AS HORAS SÃO FATIAS DA ETERNIDADE.
Por ser composto de dois segmentos distintos, mas interdependentes
— o hardware e o software —, o computador tem duas vezes mais chances de
apresentar problemas.
Problemas de hardware
podem ser evitados — ou prevenidos, melhor dizendo — com a escolha de
componentes de boa qualidade. Isso era mais fácil quando a integração caseira
era a regra geral; ao comprar a máquina pronta, aceitamos a configuração imposta pelo fabricante e os componentes que ele escolheu utilizar (placa-mãe,
processador, módulos de memória, drive de disco rígido, placa gráfica, etc.).
No caso do software, a solução de problemas não passa pela
troca de peças. Mas isso não significa que a coisa seja fácil, até porque pode ser complicado
descobrir o responsável pelo mau funcionamento do computador.
A Restauração do Sistema costuma resolver problemas de estabilidade, lentidão excessiva, travamentos, inicializações aleatórias e
outras intercorrências resultantes de desconfigurações acidentais, drivers
problemáticos, atualizações malsucedidas do Windows, aplicativos malcomportados ou portadores de apêndices
indesejados ou maliciosos. E isso sem que você precise quebrar a cabeça tentando
descobrir o vilão da história.
Claro que sempre é possível recorrer ao tratamento
de choque, ou seja, reinstalar o Windows do zero e começar vida nova. Mas essa
é uma opção que deve ser usada em último caso, pois, além de demandar tempo e trabalho, costuma resultar as inevitáveis perdas de arquivos pessoais,
já que a maioria dos usuários não cultiva o saudável hábito de manter backups atualizados.
A Restauração do Sistema é uma ferramenta útil, mas está longe de ser
infalível. Ela foi implementada no Windows
Millennium e acompanha o sistema desde então. No Win98, para alcançar um resultado semelhante, era
preciso executar o Scanreg via prompt de comando e escolher a última
configuração válida (ou outro backup do registro, caso a primeira tentativa não
lograsse êxito). Como isso não era nem um pouco amigável para usuários leigos e iniciantes, a Microsoft criou Restauração do Sistema e lhe garantiu acesso a partir da
interface gráfica do Windows.
Em linhas gerais, o que essa ferramenta faz é criar “pontos de restauração” (backups de
arquivos essenciais ao funcionamento do Windows)
sempre que atualizações ou modificações abrangentes são efetuadas ou novos aplicativos ou
drivers, instalados. Esses pontos podem ser criados tanto automaticamente quanto por
demanda do usuário — portanto, não deixe de criá-los sempre que for instalar um aplicativo, atualizar drivers ou fazer alguma
reconfiguração abrangente.