CHI TROPPO
VUOLE, NULLA STRINGE.
Continuando de onde paramos no post anterior:
No léxico da
informática, arquivo (ou ficheiro, como se diz em
Portugal) designa um conjunto de informações representado por um ícone e
identificado por um nome, um ponto (.) e uma extensão formada
geralmente por três ou quatro caracteres alfanuméricos. Podemos rebatizar a maioria dos arquivos como bem entendermos, mas desde que mantenhamos a extensão, pois é com base nela que o sistema “sabe” quais
aplicativos usar para manipular os ditos-cujos.
Os arquivos com extensão “.exe” são conhecidos como executáveis, já que costumam ser usados na instalação ou execução de softwares ou para juntar pequenos scripts ou macros em um só pacote ― daí eles poderem facilmente instalar vírus, spywares, trojans ou outros malwares quaisquer.
Os arquivos com extensão “.exe” são conhecidos como executáveis, já que costumam ser usados na instalação ou execução de softwares ou para juntar pequenos scripts ou macros em um só pacote ― daí eles poderem facilmente instalar vírus, spywares, trojans ou outros malwares quaisquer.
Para evitar alterações indevidas da extensão durante a renomeação de arquivos, o Windows não exibe (na configuração padrão) os sufixos mais comuns. Mas isso pode induzir o usuário a erro ― como vimos na segunda parte desta
sequência, um arquivo que exibe o nome Foto1.jpg,
por exemplo, pode na verdade ser Foto1.jpg.exe,
isto é, um executável disfarçado. E é aí que mora o perigo.
Obervação: Para reverter essa configuração, abra a pasta Computador, clique em Arquivo > Opções > Modo de Exibição; no campo Configurações avançadas, localize e desmarque a opção “Ocultar as extensões dos tipos de arquivos conhecidos”.
Obervação: Para reverter essa configuração, abra a pasta Computador, clique em Arquivo > Opções > Modo de Exibição; no campo Configurações avançadas, localize e desmarque a opção “Ocultar as extensões dos tipos de arquivos conhecidos”.
O Brain, criado em 1986 por dois irmãos
paquistaneses, é considerado o primeiro vírus eletrônico. Ele se
espalhava através de disquetes e danificava o setor de boot (trilha
zero) do disco rígido, impedindo a reinicialização do sistema. Em 1988, o
indonésio Denny Yanuar Ramdhani desenvolveu uma ferramenta
capaz de neutralizar essa praga e imunizar computadores contra vírus de
boot. Surgia então o primeiro antivírus.
Ainda em 1988, a IMB lançou o primeiro “antivírus
comercial”, sendo logo seguida por empresas como McAfee, Symantec e
outras, todas de olho no filão que esse segmento de mercado viria a representar
― no início de 1989, apenas 9% das
empresas americanas usavam ferramentas antivírus; no final daquele ano, o
percentual já era de 63% (saiba mais sobre vírus e antivírus revendo
a sequência “Antivírus, a história”, que eu publiquei em 2009; para
acessar a primeira postagem da trilogia, clique aqui).
Os malwares agem em nível de software, ou seja, não danificam fisicamente o computador. A
única exceção conhecida (pelo menos que eu saiba) é o CHERNOBYL,
lançado em 1998, que sobrescrevia os dados do BIOS.
Ele foi batizado assim por ter sido ativado no dia 26 de abril daquele ano ―
data em que ocorreu o catastrófico acidente na usina nuclear homônima ―, mas
também era conhecido como CIH (iniciais do nome do seu
criador) e Spacefiller (devido a sua técnica de infecção).
Continua na próxima postagem.
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