quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O VETUSTO XP, WLADIMIR PUTIN E A NOVA LOGOMARCA DO WINDOWS



POLÍTICA É A ARTE DE DIAGNOSTICAR INCORRETAMENTE OS PROBLEMAS E LHES APLICAR O REMÉDIO ERRADO. 

Depois do fiasco do Windows ME (Millennium Edition), lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da virada do milênio, a Microsoft deu à luz o Windows XP (de eXPerience), cortando de vez o cordão umbilical com o vetusto Windows 9x/ME.

Baseado no kernel (núcleo) do Windows NT (New Technology), a nova edição do sistema operacional para PC mais bem-sucedido da história foi lançada comercialmente em 25 de outubro de 2001, com pompa e circunstância dignas do nascimento de um príncipe. Tamanho foi o sucesso que a mãe da criança estendeu o suporte ao filhote até abril de 2014, tornando-o a edição mais longeva da história do Windows. Ainda que alguns atribuam essa longa vida ao fracasso do Vista, é bom lembrar que poucos meses depois de lançado, em 22 de outubro de 2009, o Windows 7 tornou-se um sucesso de crítica e de público.

Como sabe quem acompanha nosso humilde Blog, os produtos da Microsoft têm um ciclo de vida pré-definido, que se inicia quando o software é lançado e termina quando ele deixa de receber suporte — inclusive atualizações críticas e de segurança. Depois disso, o programa continua funcionando, mas a segurança dos usuários fica prejudicada, pois os cibercriminosos continuam buscando brechas de segurança que, para piorar, deixam de ser corrigidas pela empresa de Redmond.

O Windows 10 ainda não cumpriu a ambiciosa missão de conquistar 1 bilhão de usuários, mas vem avançando a passos largos. Em janeiro do ano passado, um a cada dois computadores rodava o “novo sistema”. Somadas todas as edições lançadas a partir do XP (inclusive), o Windows abocanha quase 80% do seu segmento de mercado — para efeito de comparação, o OS X, da Apple, fica com modestos 16,46%. Segundo dados do site StatCounter Global Stats, o Win 10 terminou 2019 com 65,4% da preferência dos usuários da plataforma, seguido pelo Seven (26,79%), pelo 8.1 (4,87%) e pelo XP (1,29%). O Vista carrega a lanterninha, com 0,31%.  

Apesar dos riscos de se manter o XP em uso depois que seu suporte estendido foi encerrado (em 2014), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, continua fiel ao velho sistema. A curiosidade foi relatada pelo site Open Media e confirmada pela Sociedade Russa de Proteção da Internet.  

Putin usa o XP não só no escritório presidencial, mas também em sua residência oficial. O motivo é que essa edição foi a última certificada como “segura” pelas autoridades russas. Os funcionários do governo daquele país até podem optar por versões mais modernas, como o Windows 10, a não ser que o computador seja usado para hospedar segredos de estado em potencial, caso em que as opções ficam limitadas ao XP ou algum sistema alternativo, como o AstraLinux, que é 100% russo.

A Rússia pretende eliminar todos os sistemas operacionais populares de seus escritórios e adotar seu próprio sistema baseado em Linux. De acordo com o projeto divulgado há alguns meses, o AstraLinux deve substituir em breve o Windows em todos os computadores da administração do país. Até lá, estima-se que 20% dos funcionários continuem usando o jurássico XP. Essa conduta remete a uma estratégia russa de remover influências estrangeiras. Recentemente, o país decidiu criar sua própria Wikipedia e introduziu uma nova lei que forçará smartphones, PCs e outros eletrônicos a ser fornecidos com um software russo pré-instalado. Putin também aprovou uma lei que isola a Internet da Rússia do resto do mundo.

Por último, mas não menos importante, a Microsoft redesenhou o logo de diversos aplicativos do seu sistema operacional e está reformulando mais de 100 ícones com novas cores, materiais e acabamentos. As mudanças fazem parte de uma iniciativa para modernizar o software e seus serviços, sob o conjunto de princípios do Fluent Design. Mas a maioria das alterações foi sutil; o foco da empresa parece ter sido a limpeza no ícone do sistema, já que o Win 10 possui símbolos inconsistentes que aparecem em algumas configurações e aplicativos. Uma das soluções para esse problema foi a criação do Windows 10X, projetado para dispositivos de tela dupla e com um novo menu inicial e sem as animações Live Tiles.

O logotipo que faz parte do Windows 8 e 10 possui uma cor plana, enquanto o novo se assemelha com um gradiente azul, com cada trimestre do ano possuindo uma tonalidade diferente. Outras áreas que devem ser alteradas são os painéis de configuração e o centro de notificações, de forma com que os usuários consigam acessá-los mais rapidamente. O trabalho com os ícones da empresa em parceria com a Fluent Design tem sido até o momento um processo gradual, que deve continuar ao longo deste ano. O navegador Edge agora possui um ícone totalmente novo, assim como o próprio MS Office, que ostenta um logotipo mais moderno. Os designers da empresa trabalham no momento de forma colaborativa, que é descrita internamente como uma maneira de "código aberto".

Fonte: FossbytesGenbeta