SE ALGUMA COISA PODE DAR ERRADO, DARÁ. E MAIS, DARÁ ERRADO DA PIOR MANEIRA, NO PIOR MOMENTO E DE MODO QUE CAUSE O MAIOR DANO POSSÍVEL.
A Navalha de Occam é um princípio científico e filosófico segundo o qual, entre diversas hipóteses formuladas sobre as mesmas evidências, é mais racional acreditar na mais simples. Em linhas gerais, ele parte da mesma premissa que o KISS (de Keep It Simple, Stupid, ou "mantenha simples, estúpido"), criado nos anos 1970 pelo engenheiro de aeronaves norte-americano Kelly Johnson, e que não se aplica necessariamente ao âmbito da programação, embora seja mais conhecido na esfera da TI (consta que Johnson estimulava seu time de engenheiros a projetar aeronaves que pudessem ser consertadas por um mecânico comum, num campo de batalha, com um jogo de ferramentas básico).
No século 4 a.C., bem antes do nascimento do filósofo inglês William de Occam (1285-1347), Aristóteles já pregava mais ou menos a mesma coisa, mas foi o nome de Occam que “colou", embora sua "navalha" seja um princípio metodológico, e não uma lei — ou seja, não sugere que as explicações mais simples sejam necessariamente as verdadeiras nem que as mais complexas devam necessariamente ser refutadas em qualquer situação.
Observação: Dito de outra maneira, diante de várias explicações para um problema, a mais simples tende a ser a mais correta. Ou, parafraseando Leonardo Da Vinci: “a simplicidade é o último grau de sofisticação.”
O filósofo inglês William de Occam (1285-1347) não foi o primeiro a pregar isso. Aristóteles, em seus Analíticos Posteriores, fez o mesmo no século 4 a.C. Mas foi o nome de Occam que “colou", embora sua "navalha" seja um princípio metodológico, e não uma lei — ou seja, ela não sugere que as explicações mais simples são sempre as verdadeiras e que as mais complexas devem ser refutadas em qualquer situação. Mas o fato é que, com o desenvolvimento da ciência, especialmente a partir do século XX, a ideia prevalente passou a ser a de que os eventos podem ser mais complexos que nossas melhores teorias supõem, e a defesa da Navalha de Occam, baseada na suposição de simplicidade da natureza, perdeu força.
Descobrir a causa do problema é desejável, nem sempre indispensável. Há casos em que restabelecer o status quo ante já está de bom tamanho. Para agregar a um exemplo prático alguma pessoalidade, dias atrás eu resolvi criar um documento de texto (.txt) na área de trabalho e recorri à maneira mais fácil de fazer isso, que consiste em dar um clique direito num ponto vazio do desktop, apontar para a opção "Novo" e selecionar "Documento de Texto". O problema é que, ao fazer isso, eu percebi que a opção "Novo" havia simplesmente desaparecido do menu de contexto.
Anormalidades como essa costumam ser resolvidas mediante uma reinicialização do sistema, mas não custa nada tentar, antes, abrir o Gerenciador de Tarefas (Ctrl+Shift+Esc) e reiniciar o Windows Explorer. E foi isso que eu fiz. Só que não funcionou. E a reinicialização também não resolveu. Claro que há outras maneiras de criar um arquivo .txt na área de trabalho (como pressionar Win+R > Notepad > Enter para abrir o bloco de notas e clicar em Arquivo > Salvar como... para criar o arquivo no local desejado), e eu poderia simplesmente recorrer a uma delas. Mas até aí morreu o Neves.
Para encurtar a conversa, fiz uma pesquisa na Web visando encontrar elementos que me ajudassem a resolver o problema. Executei os comandos “Dism /Online /Cleanup-Image /ScanHealth” (ou “Dism /Online /Cleanup-Image /CheckHealth”, tanto faz), depois a ferramenta sfc/scannow. O sistema informou ter encontrado e corrigido arquivos corrompidos, mas o tal do menu continuou desaparecido.
Felizmente, uma
pesquisa na página de suporte da Microsoft me levou ao caminho
das pedras. Anote aí os passos para recriar a opção "Novo"
no menu de contexto, caso você venha a se deparar com o mesmo problema:
1. Pressione Windows
+ R, digite Notepad e clique em OK;
2. No arquivo
de texto em branco, digite [HKEY_CLASSES_ROOT\Directory\Background\shellex\ContextMenuHandlers\New],
pressione a tecla Enter e em seguida digite @="{D969A300-E7FF-11d0-A93B-00A0C90F2719}"
(se achar mais fácil, copie os comandos e cole-os no arquivo de texto).
3. Clique na
guia Arquivo > Salvar como > Área de trabalho
e, no campo de nome, digite Novo.reg, selecione como tipo Todos
os arquivos e clique em Salvar.
4. Execute o
arquivo e clique em "Sim" na caixa de diálogo que lhe pergunta se
você tem certeza de que deseja continuar.
5. Reinicie o
computador, dê um clique direito num ponto vazio da área de trabalho e
verifique se o problema foi resolvido. Caso negativo:
5.1. Pressione
o atalho Win+R, digite "regedit" (sem aspas) na caixa
de diálogo e tecle Enter;
5.2. Na
janela do Editor do Registro do Windows, navegue até a pasta HKEY_CLASSES_ROOT\Directory\Background\shellex\ContextMenuHandlers\New;
5.3. Dê duplo
clique em Padrão (na porção direita da janela) e, no campo Dados
do Valor, digite D969A300-E7FF-11d0-A93B-00A0C90F2719} e clique em OK.
5.4. Feche o
editor, reinicie o computador e veja se o problema foi resolvido.
Observação: Se você executar o passo 5.2. e constatar
que a chave New não existe, será preciso cria-la. Basta clicar com o
botão direito sobre ContextMenuHandler, depois em Novo >
Chave, nomear a chave como "New" (sem aspas), pressionar Enter, dar
duplo clique no valor Padrão dentro da chave New e digitar o
valor {D969A300-E7FF-11d0-A93B-00A0C90F2719}.
Comigo
funcionou. Boa sorte.