Todo usuário do Windows é convidado a criar uma conta da Microsoft, e contas da Microsoft incluem endereços eletrônicos baseados no Hotmail.com ou no Outlook.com. Mesmo assim, o Gmail continua sendo o webmail mais popular entre os internautas.
Em 2004, quando criou o serviço, o Google escolheu o dia 1º
de abril para o lançamento oficial. Combinado com a promessa de 1GB de
espaço (numa época em que Hotmail, Yahoo! Mail e companhia
limitavam suas caixas postais a míseros 5MB), o anúncio desse latifúndio de espaço levou as pessoas a
imaginar tratar-se de uma "pegadinha de primeiro de abril".
Só que não.
Por questões de infraestrutura, o acesso ao Gmail foi
limitado inicialmente a 1000 felizardos — selecionados entre pessoas ligadas ao
mundo da tecnologia e da imprensa —, mas um sistema de convites foi criado em
seguida, permitindo que cada usuário inscrito convidasse outras 100 pessoas, que poderiam cada qual convidar outras 100, e assim por diante. Com isso, o número
de inscritos cresceu em progressão geométrica, atingindo a casa do bilhão em
fevereiro de 2016.
O espaço também cresceu — a empresa
chegou a dizer que ele seria “ilimitado”, mas acabou fixando-o em 15 GB (compartilhados
com o Google Drive e o Google Fotos), suficientes para armazenar 7,5 milhões
de emails (sem anexos) ou 3 milhões de fotos. Para quem achar pouco, o Google disponibiliza planos pagos, mas isso é outra conversa.
Interessa dizer que o Gmail foi
repaginado diversas vezes e ganhou um sem-número de recursos e funções ao longo
dos últimos 17 anos. A questão é que a maioria de nós os desconhece. Claro que nem tudo que é útil para mim interessa
a você e vice-versa, mas determinadas funções se destacam pela praticidade,
como é o caso da possibilidade de agendar o envio de emails sem o concurso de programas ou serviços de terceiros.
Atire o primeiro bolo quem nunca esqueceu de parabenizar alguém pelo aniversário, p. ex. Mesmo que possamos recorrer à Cortana para criar lembretes e que o Facebook nos avise com antecedência do aniversário de nosso contatos, nada garante que nos lembremos de acionar a Cortana e/ou que a pessoa que queremos cumprimentar esteja em nossa lista de contatos no Face. Sem mencionar que programar um email para ser enviado numa data futura pode ser útil em varias outras situações.
Antes descobrir que o Gmail oferece essa facilidade, eu recorria ao LetterMeLater, que é gratuito, mas requer a criação de uma conta e o cadastramento de um endereço de email válido (que é exibido como remetente nas mensagens que a gente programa). Da primeira vez é preciso definir o fuso horário e confirmar o endereço de email cadastrado — através do qual o serviço nos envia uma mensagem com o link de ativação da conta. A partir daí, é só compor o texto, preencher o campo assunto, definir o(s) destinatário(s) e selecionar a(s) data(s) e horário(s) para o envio. É possível até mesmo programar o envio de mensagens sem precisar acessar o site (para mais detalhes, clique aqui).
Mas a pergunta é: se há um recurso nativo, por
que recorrer a serviços de terceiros? Pois é. Assim sendo, veremos amanhã como programar o envio de mensagens no Gmail e, se calhar, outras
dicas que podem ser úteis em diversas situações.
