terça-feira, 25 de agosto de 2020

SOBRE O MENU INICIAR E O PAINEL DE CONTROLE NO WINDOWS 10 (CONTINUAÇÃO)

GRAVEM-SE OS BENEFÍCIOS NO BRONZE E AS INJÚRIAS NO AR.

Como vimos no post anterior, as inovações introduzidas pela Microsoft no Windows 8 foram um furo n´água. A interface Metron seria um aprimoramento interessante se notebooks com tecnologia smart screen não fossem minoria e smartphones e tablets equipados com a versão mobile do Windows não fossem micos dos quais quem tem juízo passa longe. O problema, como sempre, está no “se”. Se não tivesse morrido, meu avô ainda estaria vivo.

Em 2015, visando alcançar 1 bilhão de instalações em três anos, a Microsoft promoveu o Windows 10 a serviço — como fizera anos antes com a suíte MS-Office — e passou a comercializá-lo mediante assinatura. Para estimular sua adoção, a empresa disponibilizou gratuitamente o upgrade para usuários de PCs com hardware compatível e que que rodassem cópias legítimas do 8.1 e do Seven (vale lembrar que o prazo para a atualização gratuita expirou em 2016, mas ainda é possível fazer a migração sem gastar um tostão).  

A ambiciosa meta de 1 bilhão de instalações foi atingida oito meses atrás (com dois anos de atraso, portanto), mas o bom e velho Seven e outras versões vetustas do Windows (como XP, Vista e Eight), continuam sendo utilizadas, embora não recebam novas atualizações e correções, o que as torna potencialmente inseguras.

Observação: Apenas para que o leitor tenha uma ideia, a participação do Windows em seu segmento de mercado é de 78%. Desse universo, 73% correspondem ao Win 10; 20,04% ao Seven; 4,52% ao Win 8.1; 0,83% ao Win 8; 0.83% ao XP e 0,42% ao Vista. Desses, noves fora o Ten, obviamente, apenas o Win 8.1 continua sendo suportado (até janeiro 2023).

Quando a Microsoft finalmente lançou a atualização que promoveu o Eight para versão 8.1, na qual restabeleceu o Menu Iniciar e outros elementos cuja supressão havia sido criticada (detalhes nesta postagem), inúmeros usuários já haviam feito o downgrade para o Seven ou se valido de uma solução de terceiros que permitisse resgatar o menu iniciar clássico no Eight.

Por essas e outras, a exemplo do Vista — e do ME antes dele — o Windows 8/8.1 foi um fiasco de crítica e de público. O lado bom da história, por assim dizer, é que a Microsoft sentiu o golpe e reviu seus conceitos ao desenvolver o Windows 10, que trouxe uma versão inovadora do Menu Iniciar (que é basicamente uma “mistura” do modelo utilizado no Windows 7 com o simulacro implementado na versão 8.1).

Já o Painel de Controle nunca foi abandonado, embora tenha perdido parte de sua utilidade... Mas isso já é assunto para a próxima postagem.