UMA PESSOA INTELIGENTE RESOLVE UM
PROBLEMA, MAS O SÁBIO O PREVINE.
Vimos que (e porque) é importante proteger o smartphone com um app de segurança, mas só isso não basta.
No mínimo, você deve instalar somente aplicativos fornecidos pelas lojas
oficiais, como a Play Store e a App Store, já que a maioria das
infecções decorre da instalação de apps
“contaminados” (a rigor, existe a possibilidade de você instalar um software
problemático mesmo que baixe da loja oficial da sua plataforma, mas as chances
de isso acontecer são bem menores). Atente também para as permissões que esses programinhas solicitam durante a instalação; não faz
sentido, por exemplo, um app de notícias que você esteja instalando pedir
acesso à câmera do aparelho ou à sua lista de contatos.
Observação: Um levantamento feito pela empresa de
segurança digital ESET em 2015 deu
conta de que 24% dos malwares para
smartphones eram “cavalos de troia”,
e boa parte deles vinha escondida em apps baixados das lojas oficiais (o risco
é maior para usuários do Android,
conforme eu já comentei, mas você não está livre do perigo apenas
por utilizar um iPhone). Isso sem
mencionar que ransomwares ― pragas
que “sequestram” os aparelhos e cobram resgates dos usuários ― também se
propagam por SMS, email, redes sociais (com destaque para o popular WhatsApp) e até por Bluetooth.
Por essas e outras, com tantos relatos de ataques de vírus, malwares e roubo de dados, é preciso botar as barbichas de molho. Não existe solução mágica, a não ser, naturalmente, deixar de usar o smartphone. Mas é possível tomar algumas medidas para manter a segurança em patamares, digamos, aceitáveis. Dentre outras coisas:
― Mantenha o
sistema operacional do aparelho atualizado. Quando a Apple ou o Google disponibilizarem
atualizações para seu aparelho, instale-as o quanto antes. Muitas vezes, o propósito
dessas atualizações não é adicionar recursos e funções ao sistema, mas sim
corrigir bugs e brechas de segurança (vulnerabilidades).
― Explore as opções
de acesso oferecidas pelo seu aparelho. Caso não haja soluções sofisticadas,
como impressão digital ou reconhecimento facial, crie uma senha forte, mas que
seja fácil de lembrar. Jamais use senhas óbvias, como aniversários, sequências
numéricas (1234, por exemplo) ou letras que formem palavras, como o nome do seu
time do coração ou de seu bichinho de estimação (mais informações nesta
postagem). No Android,
toque em Configurações (ícone de uma
engrenagem) > Segurança > Bloqueio de Tela (dependendo da marca
do aparelho e da versão do sistema, o caminho pode não ser exatamente esse, mas
já dá para o leitor ter uma ideia) e defina se o desbloqueio deve ser feito através de um padrão, um código PIN ou uma senha alfanumérica. Em seguida, configure o tempo que o celular deve esperar até bloquear novamente o
acesso.
Observação: Nunca divulgue sua senha,
nem mesmo para parceiros, filhos ou amigos próximos. Em público, verifique se ninguém está “de butuca” quando você inserir sua senha, e evite fazê-lo perto de câmeras de circuito fechado, já que nunca se sabe
quem está observando do outro lado (pode parecer paranoia, mas é apenas
precaução).
― O Google é menos rígido em relação à
segurança do que a Apple (permitindo
a instalação a partir de sites externos, inclusive). Portanto, leia os
comentários dos usuários na página do próprio aplicativo ― e de sites confiáveis,
como o Tecmundo e o Techtudo ― antes de baixar programas de
terceiros.
― Configurações ou
apps permitem que você bloqueie seu aparelho e/ou apague os dados remotamente,
o que pode ser útil em caso de perda ou roubo. Nos modelos mais recentes, é
possível controlar o iPhone através
do “Buscar iPhone”, no iCloud, e o Android, através da sua conta no Google.
― Usar conexões Wi-Fi públicas pode ser uma ideia
atraente (pois você economiza seu plano de dados), mas elas são inseguras, pois
geralmente dispensam senha ― quando não, basta perguntar ao funcionário da
loja, do consultório, do restaurante, do food truck, etc. (por incrível que pareça, eu
já vi caminhões de lanche com a plaquinha de Wi-Fi gratuita). Você pode reduzir o risco recorrendo
a uma VPN (Virtual Private Network;
mais detalhes nesta
postagem), que direciona o tráfego para conexões
criptografadas. Mesmo assim, evite fazer logins em geral e, em especial,
realizar transações bancárias ou compras online se estiver conectado através de uma rede pública.
― Desabilite Wi-Fi, Bluetooth e GPS quando
não for utilizá-los. Essas conexões não só consomem carga da bateria como também permitem que hackers localizem o celular através de um simples
escaneamento (para saber como desativar os recursos, leia as instruções no manual do usuário ou consulte a ajuda do
fabricante do aparelho).
― Não permita que seu
navegador faça login automático em sites que exigem essa medida de segurança. Por mais prático que seja, sempre existe o risco de facilitar a vida dos ladrões de dados, já que qualquer
pessoa que tiver acesso ao aparelho poderá abrir o navegador e utilizar ou coletar
essas informações. Se tiver dificuldade em memorizar as senhas, instale um gerenciador ― como o Avast Passwords,
que cria palavras-chave complexas e as sincroniza e em todos os seus dispositivos (Windows,
Android e Mac, etc.); na versão paga, ele informa ainda se alguma
de suas senhas vazou na internet.
― Não deixe seu
aparelho “dando sopa” no escritório, no restaurante, enfim... Aliás, habitue-se
a fazer backups de dados confidenciais/importantes/comprometedores, armazená-los no computador, num HD externo, pendrive ou mesmo na nuvem, e depois apaga-los da
memória do smartphone (fotos, por exemplo, podem revelar muitas coisas sobre você). E não deixe de reverter o telefoninho às configurações de fábrica quando
for vendê-lo, doá-lo ou passá-lo adiante de alguma outra maneira (para mais
detalhes, acesse esta
postagem).
Era isso, pessoal Espero ter ajudado.
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