ALGUNS
SEGREDOS SERÃO CONHECIDOS, OUTROS JAMAIS SERÃO REVELADOS.
Como vimos, a promoção do dumbphone a smartphone ampliou o
leque de funções do celular a tal ponto que fazer e receber ligações
convencionais tornou-se um mero detalhe. Mas o uso intensivo dos “novos recursos”
— que vão da “simples” navegação na Web à publicação de conteúdo multimídia nas
redes sociais, passando pelas indefectíveis trocas de mensagens via WhatsApp, transações bancárias e
compras online, entre outros — aumentou consideravelmente o consumo de energia,
e a capacidade das baterias não acompanhou essa evolução, daí a razão de o intervalo entre as recargas ser cada vez menor.
Embora a autonomia da bateria varie de acordo com a marca e o modelo do aparelho, devido às tecnologias usadas por cada fabricante (componentes diferentes, ainda que executem as mesmas funções, podem demandar mais ou menos energia para funcionar), é quase impossível
sair de casa pela manhã com a bateria 100% carregada e voltar à noite com o
telefone operante sem ter feito pelo menos um “pit stop”. Mas é preciso ter em mente que
o consumo energético depende em grande medida do perfil do usuário (não há bateria que
resista por muitas horas com a conexão 4G,
WhatsApp, Facebook, Instagram e
atualização automática de apps ativos
e operantes durante todo o tempo).
Em tese, podemos comparar a autonomia dos celulares pela amperagem da bateria que os equipa (a informação consta das especificações técnicas impressas na embalagem e/ou no manual). Todavia,
se você e eu comprássemos celulares iguais, mas com baterias de 4.000 mAh e 2.000 mAh, respectivamente, talvez o seu precisasse ser recarregado diariamente e o meu, somente a cada três ou quatro dias.
Observação: O mAh (miliampère/hora) é um submúltiplo
do Ah (ampère/hora) e
corresponde a 3,6 coulombs (ou
seja, a quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de um
milésimo de ampère durante uma hora). Vale ressaltar que essa grandeza não expressa
a "potência" da bateria (que costuma ser quantificada em joule ou watt/hora), mas sim sua capacidade
de fornecer energia, que corresponde à autonomia do aparelho.
Eu realmente recarrego a bateria (de 4.000 mAh) do meu Samsung
Galaxy a cada 3 ou 4 dias — ou sempre que o nível fica abaixo de 40% (volto
a essa questão mais adiante). Mas isso se dá porque só ativo funções como 4G, Wi-Fi, Bluetooth, etc. quando realmente preciso delas, não tenho WhatsApp,
dificilmente tiro fotos ou uso a filmadora, não ouço música nem assisto a
filmes (seja via download, seja via streaming) pelo celular, que, inclusive, fica desligado durante a noite. Às vezes vejo meus
emails, mas deixo para respondê-los usando o computador de casa. Em suma, uso o smartphone para fazer e receber ligações, tanto em casa quanto em trânsito, e não costumo estender as chamadas por mais de 5 minutos.
Continua...