quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

AINDA SOBRE VÍRUS, RANSOMWARE, PRIVACIDADE, COOKIES ETC. (CONCLUSÃO)

CASAR É TROCAR A ADMIRAÇÃO DE VÁRIAS PELA CRÍTICA DE UMA SÓ.

Quando os vírus "apenas" danificavam arquivos do sistema, as vítimas logo percebiam que havia algo de errado com suas máquinas. Mais adiante, porém, o objetivo mudou, e o modus operandi também foi alterado, de modo a evitar que as vítimas se dessem conta da infecção e adotassem as medidas corretivas necessárias. 

É importante não confundir alhos com bugalhos: pesquisar um produto qualquer na Web e passar a ser bombardeado com anúncios não é indício de infecção, mas sim de que os "cookies" estão fazendo seu trabalho (detalhes nesta postagem). Essas propagandas — que estão presentes até em redes sociais — são invasivas, podendo mesmo assustar internautas desinformados. 

Muita gente acha que o smartphone consegue escutar o que se fala durante o uso do aparelho. Se você pensa que isso é pura paranoia, talvez reveja seus conceitos se entender melhor como funcionam o Google Ads, os algoritmos em geral e as assistentes virtuais em particular, como a do Google, presente no Android, e a Siri, que integra o iOS. que respondem a comandos de voz.

LGPD em vigor exige que todas as empresas forneçam informações claras e acessíveis sobre o uso de dados pessoais dos usuários em seus  “termos de uso”, mas quase ninguém se preocupa com isso quando acessa um site, por exemplo, e é induzido a “aceitar” os cookies. Anúncios específicos que não param de aparecer podem ter a ver com algoritmoscookies e o próprio Google Ads. Por meio de uma técnica conhecida como “retargeting”, as empresas de propaganda conseguem identificar as preferências dos usuários e gerar anúncios personalizados, conforme o perfil de cada um. E é aí que entram os cookies — pequenas porções de código armazenados pelos sites nos navegadores dos internautas que concedem essa permissão quando visitam as webpages.

Fazer uma busca por um determinado produto fará com que o Google Ads entenda que você tem interesse em adquirir o tal produto, e passará a exibir um sem-número de “anúncios personalizados”. Para evitar essa aporrinhação, prefira fazer as pesquisas a partir de uma guia anônima do navegador ou, melhor ainda, utilizando uma VPN (o Opera, por exemplo, oferece o serviço gratuitamente e não limita o tráfego de dados).

Vale também configurar seu browser para excluir os cookies e o histórico de navegação ao final de cada sessão ou fazê-lo manualmente de tempos em tempos. No Chrome, clique em Configurações (os três pontinhos no final na barra de endereços) > Mais Ferramentas > Limpar dados de navegação > Eliminar os seguintes itens desde, escolha uma das opções disponíveis (sugiro desde o começo) e marque as caixas de verificação ao lado dos itens que você deseja eliminar (sugiro limitar-se às primeiras quatro opções). Ao final, clique em Limpar dados de navegação, reinicie o navegador e confira o resultado (para não meter os pés pelas mãos, siga este link e leia atentamente as informações da ajuda do Google antes de dar início à faxina).

No Mozilla Firefox, clique no botão Abrir menu (também localizado no canto direito da barra de endereços, mas identificado por três traços horizontais), clique em Opções > Privacidade e Segurança > Cookies e dados de sites, clique no botão Limpar dados e reinicie o navegador. 

No Edge Chromium, clique no ícone das reticências (no canto superior direito da janela), depois em Configurações > Privacidade, pesquisa e serviços e, em Limpar dados de navegação, selecione Escolher o que limpar, defina um intervalo de tempo no menu suspenso e os tipos de dados que você quer limpar, clique em Limpar e reinicie o navegador.

No Opera, clique no botão Menu (no canto superior esquerdo da janela), em Configurações > Privacidade e segurança > Limpar dados de navegação; feitos os ajustes desejados, pressione o botão Limpar dados de navegação e reinicie o navegador.