TUDO PARECE OUSADO PARA QUEM A NADA SE
ATREVE.
As VPNs são redes
virtuais privadas que nos permitem navegar de maneira anônima e segura através
uma conexão criptografada entre nosso computador e a internet. Elas já foram
mais comuns no âmbito corporativo ― para conectar de forma segura ramais
remotos ou ligar funcionários em roaming à rede do escritório, por exemplo ―,
mas vêm se tornando populares também entre usuários domésticos que se preocupam
com sua privacidade.
Quando usamos uma VPN, nosso tráfego passa a ser
direcionado de maneira segura por meio de um servidor localizado em outro lugar
do mundo, protegendo nosso computador de tentativas locais de rastreamento, de
hacks, ou mesmo impedindo que os sites por onde navegamos registrem nosso IP
(Internet Protocol, ou protocolo de internet). De quebra, essas redes permitem
acessar conteúdo online indisponível localmente ― por exemplo, conectarmo-nos a
um servidor baseado no Reino Unido para
acessar conteúdo restrito da BBC, ou
num servidor baseado nos EUA para assistir
a filmas na Netflix
que não estão disponíveis no Brasil.
Existem
diversas opções de VPNs, tanto pagas
quanto gratuitas. Estas últimas tendem a exibir anúncios, oferecer um leque
mais limitado de servidores e acarretar redução nas velocidades de conexão ― o
que não chega a incomodar (muito) um usuário doméstico eventual. Outro ponto
negativo é que são maiores as chances de os endereços IP que elas
utilizam serem bloqueados ou filtrados em diversos sites (até porque crackers,
spammers e outros usuários mal-intencionados costumam se valer desses serviços
para seus propósitos escusos). Já as opções comerciais funcionam mediante
assinatura e não reduzem a velocidade dos downloads nem limitam o tráfego de
dados, além de não armazenarem logs que possam servir para identificar os
usuários.
Diversas suítes de segurança oferecem VPNs
que funcionam como um meio-termo entre as soluções gratuitas e as comerciais (eu uso e recomendo a Avast SecureLine VPN). Quando
o preço não está embutido na licença, o valor cobrado em separado costuma ser
mais camarada, e como essas soluções já possuem configurações razoavelmente
seguras, a gente não precisa ajustá-las por conta própria (o que nem sempre é
fácil para quem não tem intimidade com redes e seus intrincados protocolos).
A quem
interessar possa, seguem algumas sugestões:
― O Private Internet Access
e o TorVPN suportam Windows,
OS X, Linux, iOS e Android (o plano gratuito tem
limite de 1GB por mês).
― O ProXPN
suporta Windows, OS X e iOS.
― O Baixaki
conta com dezenas de opções de VPN, boa parte delas gratuita para uso
doméstico. É só clicar, conferir e escolher a que mais lhe agradar.
Se ao fim e ao cabo você quiser realmente chutar o balde,
achando que pode viver desconectado em pleno século XXI, veja na próxima
postagem como apagar todos os seus dados
e desaparecer do mundo virtual.
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