É PRECISO ESCOLHER UM
CAMINHO QUE NÃO TENHA FIM, MAS, AINDA ASSIM, CAMINHAR SEMPRE NA EXPECTATIVA DE
ENCONTRÁ-LO.
Vimos que o lançamento do iPhone revolucionou o mercado de celulares, levou a concorrência a lançar suas próprias versões de telefones inteligentes (smart = inteligente, esperto) e estimulou o desenvolvimento de sistemas operacionais para dispositivos móveis (como Simbian, Palm WebOS, MeeGo, BrewMP, Windows Mobile, KaiOS etc.), muitos dos quais foram engolidos pela poeira do tempo e os que restaram, noves fora o iOS e o Android, não representam sequer 1% desse segmento de mercado.
O iOS é um sistema proprietário utilizado exclusivamente em dispositivos da Apple, como o iPhone e o iPad, e marca presença em 26% dos smartphones e 59,7% dos tablets em nível mundial. O Android, criado pelo Google, é de código aberto e — talvez por isso, embora não só por isso — conta com a preferência de 73% dos usuários de smartphones, embora tenha menos penetração que o rival no mercado de tablets, com 40,04%.
Quanto aos navegadores, há dezenas deles, mas os principais, atualmente, são o Chrome, do Google, o Firefox, da Fundação Mozilla, o Opera, da Opera Software, e o EDGE da Microsoft. Todos têm versões para Windows, macOS, Android e iOS.
Cada fabricante puxa a brasa para sua sardinha, alardeando as virtudes de seu programa (maior velocidade de navegação, menor consumo de memória, fartura de recursos, pluralidade de funções, interface intuitiva, facilidade no uso etc.), mas o fato é que os navegadores se tornaram tão semelhantes que a escolha depende mais da preferência pessoal do internauta do que de qualquer outra coisa. Mas nem sempre foi assim (para não perder o fio da meada, volto a essa questão oportunamente).
No final dos anos 1980, apesar do preço alto, da configuração de hardware espartana (entre dois e quatro megabytes de memória 40 e 80 megabytes de espaço em disco) e das dificuldades para interagir através de intrincados comandos de prompt, os PCs começaram realmente a se tornar populares entre os cidadãos comuns. E o mesmo se daria uma década depois, quando os primeiros celulares pintaram por aqui — tijolões pesados e desajeitados, que custavam os olhos da cara e serviam mais como símbolo de status do que como solução eficiente para quem precisava fazer ligações em trânsito. Enfim, c'est la vie.
Cada fabricante puxa a brasa para sua sardinha, alardeando as virtudes de seu programa (maior velocidade de navegação, menor consumo de memória, fartura de recursos, pluralidade de funções, interface intuitiva, facilidade no uso etc.), mas o fato é que os navegadores se tornaram tão semelhantes que a escolha depende mais da preferência pessoal do internauta do que de qualquer outra coisa. Mas nem sempre foi assim (para não perder o fio da meada, volto a essa questão oportunamente).
No final dos anos 1980, apesar do preço alto, da configuração de hardware espartana (entre dois e quatro megabytes de memória 40 e 80 megabytes de espaço em disco) e das dificuldades para interagir através de intrincados comandos de prompt, os PCs começaram realmente a se tornar populares entre os cidadãos comuns. E o mesmo se daria uma década depois, quando os primeiros celulares pintaram por aqui — tijolões pesados e desajeitados, que custavam os olhos da cara e serviam mais como símbolo de status do que como solução eficiente para quem precisava fazer ligações em trânsito. Enfim, c'est la vie.
Com o advento da interface
gráfica e o estrondoso sucesso do Windows 3.1, que se tornou padrão de mercado, no início dos anos 1990, usar um PC ficou bem mais fácil. E mais ainda após o lançamento do Windows 95, que foi um divisor de águas: o que até então era uma interface gráfica que
rodava no MS-DOS passou a ser um sistema
operacional quase autônomo. Quase, porque o DOS
continuou atuando nos bastidores, ainda que de forma quase transparente ao
usuário — esse cordão umbilical só seria cortado em 2001, com o lançamento do Windows XP (mais detalhes nas postagens anteriores).
A virada do século trouxe as escolas de informática (que se reproduziram feito coelhos), que ofereciam cursos intensivos a preços módicos para os interessados se familiarizarem com o aparelho que já tinha lugar garantido na sala de boa parte das residências de classe média. Também prosperaram os cursos de montagem e manutenção de micros, que ofereciam noções de hardware a quem pretendia explorar essa nova opção de serviço. Mas a maioria buscava mesmo era aprender a usar o Windows
e os aplicativos do pacote Office
(Word, Excel, PowerPoint, Outlook etc.), além de navegar na Web com o Internet Explorer — que a Microsoft espertamente embutiu
no Win95 e perpetuou nas edições
subsequentes do sistema (conforme vimos nos capítulos anteriores).
Concomitantemente, revistas voltadas à computação pessoal brotaram feito erva daninha na bancas e livrarias. A INFO, da Editora Abril, que a princípio era um apêndice da revista EXAME, foi a pioneira nesse segmento, mas logo surgiram dezenas de concorrentes. Entre as revistas em que este que vos escreve publicou seus despretensiosos arquivos, vale citar a PC World, a PC & Cia e a Revista Do Windows. Também escrevi para Tuning Car, Hardware PC e mais uma dúzia de títulos que surgiam e sumiam depois de duas ou três edições (e de dar calote nos colaboradores). Mais adiante, eu e meu então parceiro Robério criamos o saudoso CURSO DINÂMICO DE HARDWARE e a inesquecível COLEÇÃO GUIA FÁCIL INFORMÁTICA (vide imagem que ilustra esta matéria), que nos ajudaram a pagar as contas por anos a fio. Mas não há mal que sempre dure nem bem que nunca termine...
Continua.