quinta-feira, 19 de março de 2020

DO CELULAR AO SMARTPHONE, MITOS E ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA PROLONGAR A VIDA ÚTIL DO APARELHO (PARTE 3)

NÃO EXISTE MANEIRA MAIS ESTÚPIDA DE SE TOMAR DECISÕES DO QUE ENTREGÁ-LAS A PESSOAS QUE NÃO VÃO PAGAR NADA SE ELAS DEREM ERRADO.

Se você usa celulares desde o final do século passado, quando eles eram realmente telefones móveis e serviam quase que exclusivamente para fazer e receber chamadas de voz e mensagens de texto curtas (SMS), talvez cultive o (saudável) hábito de ler o manual do usuário, que é uma prática recomendável antes ligar qualquer aparelho pela primeira vez.

Esse manual, que já foi um livreto com muitas páginas, já não passa de um folheto, algo parecido com uma bula de remédio. Quem quiser mais informações deve acessar as configurações do aparelho e localizar o arquivo .PDF armazenado localmente ou o link que leva até a versão disponível no site do fabricante, e lê-lo de cabo a rabo, porque puxar uma carroça cheia de livros não transforma um burro num sábio. (Considere a possibilidade de fazer o download e salvar o arquivo com o manual no próprio aparelho ou em seu notebook, por exemplo, para poder consultá-lo mais facilmente se e quando necessário).

Dito isso, vamos a algumas dicas práticas, começando pela bateriaque é o componente responsável por fornecer energia ao celular. Nos tempos de antanho, utilizavam-se modelos de níquel cádmio (NiCd), que eram sujeitos ao “efeito memória” se não fossem totalmente esgotados antes de ser postos para recarregar (ou seja, cargas parciais levavam a bateria a perder progressivamente a capacidade de armazenar energia, reduzindo, consequentemente, sua autonomia).

O problema foi resolvido com a adoção das baterias de íon-lítio, que acumulam três vezes mais carga e não apresentam “efeito memória”. Mesmo assim, alguns lojistas desinformados (e até alguns fabricantes que, por alguma razão, não atualizaram as informações contidas em seus folhetos) recomendam dar uma carga inicial de 6, 8, 12 ou 24 horas (o tempo varia conforma a fase da lua ou a posição das estrelas no céu), bem como jamais colocar o telefone na carga enquanto a bateria não “zerar”. Mas isso é tudo bobagem. O recomendável é recarregar a bateria antes de a carga acabar.

Aliás, dada a profusão de funções e o uso intensivo dos smartphones, é comum você recarregar a bateria no final do expediente para poder usar o aparelho na volta para casa, ou deixá-la carregando durante a noite, para sair de manhã com a carga completa. Quem, como eu, deixa o telefone durante a noite e ativa o Bluetooth, o 4G ou o Wi-Fi quando esses recurso são realmente necessários, dificilmente precisa recarregar a bateria todos os dias (a minha chega a durar de 3 a 4 dias). 

Em última análise, é preferível sair de casa com a bateria 100% carregada do que ter de correr atrás de uma tomada no meio do caminho. Além disso, colocar o aparelho na carga quando o indicador da bateria baixa de 50% aumenta a vida útil do componente. Mas é bom ter em mente que nada é eterno, e a bateria do celular não é exceção. Mais dia, menos dia, ela atingirá o limite de ciclos (entre 300 e 600) e precisará ser substituída. Mas é possível (e até provável) que você compre um smartphone antes de sua bateria pifar.

Observação: Se porventura a autonomia da bateria do seu smartphone (ou notebook) diminuir significativamente, experimente esgotar a carga (usando o aparelho até ele desligar automaticamente), recarregar a bateria totalmente e repetir o processo uma segunda vez. Isso nem sempre dá certo, mas o que você tem a perder por tentar?

Continua...