quarta-feira, 17 de março de 2021

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS...

RELIGIÃO SEM CIÊNCIA É MANCA. CIÊNCIA SEM RELIGIÃO É CEGA.

Comparar preços é fundamental, sobretudo em época de vacas magras. Mas basear-se apenas no preço é arrependimento na certa. Via de regra, recebemos aquilo pelo que pagamos — e olhe lá. Claro que nem tudo que custa mais caro é melhor, mas tudo que é melhor tende a custar mais caro.

De nada adianta economizar dois tostões no ato da compra e levar para casa um produto de má qualidade e recursos insuficientes para as tarefas que você precisa executar. Como diz o ditado, o barato sai caro, e quem paga mal paga duas vezes.

A arquitetura modular foi determinante para a popularização dos desktops (ou PCs de mesa), seja por facilitar a integração (montagem) do aparelho, seja por permitir upgrades de hardware que, nos portáteis, quando possíveis, ficam restritos aos subsistemas de memória, disco e, eventualmente, ao processador — desde que o modelo desejado seja de marca e família iguais aos da CPU original, devido às limitações impostas pelo soquete e pelo chipset da placa-mãe, como veremos mais adiante.  

É importante ter em mente que upgrades tecnicamente possíveis nem sempre são compensadores do ponto de vista financeiro. Em tese, pode-se transformar um velho Ford 1951 num poderoso Hot Rod; na prática, a conversão dá um bocado de trabalho e custa os olhos da cara, sem falar que pode ficar bem aquém do esperado.

No escopo da TI, um Samsung All In One E1 (que custa cerca de R$ 2,8 mil) não decepciona um usuário doméstico que precise do PC para processar textos, navegar na Web e executar outras tarefas corriqueiras. Por outro lado, seus recursos de hardware são insuficientes para quem quer jogar games radicais e rodar programas de editoração gráfica exigentes.

Supondo que fosse fisicamente possível substituir o modesto Intel® Celeron Processor 4205U nativo desse modelo da Samsung por um AMD Ryzen 9 3900X, e o módulo de 4GB de memória RAM por quatro pentes HyperX FURY DDR4 RGB de 16GB cada, os gastos girariam em torno de R$ 8 mil (valor mais que suficiente para comprar um desktop poderoso, ou mesmo um notebook de configuração robusta).   

PCs “de mesa” são mais receptivos ao upgrade que modelos all in one e notebooks, mas isso não significa que basta querer para poder. Modelos de entrada de linha são integrados a partir de placas-mãe mini-ATX do tipo “tudo onboard”, que reduzem o custo de fabricação e, consequentemente, o preço final do aparelho, tornando o produto mais competitivo e atraente aos olhos (e ao bolso) do consumidor. Todavia, fazer um upgrade "como manda o figurino" numa máquina dessas significa aproveitar o teclado, o mouse, o monitor e, com alguma sorte, o gabinete.