sexta-feira, 13 de abril de 2018

AINDA SOBRE A PRIVACIDADE NA WEB ― CRIPTOGRAFIA


NÃO HÁ NADA MAIS BRUTAL DO QUE OS FATOS.

Numa tradução livre, “criptografia” (termo criado a partir da fusão das palavras gregas "kryptós" e "gráphein") significa “escrita oculta” e designa uma técnica que consiste em embaralhar (ou camuflar informações) para evitar seu acesso por pessoas não autorizadas. Sua utilização ― que até não muito tempo atrás era restrita ao âmbito militar, governamental e corporativo ― vem se tornando cada vez mais comum entre os internautas, como forma de proteger dados confidenciais, privacidade e patrimônio.

No universo da computação, as técnicas mais comuns de criptografia envolvem o conceito de "chaves", que são formadas por um conjunto de bits montados a partir de algoritmos pré-definidos. Quanto mais bits, mais segura a codificação; chaves de 256 bits permitem criar um número bem maior de combinações que uma chave de apenas 64 ou 128 bits, por exemplo, mas é bom lembrar que, sempre que uma nova forma de codificação é anunciada, os crackers se empenham em quebrá-las, e não raro acabam conseguindo, ainda que isso exija mais tempo e lhes dê bem mais trabalho.

Se você armazena fotos ou dados sigilosos em seus dispositivos, não deixe de usar um aplicativo de criptografia. Há diversas opções disponíveis no mercado, tanto pagas quanto gratuitas. Entre estas últimas, sugiro o EncryptOnClick e o SafeHouse Explorer USB Disk Encryption. Os links para download que eu sugeri remetem ao site do Baixaki, que não só funciona como repositório de aplicativos, mas também publica uma resenha e uma avaliação dos programas que disponibiliza.

Criptografando seus arquivos “sensíveis”, você pode tranquilamente mandar seu aparelho para o conserto. Embora nada assegure 100% de segurança, esse procedimento dificulta o acesso aos dados a tal ponto que o técnico ou outro curioso de plantão se certamente irá se sentir desestimulado a tentar desembaralhá-los sem a respectiva senha.

Note que essa camada de blindagem não é uma muralha intransponível. Traçando uma analogia tosca, um ladrão que resolve roubar um carro pode conseguir seu intento, mesmo que haja alarmes, chaves codificadas e/ou presenciais, bloqueadores de ignição e outros requintes de proteção. Se ele apontar uma arma para a cabeça do infeliz proprietário, certamente o veículo lhe será entregue sem resistência.

Por essas e outras, em vez de manter arquivos confidencias no HDD do seu PC ou na memória interna (ou no SD Card) do seu smartphone, prefira salvá-los em pendrives ou HDD USB e guardar esses dispositivos de armazenamento externo em local seguro. Afinal, cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Era isso, pessoal. Até a próxima.

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