sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

VACINAS ABUNDAM... RESTA SABER QUANDO VIRÁ A PICADA

Anvisa decidiu nesta quinta-feira aprovar uma proposta que dará autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, para as vacinas contra Covid-19. Segundo Alessandra Bastos, diretora da agência e relatora da proposta, “sabendo que existe uma necessidade urgente e não atendida relacionada à Covid-19, se dá o porquê de uma autorização de uso emergencial como um mecanismo que pode facilitar a disponibilização e o uso das vacinas”.

A aprovação da proposta da diretora, enquanto ainda não há regulamentação, foi confirmada por Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, após votação dos outros membros da Diretoria Colegiada. Pelo novo trâmite, empresas que hoje produzem os diversos imunizantes contra o coronavírus poderão fazer um pedido de concessão nesses moldes. Se autorizadas, as vacinas podem entrar em uso, incluindo programas públicos de vacinação, enquanto aguardam o processo de registro final.

Segundo Alessandra, a Anvisa afirma que ainda não recebeu nenhuma demanda por autorização temporária de uso emergencial. “Até o dado momento, não há nenhuma novidade sobre o protocolo de documentos solicitando uso emergencial ou registro de vacina. Só poderemos anuir os processos se as empresas protocolarem os pedidos nas vias ordinárias dos pedidos de análise”.

Também nesta quinta-feira, o ministro-general Eduardo Pazuello declarou que a vacinação contra a Covid-19 no Brasil pode começar em dezembro ou no início do ano que vem, entre janeiro e fevereiro.

Entre as entregas com data marcada para o começo de 2021, estão 15 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford — o acordo com o Ministério da Saúde envolve 100 milhões de doses compradas ao todo — e 500 mil doses iniciais da vacina feita pela farmacêutica Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech, que teve seu uso emergencial aprovado nesta quinta-feira pela FDA (agência regulatória de medicamentos dos Estados Unidos).

Essas duas vacinas são as maiores apostas do Governo Federal. Na esfera estadual, o Governo do Estado de São Paulo aposta na CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa SinoVac, da qual 46 milhões de doses devem estar disponíveis até janeiro de 2021.

A conferir.

Com InfoMoney