O QUE TODAS AS PESSOAIS TÊM EM COMUM É O FATO DE SEREM DIFERENTES ENTRE SI.
Se o calorão que vem fazendo neste início de primavera for um indicativo de como será o verão, estamos ferrados e mal pagos. E não só nós. Também nossos eletroeletrônicos, já que qualquer aparelho que utiliza energia elétrica para funcionar dissipa parte dessa energia na forma de calor.
No caso do computador, o problema é
ainda maior. Aliás, nos anos 1970/80, empresas que usavam os gigantescos e caríssimos
mainframes da época (que não raro ocupavam salões inteiros) precisavam manter o
ambiente refrigerado (em torno de 16ºC), o que costumava causar certo desconforto
aos funcionários.
Fato é que o calor gerado pelos componentes internos do PC precisa se expulso de dentro do case (ou gabinete) e substituído por ar frio (ou na temperatura ambiente). Nos primeiros PCs
(286 e 386), a frequência de operação das CPUs e memórias era
muito baixa, e o exaustor da fonte de alimentação dava conta do recado.
A partir dos 486, porém, um cooler
dedicado tornou-se indispensável para evitar que o processador fritasse (literalmente) em questão de segundos.
Observação: Nos coolers
convencionais, o calor gerado pela CPU é transferido para um dissipador metálico, geralmente de alumínio ou cobre, que é resfriado por um microventilador. Os fabricantes de microchips (Intel, AMD e cia.) sempre projetaram sistemas de refrigeração adequados a cada modelo de processador,
inclusive com microventiladores providos de sensores que monitoram a
temperatura e ajustam automaticamente a rotação das hélices. Mesmo assim, PCs
voltados a gamers radicais e usuários contumazes de aplicativos exigentes demandam
sistemas de refrigeração mais sofisticados, à base de água ou nitrogênio líquido.
Devido ao aumento exponencial da frequência de operação de processadores,
chipsets, placas gráficas, memórias e outros componentes que ficam confinados no interior do case, coolers e ventoinhas
(frontais e laterais) se multiplicaram e passaram a ser posicionados estrategicamente,
visando manter a máquina em
condições operacionais. Em climas quentes como o nosso, sobretudo quando a
temperatura ultrapassa os 35ºC, não custa nada ligar um ventilador doméstico
e posicioná-lo de maneira a “empurrar” o ar em direção às ranhuras frontais do
gabinete (além de mantê-las devidamente desobstruídas).
Em notebooks, o espaço acanhado agrava ainda mais o problema, sendo recomendável, portanto, evitar operar o aparelho no colo, sobre
mantas, cobertores, toalhas plásticas ou qualquer outra coisa que possa obstruir as
ranhuras de ventilação (elas geralmente ficam na base ou na lateral do note).
Se você usa o portátil como substituto do desktop, considere a compra de um suporte (vide ilustração). Existem várias opções no mercado, com ou sem microventiladores integrados.
E para aferir a temperatura da CPU (e do interior do case, se a
placa-mãe permitir), o HWMonitor é sopa no mel, tanto
por ser gratuito quanto por oferecer compatibilidade com os sensores da maioria das
placas atuais.