terça-feira, 14 de janeiro de 2020

AINDA SOBRE AS TEMPESTADES DE VERÃO — PARTE 3



MILITANTES PETISTAS SÃO VACAS DE PRESÉPIO, MAS LULA E SEUS COMPARSAS SÃO RAPOSAS DE GALINHEIRO. 

Vimos que os filtros de linha não passam de benjamins providos de fusíveis ou LEDs que fazem as vezes de varistor, de modo que não filtram coisa nenhuma e, portanto, não protegem os dispositivos a eles conectados dos distúrbios da rede elétrica. Já um estabilizador de tensão custa um pouco mais caro, mas menos que um No-Break, e pode até quebrar o galho, pois é capaz de “compensar” as variações de tensão da rede (para mais ou para menos). No entanto, se um pico de energia de grande amplitude burlar a proteção de seus varistores, a economia pode não compensar (o conserto de eletrodomésticos danificados por distúrbios da rede costuma ser indenizado pela concessionária de energia, mas isso dá algum trabalho, como veremos na postagem de amanhã).

Ao escolher um estabilizador, assegure-se de que ele seja certificado pelo INMETRO. Todos oferecem proteção contra surtos de tensão, naturalmente, mas alguns incluem recursos como desligamento automático (destinado a proteger os eletroeletrônicos se um pico de energia superar a tensão máxima de operação), proteção térmica adicional contra sobrecarga, aumento da faixa de tensão de entrada (45% em redes 110~127 V e 40% em 220 V) e sensor de potência (que desliga o estabilizador no caso de os equipamentos superarem sua capacidade de proteção).

Nem tudo que é caro é bom, mas o que é bom geralmente custa mais caro. Assim, o preço do estabilizador pode ser um bom indicativo, mas o peso também deve ser levado em consideração — modelos com mais componentes internos são mais pesados e, em tese, mais eficazes. Por outro lado, mesmo o melhor estabilizador deixará você na mão durante um apagão (ocorrência bastante comum durante tempestades de versão), já que, diferentemente do No-Break, ele não dispõe de baterias para alimentar seu PC e periféricos até você concluir os trabalhos, encerrar o Windows e desligar tudo com segurança.

Ao escolher um No-Break, prefira o modelo online — também conhecido como UPS (sigla de Uninterruptible Power Suely) —, que conta com um retificador, um inversor e um banco de baterias. O retificador “corrige” a rede elétrica e carrega as baterias, e a tensão, uma vez retificada, alimenta o bloco inversor, cuja função é alternar a tensão novamente para a carga. Quando há energia na tomada, o banco é mantido sob carga lenta, e os aparelhos são alimentados via inversor; quando não há, as baterias alimentam a carga também via inversor. Como a tensão é retificada e filtrada logo na entrada e a alimentação, provida através do circuito inversor, o dispositivo consegue eliminar a maioria dos distúrbios da rede elétrica, pois as baterias funcionam como um grande capacitor.

A autonomia do No-Break (ou seja, o tempo durante o qual ele é capaz de alimentar o PC e os periféricos quando o fornecimento de energia da rede elétrica é interrompido) é um dos fatores que determinam seu preço. De modo geral, 15 minutos bastam para você terminar o que está fazendo, fechar os arquivos e aplicativos, encerrar o Windows e desligar o computador da maneira adequada, mas há modelos que mantêm tudo funcionado por horas a fio (dependendo da quantidade de energia exigida pelo conjunto de aparelhos ligados ao dispositivo, naturalmente).

No-Breaks offline custam menos do que os UPS, mas só proveem proteção adequada quando não há energia na tomada (situação em que o computador e os periféricos são alimentados diretamente pelas baterias). Se puder, evite-os. Se não puder... bem, é melhor pingar do que secar.

Continua na próxima postagem.