A MASSA MANTÉM
A MARCA, A MARCA MANTÉM A MÍDIA E A MÍDIA CONTROLA A MASSA.
Ainda que os
sistemas operacionais atuais sejam multitarefa, sua capacidade de executar
várias coisas a um só tempo depende diretamente da configuração de hardware,
sobretudo da quantidade de RAM
disponível (na verdade, o processador alterna de um processo para outro, só que
o faz tão rapidamente que parece estar fazendo tudo ao mesmo tempo).
O problema é que apenas
máquinas top de linha (e preços nas
alturas) vêm com mais de 4 gigabytes de
RAM, o que é pouco para quem quer
jogar games radicais, trabalhar com aplicações mais exigentes (como editores de
vídeo), ou mesmo continuar operando o PC enquanto o antivírus faz uma varredura
completa ou o defrag bota ordem no disco
rígido.
Além do próprio
sistema operacional, os aplicativos que executamos e os arquivos abrimos são
carregados na RAM (mais detalhes no
capítulo anterior, no tópico sobre o disco rígido). Quando essa memória é
pouca, o processador recorre a um estratagema criado pela Intel nos tempos de
antanho — e conhecido desde sempre como memória virtual —, mas a questão é que
essa "memória adicional" corresponde a um espaço no drive de disco
rígido, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória
RAM.
Observação: Falta
de memória se resolve instalando mais memória — mas há paliativos que ajudam
a minimizar o problema, caso você não queira (ou não possa) fazer um upgrade de
RAM (acesse esta
postagem para mais detalhes).
Netbooks e notes
de entrada de linha se desincumbem das tarefas mais corriqueiras, da mesma
forma que um carro "popular" 1.0 leva você ao trabalho, seu filho à
escola e sua avó à igreja, por exemplo, mas não se pode esperar dele desempenho
parecido com o do Mustang Shelby GT 500 V8 32v, cujo propulsor gera inacreditáveis
770 cv que leva o esse muscle car de
1.730 kg a 100 km/h em apenas 3 segundos.
Quando tiramos da caixa um PC novinho em folha e o ligamos pela primeira vez, somente o sistema
operacional e uns poucos programinhas adicionados pelo fabricante ocupam o latifúndio
de espaço disponível no HDD. Depois que configuramos e
personalizamos o Windows, instalamos
nossa suíte de segurança preferida, o MS
Office (completo, mesmo que só precisemos do Word),
o Chrome e o Firefox (embora o Edge e
o IE sejam componentes nativos do Windows 10), o Adobe Reader (a despeito de qualquer navegador ser capaz,
atualmente, de exibir documentos .PDF)
e mais uma profusão de inutilitários gratuitos, o sistema, antes
veloz como um guepardo, ora se arrasta como um cágado perneta.
Um computador sem software
é como um corpo sem alma, e o Windows,
mesmo sendo pródigo em recursos, não oferece tudo de que precisamos para realizar nossas tarefas do dia a dia (até porque isso não se inclui na lista de funções de um sistema operacional). A questão é que muita
gente instala todo tipo de freeware que encontra na Web, e a maioria desses programinhas tem o
péssimo hábito de modificar a homepage e o mecanismo de buscas padrão e adicionar ao navegador barras de ferramentas e outros penduricalhos, e isso quando não servem também como meio de transporte para programinhas espiões (spyware) que
monitoram a navegação, capturam informações de login, senhas, números de
cartões de crédito etc., e ao cabo de meses (ou semanas) o computador que
era veloz como um guepardo passa a se comportar como um
cágado perneta.
Amanhã eu conto o
resto.