O MAIS
IMPORTANTE NA COMUNICAÇÃO É OUVIR O QUE NÃO ESTÁ SENDO DITO.
Desde que foi lançado comercialmente, na década de 1980 — a
princípio como uma interface gráfica baseada no MS-DOS e mais adiante, a partir do Win 95, como um sistema operacional autônomo —, o Windows sempre foi um software
proprietário, de código fonte fechado, com a utilização pelo consumidor final vinculada
ao pagamento de uma licença e regulada por um contrato que estabelece o que as
partes podem ou não fazer (EULA), mas que a maioria dos usuários aceita sem ler um parágrafo sequer.
O custo da licença vinha (e continua vindo) embutido no preço da mídia de instalação — no caso da cópia selada do programa (modalidade FPP) — ou do computador — no caso de o sistema vir pré-instalado (modalidade OEM, mediante a qual fabricantes de PCs pagam bem mais barato pelas licenças por comprá-las “em lote” da Microsoft; mais detalhes sobre as diversas modalidades de distribuição de software nesta postagem).
O custo da licença vinha (e continua vindo) embutido no preço da mídia de instalação — no caso da cópia selada do programa (modalidade FPP) — ou do computador — no caso de o sistema vir pré-instalado (modalidade OEM, mediante a qual fabricantes de PCs pagam bem mais barato pelas licenças por comprá-las “em lote” da Microsoft; mais detalhes sobre as diversas modalidades de distribuição de software nesta postagem).
Até lançar o Windows
10 como serviço, em meados de 2015, a Microsoft liberava novas edições do sistema em intervalos de 3 a 5 anos. Assim, no
caso de o computador sobreviver à versão do Windows nele instalada, o usuário que
quisesse adotar a “bola da vez” sem fazer um upgrade casado (hardware e software) precisava adquirir a
respectiva mídia de instalação e, consequentemente, pagar novamente pela licença (a não
ser que comprasse uma cópia “Capitão Gancho”, naturalmente, mas isso é outra
conversa). E assim a banda tocou até o malsinado Windows 8, que chegou ao mercado em 2012 e foi um retumbante
fiasco de crítica e de público.
No final de 2014, quando todos aguardavam a chegada do Windows 9, a Microsoft revelou que a nova edição se chamaria Windows 10 (frustrando, ainda que por tabela, os cibercriminosos que ofereciam falsos links para download gratuito do Windows 9 com malware embutido em seus códigos). Segundo se comentou à época, a empresa teria “pulado” o 9 para evitar um possível problema de compatibilidade, já que os desenvolvedores de aplicativos usavam a expressão “Windows 9” para checar se a versão do sistema em que os programas eram executados era a 95 ou a 98.
No final de 2014, quando todos aguardavam a chegada do Windows 9, a Microsoft revelou que a nova edição se chamaria Windows 10 (frustrando, ainda que por tabela, os cibercriminosos que ofereciam falsos links para download gratuito do Windows 9 com malware embutido em seus códigos). Segundo se comentou à época, a empresa teria “pulado” o 9 para evitar um possível problema de compatibilidade, já que os desenvolvedores de aplicativos usavam a expressão “Windows 9” para checar se a versão do sistema em que os programas eram executados era a 95 ou a 98.
Mais do que uma nova edição do Windows, o 10 foi um divisor de águas, pois inaugurou a
distribuição do sistema como “serviço” — a exemplo do que já havia feito com a
suíte Office —, além de oferecer o upgrade gratuitamente (pelo período de 1 ano) aos proprietários de cópias
legítimas do Seven SP3 ou do Eight.1 instaladas em máquinas com hardware compatível.
Continua no próximo capítulo. Bom Natal a todos até quarta.