terça-feira, 30 de junho de 2020

DE VOLTA AO UPDATE DE ABRIL DO WINDOWS 10 — VERSÃO 2004 (CONTINUAÇÃO)


O PRIMEIRO PECADO DA HUMANIDADE FOI A FÉ; A PRIMEIRA VIRTUDE FOI A DÚVIDA.
Relembrando: até a promoção do Windows a serviço (por ocasião do lançamento do Win 10), novas edições eram lançadas de tempos em tempos (detalhes no post anterior), e adotá-las exigia a aquisição dos arquivos de instalação/atualização nas lojas parceiras da Microsoft (licença FPP, como veremos em detalhes mais adiante) ou de uma cópia pirata (vendida nos melhores camelódromos do ramo por uma fração ínfima do preço da mídia original, que embute o custo da licença de uso do software), ou, ainda, de um computador novo com o sistema operacional pré-instalado pelo fabricante (distribuição em OEM).
Oferecendo o Windows em OEM, os fabricantes de PC reduzem seus custos — em lote, o preço das licenças são bem mais baixos que na modalidade FPP (de varejo) — e ainda lucram embutindo na instalação versões demo ou com prazo de licença reduzido de apps que os desenvolvedores de software estão sempre dispostos a remunerar (para saber mais, clique aqui).
A promoção do Windows a serviço também pôs fim aos Service Packs — “pacotes” que englobavam todas as atualizações/correções disponibilizadas desde o lançamento de uma determinada edição do Windows (ou de seu Service Pack anterior, conforme o ponto do ciclo de vida em que o sistema se encontrava por ocasião do lançamento do SP), além de, eventualmente, acrescentar novos recursos e funções). Mas o tradicional Patch Tuesday — pacote de atualizações de qualidade que a MS lança todo mês, sempre na segunda terça-feira — permanece.
Observação: A título de ilustração, o XP, que foi a edição mais longeva do Windows — em parte porque o Vista, lançado em janeiro de 2006 com um aparato publicitário digno do nascimento de um príncipe, foi um fiasco retumbante, tanto de crítica quanto de público — recebeu três Service Packs ao longo de seus 12 anos de existência (somente em 2014 que a Microsoft pôs fim a seu suporte estendido, embora o Windows 7, lançado em outubro de 2009 , tenha feito o sucesso que seu antecessor ficou devendo.
As modalidades de distribuição de software foram tema desta postagem. No que concerne especificamente ao Windows, a maneira mais indicada para quem ainda roda o Win 8.1, Seven, Vista ou XP — o 8.1 é único que continua sendo suportado pela Microsoft (até janeiro/23) — é a "operação casada", ou seja, a compra de PC novo com o sistema pré-carregado pelo fabricante. Isso porque o Win10 completa 5 anos daqui a um mês, donde uma máquina que veio com o Win 8.1 deve ter bem uns 5 anos, o que, do ponto de vista da evolução tecnológica, é tempo pra burro!
Caso seu hardware seja mais recente e esteja em boas condições de funcionamento e usabilidade (fico me perguntando por que, nesse caso, o sistema não seria o Win 10), nada impede que você compre uma cópia licenciada do Ten — com a possível exceção do custo da brincadeira; para a versão Home, que a mais adequada a usuários domésticos, o preço sugerido pela Microsoft é de R$ 730.
Para uso corporativo o licenciamento por volume (Open ou MOLP) implica uma economia significativa, mas só está disponível para empresas “Parceiras Microsoft” (participantes do programa Microsoft Partner). Nessa modalidade não há produtos do mercado doméstico e as licenças são totalmente digitais. Na maioria dos casos, nem a mídia de instalação é fornecida (embora possa ser baixada do site Microsoft), e as chaves, ISOs de instalação, quantidade de ativações, etc., tudo é controlado pelo painel VLSC (ou Volume Licensing Service Center).

Observação: Note que esse tipo de licença permite o downgrade do Windows 10 para o 8.1 Pro e 7 Pro (é possível voltar até 02 versões do produto adquirido), e o mesmo se aplica à suíte Office.
Diferentemente das licenças por volume, as modalidades OEM, FPP e ESD são voltadas tanto ao mercado doméstico quanto ao corporativo, e podem ser adquiridas em lojas físicas ou virtuais. Um computador com licenciamento OEM traz o software pré-instalado pelo fabricante (essas licenças não são vendidas avulsas). Para esse tipo de licença ser válido é preciso que conste da nota fiscal o equipamento mais a licença, e que o hardware traga a etiqueta com a chave do produto (ou chave de ativação gravada na BIOS/firmware do equipamento).

Dentro desse grupo ainda há o tipo COEM, que só pode ser aplicado em equipamentos novos ou que nunca tiveram um sistema operacional instalado (isso inclui qualquer versão de Windows, Linux ou qualquer outro). Basicamente, a diferença entre a COEM e a OEM é que a primeira pode ser vendida isoladamente, desacompanhado do equipamento, ao passo que a segunda só pode ser comercializada com computadores novos.
Já um produto FPP é vendido em lojas parceiras da MS (ou por qualquer revendedor de software) em caixinhas ou cartões, podendo vir ou não acompanhado da mídia de instalação. Uma variante da licença FPP é o tipo ESD, que tem regras de instalação e licenciamento muito parecidas, mas a licença é digital (ou de download), e utilizá-la requer uma conta Microsoft e, obviamente, o download do produto.
Por hoje é só. Tenhamos todos um excelente dia.