A VIDA É O QUE RESTA DEPOIS DE CADA ENCRUZILHADA.
Pelo fato de a evolução tecnológica ter sido mais pródiga com os celulares do que com as baterias que os alimentam, há um “desequilíbrio” entre a demanda energética e a real capacidade de alimentação.
O lado bom da
história é que as baterias atuais não estão sujeitas ao “efeito memória” nem
pegam fogo ou explodem se o aparelho ficar na carga durante toda a
noite. A má notícia, digamos assim, é que isso não “aumenta sua autonomia”, de
modo que o ideal é descontar o carregador tão logo a recarga seja concluída.
Até não muito tempo atrás, as baterias eram facilmente
removíveis, sendo comum vermos “heavy users” levando no bolso ou na bolsa uma bateria
sobressalente para não serem pegos no contrapé. Hoje em dia, contam-se nos dedos os celulares em que a bateria é acoplada externamente, de modo que o jeito deixar um carregador
veicular no carro ou recorrer à portinha USB do PC que estiver mais à
mão (lembrando que nesses casos o tempo de recarga aumenta significativamente).
Não há problema em usar um carregador rápido (mais potente) com um smartphone projetado para o modelo “convencional”, mas tampouco haverá benefício, já que a recarga será feita no modo “lento”. O importante é fugir de carregadores piratas, cujo uso pode danificar o celular e, em casos extremos, causar incêndios ou explosões — para reduzir os custos e tornar seus produtos mais “competitivos”, fabricantes desconsideram medidas de segurança destinadas a proteger o celular, a bateria e o próprio usuário.
Observação: Carregadores genéricos nem sempre integram componentes com
a mesma qualidade dos originais, tais como fios com a resistência e o
isolamento adequados à corrente recebida e sensores que interrompem a passagem
de energia quando a bateria está totalmente carregada, como se fossem
disjuntores. A Apple já criticou publicamente sites de vendas
online por manterem em seus catálogos carregadores falsificados, que, em
situações extremas, podem colocar vidas em risco.
Em 2016, a organização britânica Trading
Standards, que faz campanhas de conscientização sobre segurança do
consumidor, testou 400 carregadores falsificados
da Apple e constatou que 99,25% deles falharam em
quesitos básicos de segurança. Os modelos comercializados no Brasil devem
ser homologados pela Anatel — o selo de certificação (vide
figura) indica que o dispositivo foi testado e aprovado para uma utilização
segura
Por último, mas não menos importante: calor excessivo é inimigo figadal das baterias. Colocar o celular no porta-luvas ou sobre o
painel do carro e deixar o veículo estacionado sob o sol por horas a fio, por exemplo,
pode reduzir significativamente a vida útil do componente.