segunda-feira, 4 de outubro de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 10 > WINDOWS 11

SONHE. ACREDITE. FAÇA.

O WhatsApp, o Facebook e o Instagram apresentam instabilidades que comprometeram o funcionamento das plataformas nesta segunda-feira (4).  Segundo o Down Detector ― ferramenta que monitora problemas no status dos serviços online ― as primeiras reclamações de usuários começaram a pipocar por volta das 12h de hoje. 

O problema, desconhecido até o momento em que eu escrevo esta linhas, seria de escala global e parou na lista dos assuntos mais comentados do Twitter

WhatsApp informou que a equipe de tecnologia da empresa ainda busca saber o que causou a falha; o Facebook publicou, via Twitter, que “está trabalhando para que as coisas voltem ao normal o mais rápido possível”. 

O Instagram, que também se encontra sob o guarda-chuva de Mark Zuckerberg, informou que “as pessoas estão tendo dificuldade para acessar nossos aplicativos e produtos”.

Ao tentar abrir a página do Facebook, o internauta se deparava com um indicador de que a falha estava centralizada nos servidores das plataformas, que não conseguiam “rodar” a solicitação dos usuários. No caso do WhatsApp, as mensagens pararam de ser enviadas; no Facebook e no Instagram, os conteúdos deixaram de ser atualizados após o erro.

A mensagem "DNS_PROBE_FINISHED_NXDOMAIN", sugere um erro relacionado com o servidor DNS, que é uma espécie de "agenda de contatos" da Internet. É ele que registra os números (endereços de IP) associados aos "nomes de domínio" (como facebook.com). A Internet só funciona com números, então essa "agenda" cumpre o objetivo de permitir consultas (chamadas de "resoluções de domínio") para que qualquer pessoa possa saber o número de IP do site que pretende acessar. Se acontece uma falha, o acesso à página fica indisponível porque não é possível encontrar o caminho certo para chegar nela. Para algumas pessoas que tentaram acessar Facebook, Instagram e WhatsApp, apareceu um "Erro 500" ou "Erro 5XX", que geralmente indica uma dificuldade do computador do usuário se comunicar com o servidor do site ou aplicativo.

***

O Windows 10 21H2 e o Windows 11 21H2 (primeira versão estável do novo sistema) estarão disponíveis como atualização opcional a partir de amanhã. Por conta disso, a atualização KB4023057 — que foi disponibilizada diversas vezes desde 2018 e se destina a agregar confiabilidade ao Windows Update e corrigir problemas relacionados ao registro e ao sistema operacional como um todo — tornou a ser atualizada e relançada semanas atrás (figura 1).

De acordo com a Microsoft, a mais recente modificação data de 18 de agosto e a nova versão começou a ser distribuída semanas atrás. Teoricamente, esse update (que também utiliza o Microsoft Update Health Tools para reparar ou desabilitar as configurações do registro do Windows) pode ser instalado sem problemas.

O Win10 21H2 será distribuído via Windows Update para usuários que dispõem da versão 21H1, mas o novo Win11 só será liberado para máquinas que atenderem aos requisitos mínimos definidos pela Microsoft — entre os quais o famigerado TPM 2.0 (processador de criptografia destinado a robustecer a segurança durante a inicialização do sistema; para mais detalhes sobre o recurso e como fazer para ativá-lo, acesse esta postagem) e CPUs de oitava geração ou superior.

A ferramenta que a Microsoft incluiu na página do Windows 11 quando anunciou oficialmente a nova versão foi removida dias depois. O fato de o software não detalhar os motivos da reprovação foi objeto de muita reclamação por parte dos usuários. A boa notícia é que ferramenta voltou e está disponível também para quem não participa do Windows Insider. A má, pelo menos para mim, é que ela reprovou meu processador. 

Diante disso, nem me dei ao trabalho de acessar o CMOS Setup para habilitar a TPM 2.0 (detalhes nesta postagem). Embora não sirva de consolo, meu note foi aprovado. O problema é que sua configuração (processador Intel Core i7, 8 GB de RAM e HDD de 1 TB) fica anos-luz distante dos recursos de hardware do meu desktop (Intel quad-core i7-4790 4 GHz, 32 GB de RAM, SSD de 1 TB e HDD de 3 TB em HDD, sem mencionar a aceleradora gráfica de ponta e outros mimos).

Pode parecer que eu esteja emulando a raposa da fábula, mas não sei até que ponto vale a gente se estressar com essa história. Depois de muita polêmica, a Microsoft prometeu liberar o upgrade para máquinas com CPUs mais antigas e mudar de obrigatório para facultativo o status do TPM 2.0 . Mas é evidente que ela não fez isso para se manter fiel ao discurso de que o Win11 será disponibilizado gratuitamente para os usuários do Win10 — como foi o caso do Win10 em 2015.

O "x" da questão é que, sem uma placa-mãe com chip TPM 2.0 habilitado — ou um processador que emule esse recurso —, o interessado terá de fazer a migração para a nova versão (e instalar todas as atualizações posteriores) manualmente, através de uma imagem ISO fornecida pela Microsoft. O detalhe é que a atualização automática, feita pelo próprio sistema, se encarrega de executar as configurações necessárias para a sobreposição do Windows, ao passo que o procedimento manual, feito a partir de arquivos ISO, joga esse abacaxi no colo do usuário.

Há outras maneiras de checar a compatibilidade do PC com o Win11 — usando o WhyNotWin11, por exemplo, que é gratuito e de código aberto. Mesmo assim, a melhor maneira de saber com certeza é instalar a nova versão ― o que é trabalhoso e pode ser frustrante se o usuário descobrir que o upgrade não deu certo. Aliás, a própria “Microsoft Patch Lady” do blog da Computerworld recomenda que você não migre para o Win11.

Noves fora o aspecto da novidade, justificar-se-ia a atualização para o Win11 tem a ver com a segurança. Por outro lado, o Win10 continuará sendo suportado e recebendo atualizações até o final de 2025, e quem estiver rodando a versão 20H2 (atualização do Windows 10 de outubro de 2020) poderá ativar a maioria dos incrementos de segurança oferecidos pelo irmão mais novo implantando a Política de Grupo ou acessando o menu Segurança de dispositivos do Win10.

Resumo da ópera: se é possível continuar usando o Windows 10 sem nenhum perigo ou problema, pelo menos por mais quatro anos, e daqui a quatro anos a maioria de nós já terá substituído o PC atual por um modelo novo, que traga o Win11 pré-instalado de fábrica, acho que não vale a pena a gente se estressar.