sexta-feira, 20 de março de 2020

DO CELULAR AO SMARTPHONE, MITOS E ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA PROLONGAR A VIDA ÚTIL DO APARELHO (PARTE 4)


ALGUNS SEGREDOS SERÃO CONHECIDOS, OUTROS JAMAIS SERÃO REVELADOS.

Como vimos, a promoção do dumbphone a smartphone ampliou o leque de funções do celular a tal ponto que fazer e receber ligações convencionais tornou-se um mero detalhe. Mas o uso intensivo dos “novos recursos” — que vão da “simples” navegação na Web à publicação de conteúdo multimídia nas redes sociais, passando pelas indefectíveis trocas de mensagens via WhatsApp, transações bancárias e compras online, entre outros — aumentou consideravelmente o consumo de energia, e a capacidade das baterias não acompanhou essa evolução, daí a razão de o intervalo entre as recargas ser cada vez menor.

Embora a autonomia da bateria varie de acordo com a marca e o modelo do aparelho, devido às tecnologias usadas por cada fabricante (componentes diferentes, ainda que executem as mesmas funções, podem demandar mais ou menos energia para funcionar), é quase impossível sair de casa pela manhã com a bateria 100% carregada e voltar à noite com o telefone operante sem ter feito pelo menos um “pit stop”. Mas é preciso ter em mente que o consumo energético depende em grande medida do perfil do usuário (não há bateria que resista por muitas horas com a conexão 4G, WhatsAppFacebook, Instagram e atualização automática de apps ativos e operantes durante todo o tempo).

Em tese, podemos comparar a autonomia dos celulares pela amperagem da bateria que os equipa (a informação consta das especificações técnicas impressas na embalagem e/ou no manual). Todavia, se você e eu comprássemos celulares iguais, mas com baterias de 4.000 mAh e 2.000 mAh, respectivamente, talvez o seu precisasse ser recarregado diariamente e o meu, somente a cada três ou quatro dias.  

ObservaçãomAh (miliampère/hora) é um submúltiplo do Ah (ampère/hora) e corresponde a 3,6 coulombs (ou seja, a quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de um milésimo de ampère durante uma hora). Vale ressaltar que essa grandeza não expressa a "potência" da bateria (que costuma ser quantificada em joule ou watt/hora), mas sim sua capacidade de fornecer energia, que corresponde à autonomia do aparelho.

Eu realmente recarrego a bateria (de 4.000 mAh) do meu Samsung Galaxy a cada 3 ou 4 dias — ou sempre que o nível fica abaixo de 40% (volto a essa questão mais adiante). Mas isso se dá porque só ativo funções como 4G, Wi-Fi, Bluetooth, etc. quando realmente preciso delas, não tenho WhatsApp, dificilmente tiro fotos ou uso a filmadora, não ouço música nem assisto a filmes (seja via download, seja via streaming) pelo celular, que, inclusive, fica desligado durante a noite. Às vezes vejo meus emails, mas deixo para respondê-los usando o computador de casa. Em suma, uso o smartphone para fazer e receber ligações, tanto em casa quanto em trânsito, e não costumo estender as chamadas por mais de 5 minutos.

Continua...