segunda-feira, 24 de agosto de 2020

SOBRE O MENU INICIAR E O PAINEL DE CONTROLE NO WINDOWS 10

NUNCA ATRIBUA A MÁS INTENÇÕES O QUE É DEVIDAMENTE EXPLICADO PELA BURRICE.

O Menu Iniciar e do Painel de Controle estão para o ambiente Windows como móveis e utensílios para o ativo fixo de uma empresa.

O sistema operacional mais bem sucedido da história “nasceu” em 1985, dez anos depois que Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft, e recebeu o nome (provisório) de Interface ManagerWindows significa “janelas” e, por ser um termo de uso corrente no idioma do Tio Sam, a Microsoft teve algum trabalho para registrá-lo como marca.

Mais 10 anos se passaram até a interface gráfica baseada no  MS-DOS ser promovida a sistema operacional autônomo — ou “quase”, já que o DOS continuou presente, ainda que atuando nos bastidores, até 2001, quando o lançamento do Windows XP, desenvolvido a partir do kernel do Win NT, cortou o cordão umbilical. Outras duas décadas se passaram até o Windows ser convertido a serviço, e nesse entretempo a Microsoft alcançou sucessos retumbantes (com as versões 98SE, XP e Seven) e amargou fiascos acachapantes (com as versões ME, Vista e Eight). Mas o Menu Iniciar e o Painel de Controle resistiram bravamente às intempéries. Ou quase.

Ao lançar o malsinado Windows 8, em outubro de 2012, a Microsoft apostou suas fichas na famigerada interface Metro, que privilegiava aparelhos com telas sensíveis ao toque, em detrimento dos modelos operados via mouse e teclado. Além disso, o sumiço do Menu Iniciar na versão definitiva e a supressão da chave de Registro que permitia ressuscitá-lo na versão de testes, o desaparecimento do botão Desligar e a confusa tela inicial do Eight — que ficava ainda mais poluída porque não havia como agrupar os blocos dinâmicos em pastas —, produziram uma enxurrada de reclamações. 

A Microsoft demorou a se dar por achada e só resolveu parte dos problemas um ano depois, com a atualização do sistema para a versão 8.1. A essa altura, porém, muitos usuários já haviam feito o downgrade para o Windows 7 ou recorrido a ferramentas de terceiros para emular o menu clássico no 8. E assim (não só por isso, mas também por isso), o que poderia ter sido um sucesso tornou-se mais um fiasco de público e de crítica — como foram o Vista e Millennium Edition.  

Continua...