SONHE. ACREDITE. FAÇA.O WhatsApp, o Facebook e o Instagram apresentam instabilidades que comprometeram o funcionamento das plataformas nesta segunda-feira (4). Segundo o Down Detector ― ferramenta que monitora problemas no status dos serviços online ― as primeiras reclamações de usuários começaram a pipocar por volta das 12h de hoje.
O problema, desconhecido até o momento em que eu escrevo esta linhas, seria de escala global e parou na lista dos assuntos mais comentados do Twitter.
O Windows 10 21H2 e o Windows 11 21H2 (primeira versão estável do novo sistema) estarão disponíveis como atualização opcional a partir de amanhã. Por conta disso, a atualização KB4023057 — que foi disponibilizada diversas vezes desde 2018 e se destina a agregar confiabilidade ao Windows Update e corrigir problemas relacionados ao registro e ao sistema operacional como um todo — tornou a ser atualizada e relançada semanas atrás (figura 1).
De acordo com a Microsoft,
a mais recente modificação data de 18 de agosto e a nova versão começou a ser
distribuída semanas atrás. Teoricamente, esse update (que também utiliza o Microsoft
Update Health Tools para reparar ou desabilitar as configurações do
registro do Windows) pode ser instalado sem problemas.
O Win10 21H2 será distribuído via Windows
Update para usuários que dispõem da versão 21H1, mas o novo Win11
só será liberado para máquinas que atenderem aos requisitos
mínimos definidos pela Microsoft — entre os quais o famigerado TPM
2.0 (processador de criptografia destinado a robustecer a
segurança durante a inicialização do sistema; para mais detalhes sobre o
recurso e como fazer para ativá-lo, acesse esta
postagem) e CPUs de oitava geração ou superior.
A ferramenta que a Microsoft incluiu na página do Windows 11 quando anunciou oficialmente a nova versão foi removida dias depois. O fato de o software não detalhar os motivos da reprovação foi objeto de muita reclamação por parte dos usuários. A boa notícia é que ferramenta voltou e está disponível também para quem não participa do Windows Insider. A má, pelo menos para mim, é que ela reprovou meu processador.
Diante disso, nem me dei ao trabalho de acessar o CMOS Setup para habilitar a TPM 2.0 (detalhes nesta postagem). Embora não sirva de consolo, meu note foi aprovado. O problema é que sua configuração (processador Intel Core i7, 8 GB de RAM e HDD de 1 TB) fica anos-luz distante dos recursos de hardware do meu desktop (Intel quad-core i7-4790 4 GHz, 32 GB de RAM, SSD de 1 TB e HDD de 3 TB em HDD, sem mencionar a aceleradora gráfica de ponta e outros mimos).
Pode parecer que eu esteja emulando a raposa da fábula, mas não sei até que ponto vale a gente se estressar com essa história. Depois de muita polêmica, a Microsoft prometeu liberar o upgrade para máquinas com CPUs mais antigas e mudar de obrigatório para facultativo o status do TPM 2.0 . Mas é evidente que ela não fez isso para se manter fiel ao discurso de que o Win11 será disponibilizado gratuitamente para os usuários do Win10 — como foi o caso do Win10 em 2015.
O "x" da questão é que, sem uma placa-mãe com chip
TPM 2.0 habilitado — ou um processador que emule esse recurso —, o interessado terá de fazer a migração para a nova versão (e instalar todas as atualizações posteriores) manualmente, através de uma imagem
ISO fornecida pela Microsoft. O detalhe é que a atualização
automática, feita pelo próprio sistema, se encarrega de executar as
configurações necessárias para a sobreposição do Windows, ao passo que o
procedimento manual, feito a partir de arquivos ISO, joga esse abacaxi
no colo do usuário.
Há outras maneiras de checar a compatibilidade do PC com o Win11 — usando o WhyNotWin11, por exemplo, que é gratuito e de código aberto. Mesmo assim, a melhor maneira de saber com certeza é instalar a nova versão ― o que é trabalhoso e pode ser frustrante se o usuário descobrir que o upgrade não deu certo. Aliás, a própria “Microsoft Patch Lady” do blog da Computerworld recomenda que você não migre para o Win11.
Noves fora o aspecto da novidade, justificar-se-ia a atualização para o Win11 tem a ver com a segurança. Por outro lado, o
Win10 continuará sendo suportado e recebendo atualizações até o final de
2025, e quem estiver rodando a versão 20H2 (atualização do Windows 10
de outubro de 2020) poderá ativar a maioria dos incrementos de segurança oferecidos
pelo irmão mais novo implantando a Política de Grupo ou acessando o menu Segurança de dispositivos do Win10.
Resumo da ópera: se é possível continuar usando o Windows
10 sem nenhum perigo ou problema, pelo menos por mais quatro anos, e daqui a
quatro anos a maioria de nós já terá substituído o PC atual por um modelo novo,
que traga o Win11 pré-instalado de fábrica, acho que não vale a pena a gente se estressar.