quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

O GBOARD E A ACENTUAÇÃO DE PALAVRAS

EU GOSTO DE TER O QUE FAZER, MAS NÃO GOSTO TER QUE FAZER O QUE NÃO QUERO FAZER — COMO SE VÊ, HÁ CASOS EM QUE A ORDEM DOS TRATORES ALTERA O VIADUTO.

Muita coisa que se dizia antes da virada do século seria considerada politicamente incorreta nos dias atuais. De um tempo a esta parte, o preconceito invertido (caso dos pretos em relação aos brancos e dos LGBTQIA+ em relação aos héteros) se tornou a bola da vez, com direito, inclusive, a uma estapafúrdia linguagem neutra que, segundo desocupados que desperdiçam nosso tempo com essas bobagens, visa "romper os grilhões do binarismo imposto pelos gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade (masculino e feminino), buscando uma comunicação mais inclusiva, respeitosa e abrangente. Como diria o Cabo Daciolo (em quem essa escumalha provavelmente votará em 2022), Glória a Deus!

Não nego que o mundo mudou sobremaneira nos últimos séculos, nem que a maneira como nos comportamos acompanhou essa "evolução. Para a geração X — da qual faz parte este humilde escriba, parece estranho o desinteresse das gerações posteriores pelo automóvel, por exemplo. 

Eu aprendi a dirigir aos 14 anos e já perdi a conta de quantos carros tive desde os 18. Por outro lado, sofri um bocado quando comprei meu primeiro VCR e resolvi programá-lo para gravar um programa enquanto via um filme em outro canal, coisa que qualquer garoto em idade pré-escolar tiraria de letra. O tempora! O mores!

As crianças de hoje em dia saem da maternidade com um smartphone pendurado no pescoço, ao passo que as da minha época traziam uma prosaica chupeta. Aos 6 anos de idade, esses pequenos "prodígios" usam o tecladinho virtual do celular com a mesma desenvoltura que eu tinha aos 15 anos no volante de um carro. Por outro lado, escrever uma prosaica mensagem de texto usando o smartphone é uma provação para mim. Como se vê, nada é perfeito.

Falando nisso, você sabe acentuar palavras quando o Gboard não oferece essa opção na lista de sugestões, durante a digitação? A mim me desagrada ter de recorrer a alternativas menos adequadas, digamos assim, para contornar esse problema ao enviar emails, mensagens de WhatsApp ou postar/comentar conteúdos nas redes sociais a partir do celular. Mas a solução não poderia ser mais simples: para escrever "àquele", p. ex., é só manter o dedo pousado sobre a letra "a" para que surjam diversas opções (á, à, ã, â, etc.), e então tocar naquela que se aplica ao caso.

Já se você tem dúvidas sobre o uso correto da crase, basta pesquisar na Web para encontrar uma porção de dicas sobre esse assunto.