terça-feira, 26 de janeiro de 2021

MAIS SOBRE (IN) SEGURANÇA NO SMARTPHONE

PARA ALGUMAS PESSOAS, MENTIR É TÃO INVOLUNTÁRIO QUANTO RESPIRAR

Complementando o que foi dito no post anterior:

Comece por reiniciar o aparelho. Se não resolver, atualize seu antimalware e faça uma varredura completa. Se nada for encontrado, substitua a ferramenta (há diversas opções gratuitas para download no Google Play Store) e repita a varredura. Alternativamente, conecte o smartphone ao PC e cheque o sistema com o antivírus residente.

Se nada disso resolver, reinicie o telefone no Modo Seguro. Isso impedirá que apps de terceiros — e, por tabela, quaisquer softwares maliciosos — sejam executados. Na maioria dos modelos, basta manter pressionado o botão físico de “power” (liga/desliga) até que a caixa de diálogo com a opção “Desligar” seja exibida. Aí é só pousar o dedo sobre ela e, quando “Reiniciar no modo de segurança” surgir no display, tocar em “OK” para confirmar. Feito isso, aguarde a reinicialização do sistema.  

ObservaçãoSe esse roteiro não funcionar no seu aparelho, consulte o manual do usuário ou o site do fabricante para saber como proceder.

Quando o Android reiniciar, os dizeres “Modo Seguro” serão exibidos no canto inferior esquerdo do display. Como dito, essa modalidade de inicialização bloqueia a execução de apps de terceiros e, por tabela, de eventuais software mal intencionados.

No Modo Seguro, abra o menu de Configurações, selecione a opção Aplicativos e aguarde até que todos os apps sejam exibidos na tela (se houver uma aba que permita visualizar somente aquele que você baixou, tanto melhor).

Puxe pela memória e veja se consegue associar o comportamento estranho do aparelho com a instalação de um programa específico. Se não conseguir, navegue pela lista e procure algo que não deveria estar ali — ou que você não tem certeza de ter instalado. Toque no programinha suspeito para abrir a respectiva página de informações e selecione a opção Desinstalar. Na maioria dos casos, isso remove a praga.

Se o botão Desinstalar estiver desativado — o que costuma ocorrer quando o app malicioso se instala com prerrogativas de administrador — saia do menu Aplicativos, torne a tocar em Configurações e, no campo Segurança, toque em Administradores do dispositivo para visualizar a lista de apps com status de administrador. Basta desmarcar a caixa de verificação referente ao item que você quer remover para habilitar a opção em questão.

Feito isso, toque em Desativar, volte ao menu Aplicativos e desinstale o programinha — se tudo correr como esperado, você terá se livrado do código malicioso. Reinicie o aparelho no modo normal e veja se ele voltou a funcionar direitinho. Caso afirmativo, faça um backup de seus dados importantes e/ou de difícil recuperação, instale um antimalware confiável e toque a vida adiante.

Se o problema persistir, o jeito será restaurar o aparelho às configurações originais. Abra o menu Configurações, role a tela até localizar a opção Fazer backup e redefinir, toque em Restaurar dados de fábricaRestaurar telefone e aguarde a conclusão do processo.

A maioria das infecções em smartphones (ou tablets) é causada pela instalação de apps contaminados. Procure baixar programas somente da Google Play Store (a permissão para downloads de fontes não oficiais vem desabilitada por padrão, mas não custa você conferir o status a partir do menu Configurações, na seção de Segurança (procure algum comando que mencione “fontes desconhecidas”).

Fique atento às permissões solicitadas pelos apps durante a instalação. Um gravador de voz, por exemplo, não tem motivo para acessar seus contatosE jamais conceda status de administrador para um app, qualquer que seja ele. 

Mantenha o Android atualizado — se versões mais recentes do sistema não estiverem disponíveis para seu aparelho, certifique-se de que todas as atualizações disponíveis tenham sido instaladas. Quando for trocar de aparelho, procure um modelo que ofereça updates periódicos do sistema.

Por último, mas não menos importante, tome cuidado com emails suspeitos e evite seguir links recebidos através de programas mensageiros, como o onipresente WhatsApp. Um link aparentemente inocente pode disparar a instalação de um software malicioso, e depois não adianta chorar.