sexta-feira, 8 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE (PARTE 3)


AS PESSOAS NÃO MUDAM, NUNCA SE TORNAM NADA ALÉM DO QUE SEMPRE FORAM.

Uma das muitas funções do sistema operacional — que é tido e havido como o software-mãe do computador, já que sem ele o hardware e o software "não conversariam" — é dar suporte aos aplicativos que usamos nas tarefas do dia a dia. O Windows, no entanto, vai mais além. 

Além de integrar dois navegadores (o Edge e o obsoleto Internet Explorer), dois editores de texto (Bloco de Notas e WordPad), ferramentas de proteção (Windows Firewall e Windows Defender), diversos utilitários de manutenção e até um cliente de email nativo, o Win10 disponibiliza um sem-número de apps na Microsoft Store (muitos dos quais podem ser instalados gratuitamente). Mas muita gente não abre mão de navegar com Google Chrome, de proteger o computador com aplicativos de segurança da Symantec, de manter a máquina nos trinques com utilitários de manutenção como o CCleaner, de usar o MS Word para criar seus textos e o IncrediMail para gerenciar sua correspondência eletrônica, por exemplo.

Não há problema em instalar aplicativos, desde que limitados àquilo que seja realmente necessário. No entanto, como se não bastasse o crapware que o fabricante do PC instala junto com sistema (para embolsar alguns centavos a cada instalação), a maioria de nós não resiste ao canto da sereia dos programinhas freeware disponíveis na Web. E quanto mais aplicativos instalamos, maiores são as chances de incompatibilidades, mensagens de erro e travamentos, sem falar que muitos programinhas gratuitos nada mais são que veículos de transporte para pragas digitais (spyware, na maioria das vezes). Além disso, da feita que a maioria dos apps é instruída a pegar carona na inicialização do sistema, não demora para que a capacidade de processamento da CPU e o espaço na memória RAM se tornem insuficientes para os aplicativos úteis, ou seja, aqueles que realmente usamos em nossas tarefas cotidianas.

Para checar o que está instalado no seu computador, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos, revise a lista dos softwares instalados, selecione (um por vez) os que você deseja remover e clique em Desinstalar (note que melhores resultados serão obtidos com ferramentas de terceiros (pode até parecer um contrassenso, mas não é), como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do Windows costuma a deixar para trás. Concluída a desinstalação, reinicie o computador e faça uma faxina em regra no HDD. Se quiser usar as ferramentas nativas do Windows, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Limpeza do Disco e siga os passos indicados pelo assistente. Ao final, supondo que seu PC tenha um disco rígido convencional (eletromecânico), volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento. 

Observação: A desfragmentação pode demorar de alguns minutos a horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você executar o procedimento semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes levarão bem menos tempo para ser concluídas. Note que drives de memória sólida (SSD) não precisam — e nem devem — ser desfragmentados.

Da mesma forma que na desinstalação, melhores resultados podem ser obtidos com o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Mas note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, é recomendável rodar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que você não se importe em amargar uma lentidão irritante — e, de quebra, aumentar o tempo que a ferramenta levará para concluir a desfragmentação.