Quer manter seu computador seguro? Nada mais fácil. Se
você usa um notebook, basta desligá-lo, colocar numa maleta acolchoada e
trancar no armário.
Achou a dica pouco funcional? Então tente esta: desabilite
o Wi-Fi e desplugue o cabo de rede
que conecta o computador ao modem (ou ao roteador). Você não terá acesso à Internet, mas também não precisará se preocupar com malware e invasões virtuais.
Achou essas sugestões muito radicais? Então a
virtualização pode ser a solução. Basta instalar o Faraonics Deep Freeze (que pode ser testado gratuitamente
por 30 dais) ou o freeware Reboot Restore para que nenhuma alteração
— feita por você, por outro usuário, por vírus ou por aplicativos mal comportados —
sobreviva à reinicialização do sistema.
A má notícia é que os programas que você instalar, as atualizações que implementar, os arquivos que criar, enfim, tudo que não estava lá
quando o PC foi ligado desaparecerá como num passe de mágica, ao passo
que tudo que foi removido — pastas vazias, arquivos inúteis, aplicativos
ociosos etc. — renascerá das cinzas como a mitológica Fênix. Claro
que sempre se pode criar exceções, ou mesmo desabilitar a virtualização antes de fazer
as mudanças que se quer preservar, mas, convenhamos, isso dá uma trabalheira
insana.
Observação: Para
ter uma ideia melhor sobre virtualização, assista ao filme Feitiço do Tempo. Na trama, um repórter meteorológico rabugento
(Bill Murray) é enviando pela quarta
vez consecutiva a uma cidadezinha do interior, para cobrir uma festividade
chamada "Dia da Marmota".
A coisa começa a ficar interessante quando uma tempestade de neve o obriga a
pernoitar na cidadezinha, e a partir de então ele passa a acordar todas as
manhãs no dia da festa, como se o tempo tivesse parado.
Como água e azeite, segurança e comodidade não se misturam. No âmbito da TI, então, segurança absoluta é conversa mole para boi dormir.
Kevin Mitnick — o “papa” dos hackers dos anos 1980 — dizia que computador seguro é computador desligado. Aliás, não deixe de ler a Arte de Enganar (para acessar, clique aqui), publicado pelo “hacker mais procurado da lista do FBI” em 2001, depois que ele passou cinco anos numa prisão federal. O livro traz diversas dicas (que hoje estão quase todas obsoletas, dada a evolução da tecnologia) e uma porção de curiosidades sobre a trajetória do menino que passou de mestre em engenharia social e phreaker (doutor em invasão de redes de telefonia) a consultor de segurança.
Continua...
