terça-feira, 26 de maio de 2020

VOLTANDO AOS NAVEGADORES DE INTERNET (PARTE VIII)


EXISTEM DOIS TIPOS DE MENTES POÉTICAS: UMA APTA A INVENTAR FÁBULAS, E OUTRA DISPOSTA A CRER NELAS.

Retomo agora a sequência que interrompi no último dia 15 para concluir a dos updates problemáticos do Win 10. A título de contextualização, relembro que o MS Internet Explorer, lançado em 1995, era oferecido inicialmente como parte do pacote de complementos Microsoft Plus! para Windows 95, e que as versões subsequentes foram disponibilizadas como downloads gratuitos ou em service packs (“pacotes” de correções destinadas a solucionar problemas identificados depois do lançamento comercial do programa), até serem finalmente incorporadas ao Windows.

A estratégia funcionou tão bem que em pouco mais de dois anos o IE destronou o veterano Netscape Navigator, e dali a outros cinco sagrou-se o Web browser preferido por 95% dos internautas. Mas não há mal que sempre dure nem bem que nunca termine: atropelado pelo Google Chrome em meados de 2012, o velho guerreiro jamais se recuperou. A última atualização (para a versão 11) foi feita em 2015. Hoje, a participação do programa no mercado de navegadores mal chega a 2%.  

Vendo que os anos dourados do IE não voltariam mais, a Microsoft desenvolveu um substituto, que batizou de Microsoft Edge (vanguarda) e tentou popularizar valendo-se da mesma estratégia usada duas décadas antes: embutiu o browser nos componentes nativos de seu festejado sistema operacional, quando o relançou  como serviço, em meados de 2015, com a ambiciosa missão de conquistar 1 bilhão de usuários até 2018.

Para agilizar a migração para o Windows 10, a Microsoft ofereceu gratuitamente o update para máquinas que rodassem o Windows 7 SP1 ou o Windows 8.1 cujo hardware fosse compatível. Uma estratégia e tanto, mas que não surtiu o efeito desejado. Pelo menos, não no prazo definido pela empresa.

O Win10 começou 2016 com uma participação de 12% e fechou o ano com 27,15%; em janeiro de 2019 estava presente em um a cada dois computadores; em março, em 800 mil dispositivos; em setembro, em 900. Em janeiro de 2020, missão cumprida: o sistema finalmente alcançou 1 bilhão de máquinas, conforme a página Microsoft by the Numbers. Em comemoração, a empresa ofereceu um pacote de wallpapers para mudar o visual da área de trabalho.

Cabe aqui abrir um parêntese: cerca de 66 milhões de computadores continuam rodando o Windows 7 no Brasil, embora seu suporte estendido tenha sido encerrado em janeiro deste ano. Isso significa que o Seven não recebe mais correções e atualizações, nem mesmo as críticas e de segurança, o que potencializa o risco de infecção por malware e invasão por cibercriminosos.

Observação: O prazo para atualização gratuita para o Win10 terminou em meados de 2016, mas há relatos de gente conseguiu migrar muito depois (para mais detalhes, acesse esta postagem). 

Os preço sugerido no site da Microsoft para o Windows 10 varia conforme a versão; a Home, que é a mais barata e a mais adequada a usuários domésticos, custa R$ 730. Por essas e outras, você não perde nada por tentar. Antes, porém, siga este link e conferira se seu computador passa no teste de compatibilidade. Se o hardware for muito antigo, é melhor partir para uma máquina nova, que pode até sair mais barato que a licença do Win10 Pro, e já vem com o sistema pré-instalado pelo fabricante. Fecho aqui o parêntese.

Amanhã a gente continua.