quinta-feira, 25 de abril de 2019

DICAS PARA RESOLVER PROBLEMAS ELEMENTARES DE COMPUTAÇÃO


MELHOR VIVER UM DIA COMO LEÃO DO QUE CEM ANOS COMO CORDEIRO.

Os computadores “nasceram” em meados do século passado, inicialmente como imensos mainframes, que ocupavam salas inteiras e tinham menos poder de processamento que uma calculadora de bolso atual. Já os microcomputadores começaram a ser pensados lá pelos anos 1960, mas demorou quase 3 décadas para eles se popularizarem entre usuários domésticos.

Aqui pelas nossas bandas, a “internet” foi acessada pela primeira vez em 1995, quando o Laboratório Nacional de Computação Científica, no Rio de Janeiro, estabeleceu via Bitnet uma conexão com a  Universidade de Maryland (à vertiginosa velocidade de 1 Kbps). Poucos anos depois, o acesso à "rede mundial de computadores" deixaria de ser uma quase exclusividade governamental-corporativa para se estender também ao âmbito dos usuários domésticos de PCs, que já tinham o microcomputador na conta de utensílio tão trivial quanto um televisor ou um forno de micro-ondas. Mais adiante, a banda larga permitiria o uso simultâneo da linha telefônica para chamadas e voz e a cesso a dados, e garantiria a quem pudesse arcar com seu custo uma navegação mais estável e veloz do que os míseros 56 Kbps ensejados pelos jurássicos modems analógicos e redes dial-up.

Com a popularização dos PCs, proliferaram cursos de informática e de montagem e manutenção de micros (como eram carinhosamente chamados os PCs em seus mais verdes anos), além de publicações especializadas, com destaque para revistas que incluíam CDs recheados de joguinhos e outros inutilitários — que quem tivesse um PC e acesso à Internet também poderia baixar, mas fazê-lo a partir de uma conexão discada não só era um exercício de paciência, mas também encarecia bastante a conta do telefone.

Com o barateamento dos aparelhos “de grife” e as facilidades do crediário, a integração caseira de micros foi caindo no esquecimento, levando para o buraco as publicações sobre informática — mesmo as mais tradicionais, como Info, PC-World, PC & Cia., sumiram das bancas. Os blogs de tecnologia também amargaram uma queda de audiência brutal — nos tempos áureos, meu humilde site era visitado milhares de vezes por dia, mas agora atrai uns poucos gatos pingados e raramente recebe comentários.

Os smartphones se tornaram substitutos quase perfeitos dos PCs convencionais — quase, porque não é tudo que você faz num laptop ou num desktop pode ser feito num celular —, e a pré-instalação do sistema operacional simplificou a vida dos usuários, que só precisam ligar o aparelho, fazer alguns ajustes básicos e, claro, entupi-lo com uma miríade de inutilitários. Mesmo assim, sempre surge um probleminha ou outro que uma simples realização não resolve, daí eu continuar publicando minhas dicas de informática (muitas das quais se aplicam também ao sistema móvel Android, que é o mais usado em smartphones).

Feita essa breve introdução, passemos ao que interessa, começando por dizer que desde as mais vetustas edições do Windows uma “Lixeira” funciona como “salva-vidas”, permitindo recuperar algo que foi descartado acidental ou indevidamente. Na verdade, o ícone da lata de lixo dá acesso a uma pasta (ou diretório) onde ficam armazenados temporariamente os arquivos excluídos; em sendo preciso resgatá-los, basta abrir a Lixeira, dar um clique direito sobre item desejado e escolher a opção Restaurar, presente no menu de contexto. Claro que isso só vai funcionar se os arquivos ainda estiverem na Lixeira; se você a esvaziou e precisar recuperar alguma coisa posteriormente, terá de recorrer a uma ferramenta dedicada e torcer para que os dados ainda não tenham sido sobrescritos.

Observação:  Essa “mágica” acontece porque os arquivos deletados não são expurgados imediatamente do disco — na verdade, o Windows simplesmente altera Tabela de Alocação de Arquivos de forma a disponibilizar os clusters respectivos para novas gravações. Note que, quanto mais cedo você tentar recuperar o arquivo apagado e excluído da lixeira, maior serão suas chances de sucesso. A simples instalação da ferramenta de resgate pode pôr tudo a perder, de modo que, se você não tiver o programinha no seu PC, baixe uma opção portátil — sugiro o Restoration — diretamente num pendrive ou HDD externo.

Sempre há quem se sinta incomodado em confirmar de exclusão dos arquivos enviados para a Lixeira, embora trate-se de camada de segurança adicional, mais ou menos uma cláusula de arrependimento que permite desistir contrato depois de o ter assinado. A quem interessar possa, basta dar um clique direito sobre o ícone da Lixeira, selecionar Propriedades e desmarcar a caixa de verificação ao lado de “Exibir caixa de diálogo de confirmação de exclusão” para que a mensagem deixe de ser exibida. Aliás, a tela das propriedades da lixeira permite também configurar o sistema para “Não mover arquivos para a lixeira. Remover arquivos imediatamente quando excluídos — bastando para isso desmarcar a caixa de verificação ao lado dessa opção, mas tenha em mente que isso reduzirá drasticamente suas chances de recuperar algo que venha a apagar acidentalmente.  

Outra maneira de deletar arquivos diretamente — ou seja, sem que eles passem pela Lixeira — é manter pressionada a tecla Shift durante a exclusão, tanto via menu suspenso quanto via tecla Delete. Mas, de novo, é preciso ter mente que a recuperação posterior, fora do âmbito da Lixeira, irá depender de programinhas dedicados e nem sempre produzirá os resultados desejados.

Tudo somado e subtraído, sugiro manter a configuração que armazena os itens excluídos na Lixeira e esvaziar a dita-cuja no final do dia, antes de encerrar o Windows e desligar o computador.

Volto com mais dicas na próxima postagem. Até lá.