Complementando o que eu publiquei anteontem, Toffoli, o inigualável, concedeu liminar para adiar por seis meses a implementação do juiz de garantias (que começaria a valer no próximo dia 23 deste mês, conforme a desfiguração feita no pacote anticrime de Sérgio Moro pelo Congresso e sancionada em dezembro pelo Capitão Frustração, o indômito). O dublê de advogado do PT e presidente do STF se apressou em julgar a questão para evitar que a decisão ficasse a cargo do vice-presidente da Corte, ministro Luiz Fux, que assume o plantão a partir da próxima semana. Vale salientar que sua insolência excluiu a excrescência nos casos de violência doméstica e familiar, nos crimes contra a vida e nos processos criminais na Justiça Eleitoral, o que deixa claro como o sol do meio-dia que o juiz de garantias foi criado para favorecer corruptores e corruptos. Volto ao assunto com mais detalhes numa próxima postagem.
Se nada mudar no cenário político internacional, a “guerra comercial” entre os EUA e a China, que
vem nos aporrinhando há quase dois anos, deve terminar em breve. Como nada é perfeito, o agronegócio tupiniquim pode ser afetado. Nas contas do economista-chefe
para América Latina da consultoria inglesa Oxford Economics, Marcos
Casarin, há um risco para US$ 10 bilhões em exportações brasileiras.
Quanto à tensão no oriente médio, só Deus sabe quantos novos e emocionantes capítulos essa novela ainda terá. Mas o fato é que o apoio do Brasil aos EUA denota um total despreparo da nossa diplomacia, além de pôr em risco nossas relações comerciais com o Irã e, por que não dizer, a segurança nacional — na hipótese de haver retaliação por parte das milícias terroristas, o Brasil, neutro, não estaria entre os alvos dessa caterva.
Quanto à tensão no oriente médio, só Deus sabe quantos novos e emocionantes capítulos essa novela ainda terá. Mas o fato é que o apoio do Brasil aos EUA denota um total despreparo da nossa diplomacia, além de pôr em risco nossas relações comerciais com o Irã e, por que não dizer, a segurança nacional — na hipótese de haver retaliação por parte das milícias terroristas, o Brasil, neutro, não estaria entre os alvos dessa caterva.
Entrementes, o ex-presidiário mais famoso do Brasil — que continua sendo o criminoso mais famoso do Brasil — vem exibindo um inusitado viés humorístico depois que a banda podre do STF abriu as portas da sala VIP que lhe servia de cela em Curitiba. Neste início de
ano, talvez por efeito colateral dos 580 dias de abstinência alcoólica, talvez por ter resolvido tirar o atraso, o pé-de-cano nos chamou a atenção pelo inusitado estilo de fazer oposição, conforme se viu na entrevista concedida ao site Diário do Centro
do Mundo.
Lula fez considerações sobre o desemprego, um assunto
trágico, mas que ficou engraçado porque o molusco rodopiou em torno da
tragédia como se nela não estivessem gravadas suas próprias digitais e as de sua
incompetentíssima sucessora. Ao criticar a política econômica do atual governo, o eterno presidente de honra do partido dos trabalhadores que não trabalham, de língua ferina e nenhuma vergonha na cara, atribuiu a
precarização do emprego à falta de oportunidade que vem compelindo o brasileiro a aceitar condições inadequadas de trabalho.
A temporada na prisão dificilmente faria do criminoso de Garanhuns uma pessoa melhor, ao contrário do que ele afirmou em mais de uma oportunidade (para
gáudio da corja abjeta que bate os cascos para tudo que esse sujeito diz), mas parece ter provocado uma oportuna amnésia seletiva. O mandrião ora não se lembra — ou finge não se lembrar — que a economia
tupiniquim encolheu quase 7% no triênio que pôs fim ao governo lulopetista, e esquece — ou finge esquecer — que foi graças à gestão "empregocida" da nefelibata da mandioca que a taxa de desemprego saltou de 6,4% para 11,2%, pondo no olho da
rua cerca de 12 milhões de trabalhadores.
Quando a nefasta estocadora de vento foi deposta, relembra Josias
de Souza, apenas dois empreendimentos prosperavam no Brasil: a corrupção
e a incompetência governamental. Os dois fenômenos compõem a obra de Lula.
Foi durante sua gestão que nasceram o mensalão e o petrolão. Foi
de sua autoria a fábula estrelada pelo mito da gerentona que virou uma
presidente ruinosa. Na visão anedótica de Lula, o abismo do mercado de
trabalho foi cavado pelo ministro Paulo Guedes, mas o mais risível é
que, no limite, o petralha desmemoriado é corresponsável também pela ascensão de
Bolsonaro, pois foi surfando na onda do antipetismo que o capitão chegou
ao Planalto.
Enfim, o ano promete. Benzamo-nos e acompanhemos o
desenrolar dos acontecimentos.