Dizem as más-línguas (e as boas também) que Jair Bolsonaro não tem nada na cabeça. Ou que ela se esvaziou em julho, quando o presidente foi submetido a um tratamento clínico conservador para resolver um problema de obstrução intestinal. Pura maldade. O próprio mandatário deu pistas que havia esvaziado a cabeça semanas antes de ser internado, quando levou sua claque de despirocados ao delírio com a frase "caguei para a CPI".
Denúncias feitas por um ex-funcionário que serviu ao clã Bolsonaro durante 14 anos deram conta de que o então deputado passou o comando das rachadinhas dos gabinetes aos filhos ao descobrir que a ex-mulher atuou fora das quatro linhas da cerca. Depois dessa, sua excelência não poderá desfilar no 7 de setembro em carro fechado. E o trajeto será restrito a ruas com rede elétrica subterrânea, para evitar o risco de se enroscar. Passar debaixo de viaduto, nem pensar.
Falando em viaduto, Rodrigo Maia disse que Bolsonaro é homossexual, mas não tem coragem de assumir. O deputado falou que o desafeto não se sente à vontade para comentar sua suposta orientação sexual devido à formação militar. "Falo sério. As pessoas acham que falo
brincando, mas depois me dão razão".
"O Rodrigo Maia me acusou de ser gay. Se bem que eu não considero nenhum crime ser gay. Agora, vocês repararam [...] depois que ele foi trabalhar com o Doria, ele começou a se interessar pela pauta LGBT. Esse gordinho nunca me enganou. Olhem o nível a que chega a política. Um cidadão que até há pouco era a terceira pessoa na escala hierárquica. Depois de mim e do vice, era o presidente da Câmara. Eu poderia até processá-lo por homofobia", disse Bolsonaro. Em seguida, o presidente pôs de lado o microfone e beijou a primeira-dama.
A
resposta de Maia não se fez esperar: “Freud explica a
obsessão com o tema. Acho que acertei!”.
Pessoas próximas a Bolsonaro disseram que ele desistiu de
colocar fogo no Brasil no dia 7 para não ter que chamar os bombeiros. Esses
mesmos interlocutores afirmaram ainda que o berrante que ele vai tocar no dia
da Independência é de produção própria.
Outra notícia que chamou a atenção tem a ver com a proposta
do governo de cada fuzil vendido vir acompanhado de um guia gastronômico
elaborado por profissionais. A criação de pratos como Baião de 12, Escondidinho
de Atibaia, Macarrão a Alho e Ódio e Bomba de Leite Condensado ficou
a cargo da Escola Gastronômica Del Muzemà.
O ministro Paulo Guedes, foi o primeiro a celebrar o programa, mas não sem antes esbravejar: “Empregada doméstica estava comprando arroz, feijão e cupcake, uma festa danada! Pera lá, vai ali ver onde a Taurus nasceu!”. Após ser cobrado pela total falta de bom senso em sua fala, o Posto Ipiranga explicou: “O brasileiro precisa parar de ser preguiçoso e cafona. E daí que tá com fome? Tem que empreender! Tá cheio de gente aí que pegou um fuzil e multiplicou isso aí três, quatro, cinco, seis, sete, oito vezes! Olha o exemplo do pessoal que mexe com gás e fornecimento alternativo de TV a cabo ali no Rio de Janeiro! Não tem essa reclamação!”
No que concerne à quebra de seus sigilos fiscal e bancário no escopo da operação "Em Nome do Pai", Carlos "pitbull" Bolsonaro pode ser beneficiado pela sua escrita enigmática e intraduzível. Seus garranchos mobilizaram linguistas, tradutores e simbologistas, mas até
agora ninguém conseguiu decifrar o material apreendido em carluxês.
“Logo a égua descorada, nua no establishment, em
sórdido conluio na roda gigante de prostitutas do sistema, quando queima o
milho vira pipoca”, diz uma das mensagens interceptadas. A PF já
pensa em contratar o cantor e compositor Djavan para ajudar nas
investigações.
Quanto a acusação de contratar funcionários fantasmas em seu
gabinete, a defesa de Carluxo alegou que a equipe do vereador apenas
segue o exemplo do chefe: nunca aparece e recebe para não fazer nada.
Na Cidade Maravilhosa, um salão beleza que fica na emblemática avenida Nossa Senhora de Copacabana está sob investigação. Três manicures foram acusadas de tirar bifes das clientes para fazer um churrasco no final de semana. Mas nem todo mundo está mal. Com o maior aumento do frango e dos ovos dos últimos 18 anos, o desempregado Ivanir Louzada vendeu a granja que tinha em seu quintal na Zona Oeste e comprou um apartamento no Leblon, em frente à praia. Só não bebe água de coco todos os dias para não ir à falência.
E como desgraça pouca é bobagem, o aumento de 6,78% na
tarifa média dos consumidores residenciais fez a conta
de luz ultrapassar os índices de popularidade do presidente, que não param de cair. Os bolsomínions protestaram com gritos de "nossa
bandeira jamais será vermelha". Já o ministro da disenteria, ops, da Economia, reagiu, sugerindo que os casais tenham hábitos mais românticos:
"Aproveitem que já estão vendendo o almoço pra comprar a janta e passem
a jantar à luz de velas".
Triste Brasil.
Com Sensacionalista e Revista Piauí