A Anvisa decidiu nesta quinta-feira aprovar uma proposta que dará autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, para as vacinas contra Covid-19. Segundo Alessandra Bastos, diretora da agência e relatora da proposta, “sabendo que existe uma necessidade urgente e não atendida relacionada à Covid-19, se dá o porquê de uma autorização de uso emergencial como um mecanismo que pode facilitar a disponibilização e o uso das vacinas”.
A aprovação da proposta da diretora, enquanto ainda não há
regulamentação, foi confirmada por Antônio Barra Torres,
diretor-presidente da Anvisa, após votação dos outros membros da Diretoria
Colegiada. Pelo novo trâmite, empresas que hoje produzem os diversos
imunizantes contra o coronavírus poderão fazer um pedido de
concessão nesses moldes. Se autorizadas, as vacinas podem entrar em uso,
incluindo programas públicos de vacinação, enquanto aguardam o processo de
registro final.
Segundo Alessandra, a Anvisa afirma que ainda
não recebeu nenhuma demanda por autorização temporária de uso emergencial. “Até
o dado momento, não há nenhuma novidade sobre o protocolo de documentos
solicitando uso emergencial ou registro de vacina. Só poderemos anuir os
processos se as empresas protocolarem os pedidos nas vias ordinárias dos
pedidos de análise”.
Também nesta quinta-feira, o ministro-general Eduardo
Pazuello declarou que a vacinação
contra a Covid-19 no Brasil pode começar em dezembro ou no início do ano que
vem, entre janeiro e fevereiro.
Entre as entregas com data marcada para o começo de 2021,
estão 15 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca
e pela Universidade de Oxford — o acordo com o Ministério da
Saúde envolve 100 milhões de doses compradas ao todo — e 500 mil doses iniciais
da vacina feita pela farmacêutica Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech,
que
teve seu uso emergencial aprovado nesta quinta-feira pela FDA (agência
regulatória de medicamentos dos Estados Unidos).
Essas duas vacinas são as maiores apostas do Governo
Federal. Na esfera estadual, o Governo do Estado de São Paulo aposta na CoronaVac,
produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa
SinoVac, da qual 46 milhões de doses devem estar disponíveis até janeiro
de 2021.
A conferir.
Com InfoMoney