TALVEZ MEU MAIOR TALENTO SEJA NÃO TER TALENTO ALGUM.
Não é de hoje que computadores de grife vêm apinhados bloatware — ou crapware, como queiram. “Bloat”, numa tradução livre, significa
“inchado”, e “crap”, “dejeto”, porcaria” (para quem não sabe, a
expressão “take a crap” corresponde,
em português, a “dar uma cagada”,
mas isso é outra conversa).
No léxico da informática, tanto bloatware e crapware designam
“inutilitários”, ou seja, aquela profusão de programinhas que os respectivos
desenvolvedores remuneram os fabricantes de PC por cada cópia adicionada ao
sistema, e que por isso eles os pré-instalam nos dispositivos que fabricam. Aliás, a prática é antiga. Mesmo
quando os arquivos do Windows eram fornecido
em mídia e a instalação ficava por conta do usuário, o crapware vinha incluído no CD-ROM e tornava a ser instalado sempre que o usuário reinstalava o sistema.
Com exceção das suítes de segurança, a maioria desses
penduricalhos é composta por freewares
ou demos que servem apenas para
ocupar espaço no disco e disputar recursos (ciclos de processamento e memória
RAM) com aplicativos úteis. Portanto, convém desinstalá-los, além, naturalmente, de resistir à tentação de acrescentar ao sistema outros softwares desnecessários (há um sem-número deles disponíveis
na Web, acessíveis mediante uns poucos cliques do mouse). Conforme eu disse no post anterior, quando você
não paga por um produto, quase sempre o produto é você.
Observação: Para
saber mais sobre as diversas modalidades de distribuição de software, clique aqui; para mais detalhes sobre
desinstalação de programas, clique aqui;
para separar o joio do trigo, sugiro recorrer a utilitários como o SlimComputer e
o PCDecrapfier, que identificam e
eliminam os inutilitários mais
comuns.
Para desinstalar um programa no Windows 10, ou você executa o desinstalador que acompanha o próprio programa ou clica em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e recursos, selecionar o app que deseja remover e clicar no botão Desinstalar. O problema é que o resultado é praticamente o mesmo, tanto num caso como no outro. Assim, pastas vazias, entradas inválidas no Registro do Windows e outros resquícios da desinstalação são deixados para trás e acabam minando a estabilidade e a performance do sistema.
Para fazer uma desinstalação como manda o figurino, sugiro utilizar uma ferramenta dedicada, como os freewares Revo Uninstaller e o IObit Uninstaller, que primeiro executam o desinstalador e em seguida, numa etapa complementar, identificam e eliminam a maioria das sobras que a ferramenta nativa do Windows costuma deixar para trás (mais detalhes nesta postagem). Alguns desinstaladores de terceiros são sofisticados a ponto de monitorarem as instalações e arquivarem um instantâneo das alterações levadas a efeito, de modo a poderem revertê-las quando forem convocadas a desinstalar o aplicativo em questão. Mas isso já é outra conversa e fica para um outra vez.
Continua.