quarta-feira, 23 de setembro de 2020

DE VOLTA AO EDGE — FINAL

A EXPERIÊNCIA É A PROFESSORA DE TODAS AS COISAS.

O Edge Chromium foi lançado — sem grande estardalhaço — no início deste ano, e já conta com versões compatíveis com Windows 10, 8.1, 8 e Seven, macOS, iOS e Android (mais informações e download na página do Edge). 

Como a Microsoft promoveu o programa a navegador padrão do Win10 (na versão 2004), quem atualizou o sistema já possui o novo navegador (a atualização instala a versão inicial, que é atualizada para a mais recente quando o browser é aberto pela primeira vez).

Para usuários do Win10 versões 1909, 1903 ou 1809, o Windows Update já deve ter descarregado (ou descarregará em breve) o KB 4576754, que substitui o antigo Edge pelo novo. Na versão 1803, a substituição é feita pelo KB 4576753 (versões anteriores à 1803 não são mais suportadas).

Uma vez instalados, os pacotes de atualização e novo Edge não poderão ser removidos — não pelo caminho convencional, naturalmente, porque há maneiras de ressuscitar o velho Edge, embora eu nem imagine por que alguém iria querer fazer isso. Enfim, vá lá que seja: 

Acesse o prompt de comando como administrador, digite C:\Program Files (x86)\Microsoft\Edge\Application\83.0.478.58\Installer (sem aspas), tecle Enter, digite “setup.exe --uninstall --system-level --verbose-logging --force-uninstall” (também sem aspas) e torne a teclar Enter.

Considerando que os principais navegadores (Chrome, Firefox, Opera etc.) se equivalem em desempenho, funções e consumo de memória, a escolha tem mais a ver com preferências pessoais do que com eventuais diferenças entre os aplicativos. 

Como não é recomendável depender de um único navegador (quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum), o Edge Chromium é uma opção interessante, mesmo que como plano B (ou C, ou D...). E talvez ele tenha chances reais de ameaçar o reinado do Chrome, mas para isso será preciso que a Microsoft mantenha um bom ritmo de atualizações (aspecto do qual ela se descuidou tanto com o IE quanto com o Edge lançado em 2015).

Até prova em contrário, meu navegador preferido é o Chrome, mas não abro mão do Firefox. Também uso (além do Edge Chromium) os excelentes Vivaldi, Waterfox, Avast Secure Browser e Tor (sobre este último, sugiro ler a análise que publiquei nesta postagem). Minha grande "diferença", por assim dizer, com o Edge é sua irritante mania de não memorizar determinadas configurações. Eu o ajusto para salvar o histórico e reabrir como foi encerrado, mas ele ressurge exibindo a página inicial e com o histórico mais vazio que estômago de mendigo. Desisti de domar o fiduma. Resignei-me a conviver com o problema. Quem sabe uma próxima atualização dê um jeito nisso...

Por último, mas não menos importante: a Microsoft anunciou em seu blog oficial que encerrará o suporte ao Internet Explorer 11, de forma progressiva, nas plataformas online da própria empresa, começando pelo Microsoft Teams, agora em novembro, e seguindo pelo  OutlookOneDriveMicrosoft 365 etc., até finalizar o processo em agosto de 2021. 

Mesmo assim, o velho navegador continuará presente no Windows 10 e poderá receber suporte de desenvolvedores interessadas em manter sua compatibilidade com seus próprios sites. E o Edge (a versão de legado, não a baseada no Chromium) terá o mesmo destino, ainda que o cronograma seja outro.