sexta-feira, 9 de março de 2018

VÍRUS OU MALWARE ― (Conclusão)


SER FELIZ, NESTES DIAS TRISTES EM QUE VIVEMOS, É EM SI UM ATO REVOLUCIONÁRIO.

Além de manter o sistema atualizado, ter um arsenal de defesa responsável e adotar hábitos saudáveis de navegação na Web, você deve obter uma segunda opinião sobre a saúde do seu PC utilizando um serviço antimalware online.

Dentre dezenas de opções, eu sugiro o HouseCall, o ActiveScan, Kaspersky, o F-Secure, o Bitdefender e o Microsoft Safety Scanner. Todos são gratuitos e muito eficientes, mas tenha em mente que nenhum deles o desobriga de manter um antivírus residente.

A ação de malwares pode resultar mensagens de erro que são exibidas quando existem problemas de software e até de hardware, o que torna difícil separar o joio do trigo. Diante de qualquer anormalidade, cheque primeiro a saúde do sistema com seu antivírus residente e em seguida faça uma varredura com pelo menos um serviço online. Se nada for identificado, talvez o problema não tenha a ver com pragas digitais, mas é bom por as barbichas de molho.

Mensagens de erro inusitadas ― como um problema no bloco de notas que necessita de uma reinicialização do sistema, por exemplo ―, pastas ou arquivos que mudam de lugar ou desaparecerem misteriosamente, lentidão ou travamentos recorrentes, aplicativos executados à sua revelia, janelas pop-up exibidas “do nada” sem que o navegador esteja aberto e página inicial do browser (ou o mecanismo de buscas) alterados “misteriosamente são sinais claros de infecção.

Tenha em mente que as pragas atuais não precisam necessariamente de uma ação do usuário para infectar o sistema. Em muitos casos, basta visitar um site mal-intencionado ― ou mesmo uma página “legítima” infectada por algum código malicioso ― para que uma praga explore brechas no sistema, nos aplicativos ou em plugins do navegador. Em muitos casos, você nem percebe que a máquina foi infectada, pois o antivírus não denuncia o fato e o sistema não dá qualquer sinal de qualquer anormalidade. Isso é uma situação bastante comum com "computadores zumbis", usado por crackers em botnets para derrubar sites (já falei sobre ataques DDoS nesta sequência) ou para enviar spam para outras máquinas.

Para concluir, tenha em mente que segurança absoluta na Web é conversa para boi dormir. Mas o conhecimento, aliado à prevenção, é a nossa melhor arma (para não dizer a única).

Observação: Além de pôr em prática as dicas que eu sugeri ao longo destas postagens, você pode (e deve) criar uma segunda conta de usuário no Windows, configurá-la com poderes limitados e usá-la no dia a dia, deixando para se logar como administrador somente se e quando isso for realmente necessário. Logado com a conta limitada, sua senha de administrador será exigida para liberar qualquer ação mais invasiva (como a instalação de um aplicativo, por exemplo), o que não só previne uma desconfiguração acidental do sistema, mas também evita uma trabalhosa reinstalação no caso de algum malware mais obstinado burlar a proteção do seu antivírus. Em sendo o caso, se você não conseguir neutralizar a praga, basta fazer o logon com sua conta de administrador, excluir o perfil infectado, criar uma nova conta limitada e tocar a vida adiante.

Boa sorte.

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