoffmann, Humberto Costa, Lindbergh
Farias e outros pitbulls
delirantes da sua tropa de choque, que continuam negando um plano PT, embora seja público e notório que o partido considera há tempos
os nomes de Jaques Wagner e de Fernando Haddad para ocupar a vaga do molusco nas próximas eleições.
Ex-governador e atualmente no cargo de secretário
de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner sempre figurou como o mais cotado, embora desse sinais de que prefere disputar uma vaga no Senado a ir para o sacrifício. Já Fernando Haddad tem feito articulações para
que o PT se aproxime de partidos de
centro-esquerda, na tentativa de uma aliança (segundo O Estado publicou na semana passada, o movimento foi avalizado por Lula).
Nesta segunda-feira, porém, a PF fez buscas no apartamento de Wagner, como parte da Operação Cartão Vermelho, que apura
irregularidades na contratação de serviços de demolição, reconstrução e gestão
da Arena Fonte Nova, em Salvador. A
obra, segundo laudo da PF, foi
superfaturada em valores que, corrigidos, podem chegar a mais de R$ 450 milhões, e grande parte teria
sido desviada para o pagamento de propina e o financiamento de campanhas
eleitorais.
Em nota, a sempre delirante presidente nacional do PT qualificou as denúncias como “campanha de
perseguição contra o Partido dos Trabalhadores e suas principais lideranças”.
Vale lembrar que Gleisi é alvo de 10 ações no STF, sendo 7
criminais e 3 indenizatórias, e, segundo Veja publicou na edição
impressa da semana passada, acusada em três investigações de receber R$ 23
milhões em propina. Pelo andar da carruagem, o julgamento do processo em
que ela e o marido, o ex-ministro Paulo
Bernardo, são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro deverá ser
pautado para julgamento já no mês que vem.
Jaques Wagner foi
governador da Bahia por dois
mandatos consecutivos (2007-2014) e deputado
federal por três mandatos. No governo Lula, ele foi ministro do Trabalho (2003) e das Relações Institucionais (2005/2006), além de ter chefiado o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (2004). No governo da Rainha-Bruxa do Castelo do Inferno, o petralha foi ministro da Defesa (2014) e da Casa
Civil (2015) e chefe de
gabinete da presidanta (2016),
A portaria
com o projeto de concessão para a realização das obras da Arena Fonte Nova foi publicada no ano de 2009 pelo governo baiano,
então chefiado por Wagner. De acordo
com a delegada Luciana Matutino Caires,
responsável pela operação Cartão Vermelho, ex-governador petralha teria levado R$ 82 milhões em propina. Mas a situação do ex-prefeito de Sampa também não é das mais confortáveis.
Em junho do ano passado, Haddad foi alvo da Operação Cifra
Oculta (outro desdobramento da Lava-Jato).
Na ocasião, os investigadores pediram sua condução coercitiva, mas a Justiça
negou. O inquérito havia sido aberto em novembro de 2015, após a delação do
empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, e o relatório de indiciamento de Haddad (além de Vaccari e outros investigados) foi enviado à Justiça Eleitoral em janeiro passado, quando ele foi indiciado por falsidade
ideológica eleitoral. A pena é de reclusão até cinco anos se o
documento é público ou reclusão de até três anos se o documento é particular.
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