A JUSTIÇA
NUNCA SERÁ FEITA ATÉ AQUELES QUE NÃO SÃO AFETADOS SE INDIGNAREM COMO OS QUE
SÃO.
O problema, desconhecido até o momento em que eu escrevo esta linhas, seria de escala global e parou na lista dos assuntos mais comentados do Twitter. O WhatsApp informou que a equipe de tecnologia da empresa ainda busca saber o que causou a falha; o Facebook publicou, via Twitter, que “está trabalhando para que as coisas voltem ao normal o mais rápido possível”. O Instagram, que também se encontra sob o guarda-chuva de Mark Zuckerberg, informou que “as pessoas estão tendo dificuldade para acessar nossos aplicativos e produtos”.
Ao tentar abrir a página do Facebook, o internauta se deparava com um indicador de que a falha estava centralizada nos servidores das plataformas, que não conseguiam “rodar” a solicitação dos usuários. No caso do WhatsApp, as mensagens pararam de ser enviadas; no Facebook e no Instagram, os conteúdos deixaram de ser atualizados após o erro.
A mensagem "DNS_PROBE_FINISHED_NXDOMAIN", sugere um erro relacionado com o servidor DNS, que é uma espécie de "agenda de contatos" da Internet. É ele que registra os números (endereços de IP) associados aos "nomes de domínio" (como facebook.com). A Internet só funciona com números, então essa "agenda" cumpre o objetivo de permitir consultas (chamadas de "resoluções de domínio") para que qualquer pessoa possa saber o número de IP do site que pretende acessar. Se acontece uma falha, o acesso à página fica indisponível porque não é possível encontrar o caminho certo para chegar nela. Para algumas pessoas que tentaram acessar Facebook, Instagram e WhatsApp, era exibida uma mensagem de "Erro 500" ou "Erro 5XX", que geralmente indica uma dificuldade do computador do usuário se comunicar com o servidor do site ou aplicativo.
As novas regras do Pix começam a valer nesta segunda-feira (4), em meio aos primeiros vazamentos de dados e aos crescentes relatos de golpes aplicados utilizando a ferramenta. As mudanças visam melhorar a segurança do sistema instantâneo de pagamentos.
Pessoas
físicas e microempreendedores individuais têm
agora um limite padrão de R$ 1 mil para realizar transações entre as 20h e 6h
— a medida vale tanto para Pix quanto TED (transferências entre
contas do mesmo banco e cartões de débito), mas o cliente pode aumentar esse
limite. Bancos e outras instituições financeiras passam a ter prazo mínimo
de 24 horas e máximo de 48 horas para efetivar pedido de aumento do limite
de transações feito por canal digital (até então, o prazo para aumento de
limite do Pix variava entre uma hora e o dia útil seguinte). A mudança
vale também para TED, DOC, boleto, cartão de débito
e transferências entre contas do mesmo banco.
Com as novas
regras, instituições financeiras poderão reter transações para análise de risco
por 30 minutos, durante o dia, ou 60 minutos, durante a noite, mas devem
permitir o cadastramento prévio de contas que possam receber Pix acima
dos limites estabelecidos — esse cadastramento só terá efeito após 24 horas.
As
instituições financeiras passam a ser obrigadas a marcar contas com indícios de
utilização em fraudes no Diretório de Identificadores de Contas
Transacionais (DICT) — base de dados que poderá ser consultada para coibir
outros crimes envolvendo uma mesma conta suspeita. Instituições de pagamentos
eletrônicos terão de compartilhar informações de transações suspeitas de
envolvimento com atividades criminosas para as autoridades de segurança pública.
As instituições reguladas pelo BC deverão ter controles adicionais de
fraude. O Comitê de Auditoria ou o Conselho de Administração deverão ser
avisados, e o BC deverá ter acesso a essas informações.
A limitação
das transações de pessoas físicas havia sido anunciada em agosto pelo BC
para reduzir os casos de sequestros e roubos noturnos, após pedidos das
próprias instituições financeiras. Para Arthur Igreja, especialista em Tecnologia
e Segurança Digital, as novas medidas não são suficientes. “Em caso de
sequestro relâmpago, por exemplo, o criminoso pode manter a vítima refém por
mais tempo, até o horário que a transação financeira será efetivada. Mas isso
não é motivo para alarmar a população e deixar de acreditar na efetividade da
ferramenta Pix”, afirma ele. E complementa: “Hoje, já são mais de 73
milhões de brasileiros que utilizam o sistema para transações bancárias. O
problema não está na ferramenta, mas no avanço cada vez maior da engenharia
social. Infelizmente, os golpes digitais e a criminalidade acompanham o avanço
da tecnologia”. No entanto, para Igreja, “cada vez mais o BC
implementará medidas que tornarão o sistema ainda mais seguro”.
A resolução
obriga ainda que os mecanismos de segurança adotados pelas instituições sejam
no mínimo iguais aos procedimentos do BC. Casos de excessivas consultas
de chaves Pix que não resultem em liquidação ou de consultas a chaves inválidas
deverão ser identificados e devidamente tratados. O BC também determinou
que as instituições que oferecem o Pix sejam responsabilizadas caso fique
comprovado que a fraude decorreu de falhas nos mecanismos de segurança e de
gerenciamento de riscos — as instituições estarão obrigadas a usar as
informações vinculadas às chaves Pix como um dos fatores para autorizar
ou rejeitar transações.
Em nota, o BC
informou que as medidas criam incentivos para que os participantes do Pix
aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de fraudes, e
que novas medidas com foco na segurança dos usuários devem ser adotadas até o
dia 16 de novembro.
Com
informações de Agência Brasil