A MENTIRA É O ÚNICO PRIVILÉGIO DO HOMEM SOBRE TODOS OS OUTROS ANIMAIS.
Nos tempos de antanho, fotografar era uma arte que dependia não só da câmera, mas também do filme (ou película) e de um processo conhecido "revelação" (hoje quase desconhecido).
Em suma, a gente comprava o filme (para 12, 24 ou 36 fotos em P&B ou coloridas), carregava a câmera (de preferência num local escuro) e, depois de bater a última foto, rebobinava o filme, retirava-o da câmera, deixava-o numa foto-óptica que contasse com um laboratório fotográfico e, dali alguns dias, ia buscar o negativo revelado e as cópias em papel.
Com o advento das câmeras digitais, lá pelo final do século passado, tanto a compra do filme quanto os serviços de revelação e cópia deixaram de ser necessários. As fotos clicadas passaram a ser transferidas do cartão de memória para o PC e impressas em papel sulfite (ou fotográfico, caso o usuário fosse exigente).
A partir de 2002, as câmeras digitais começaram a perder espaço para os celulares, e hoje em dia é praticamente impossível encontrar um smartphone que não seja capaz de tirar fotos e gravar vídeos.
Conforme as redes sociais foram conquistando usuários — e os usuários, por algum motivo que eu não consigo entender, são vocacionados a fotografar cada peido que soltam e postar a imagem no Insta, no Face, no Twitter ou na PQP —, tirar fotos deixou de ser suficiente: é preciso editá-las, seja para anular o indesejável efeito "olhos de vampiro", seja para fazer uma lipo e esconder a barriga de cerveja. Ou disfarçar o queijo de bruxa, sumir com a papada, apagar as rugas de expressão, enfim, fazer como fazem políticos populistas: vender o que não são, entregar o que são e se tornarem ainda piores ao longo do mandato.
Além do mundialmente conhecido Adobe Photoshop, há uma sem-número de editores de imagem, pagos ou gratuitos, ao alcance de uns poucos cliques do mouse, mas a genialidade de Steve Jobs transformou algo que nasceu para ser um telefone sem fio de longo alcance num computador pessoal ultraportátil, e a partir de então passamos a usar mais o smartphone do que o tradicional PC (de mesa ou portátil).
Nada nos impede de tirar fotos e editá-las no PC, mas é possível obter bons resultados (com menor custo e menos trabalho) a partir do próprio telefone. Apple, Samsung, Motorola, entre outros fabricantes, incluem ferramentas para edição de imagens em seus smartphones, que quebram bem o galho, embora sejam mais espartanas que os apps dedicados. Veja a seguir algumas sugestões:
O Adobe Lightroom é pago, mas também conta com uma versão freeware, cujo inconveniente é a enxurrada de anúncios, ofertas de apps e tudo aquilo que você certamente conhece se utiliza aplicativos gratuitos no seu smartphone. O programinha é mais robusto e completo que o Photoshop Express e, além de oferecer ferramentas de edição rápida, conta com recursos de organização e armazenamento de imagens, permitindo, inclusive, que você faça backup de suas obras de arte na nuvem.
O Snapseed é gratuito e muito bem cotado. Desenvolvido pelo próprio Google, o ele é repleto de funcionalidades (cortes, colagens, ajustes de cor, nitidez, brilho, perspectiva, etc.) que deixarão suas fotos do jeito que você desejar.
Observação: O Instagram é uma das redes sociais mais badaladas e um dos melhores editores de fotos para Android. Além de oferecer diversos tipos de filtros e ferramentas de edição, ele permite compartilhar fotos com seus seguidores diretamente do app, e suas funções de edição são fáceis de usar.
O AirBrush é gratuito e, além das tradicionais ferramentas de edição, conta com várias funções de embelezamento, como remoção de espinhas e olhos vermelhos, clareamento de dentes e ajustes de iluminação. Ele possui filtros e efeitos que podem ser incluídos em suas imagens e, de quebra, permite postá-las diretamente no Instagram, Facebook, Snapchat e outras redes sociais.
O PicsArt Photo Studio é considerado um dos melhores editores de fotos para Android. Com ele, além de utilizar diversas ferramentas de edição, você pode desenhar em suas fotos ou estiliza-las com filtros, além de ter acesso a milhões de adesivos criados pelos usuários. Além da versão gratuita há uma opção paga (Gold), que conta com mais ferramentas e uma galeria ainda maior de efeitos.
Boa diversão