quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

RESTAURE-SE O IMPÉRIO DA MORALIDADE OU LOCUPLETEMO-NOS TODOS! (PARTE XVI)


Em visita às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o então presidente Lula iniciou seu discurso dizendo: Quero começar cumprimentando o companheiro Sérgio Cabral” (...)“Nosso companheiro Pezão” (...)“O ministro Edison Lobão” (...)“O nosso querido Paulo Roberto Costa, presidente em exercício da Petrobras” (...) “Nosso companheiro Sergio Machado, presidente da Transpetro”. 

Em seguida, Lula explicou os motivos daquele evento: “Eu sei que tem algumas pessoas que estão perguntando ‘por que o Lula já visitou pela terceira vez o Comperj, se ainda a obra não está sendo construída, está na fase da terraplanagem?’ A primeira coisa que tem que compreender é que eu adotei como filosofia de vida aquela de que ‘é o olho do dono que engorda os porcos’. Então, eu tenho que estar presente sempre, para saber se as coisas que nós decidimos estão funcionando”. 

Cinco anos depois, as obras no Comperj continuavam paradas, mas a filosofia de vida do pulha funcionou: os porcos engordaram um bocado.

Depois de falar sobre seus porcos, Lula reconheceu que sabia da roubalheira em Abreu e Lima, mas que, segundo ele, a picaretagem precisava prosseguir: “Se a gente não fica esperto, a obra da refinaria de Pernambuco estaria parada. Porque se levantou suspeita de sobrepreço em algumas obras. E foi para a comissão do Congresso, a comissão do Congresso colocou no anexo VI, e eu vetei, porque senão teria que ter mandado embora 27 mil trabalhadores”.

O petralha esclareceu ainda que para engordar seus porcos a ração teria de ser fornecida pela própria Petrobras: O companheiro Paulo Roberto Costa sabe, a Dilma, como presidenta do conselho administrativo da Petrobras, sabe, o ministro Lobão, de Minas e Energia, também sabe que, há cinco anos atrás (sic), se dependesse da vontade da Petrobras, não teria nenhuma refinaria no Brasil”.

Até o presidente boliviano Hugo Chávez, outro porco do chiqueiro de Lula, entrou na história: Numa visita de trabalho do presidente Chávez, consegui a parceria para a PDVSA se associar à Petrobras. Levamos três anos para construir essa parceria, porque a Petrobras e a PDVSA são duas grandes empresas, e duas moças bonitas no mesmo baile, elas sofrem uma concorrência natural entre elas, e nós demoramos muito para construir a engenharia do acordo que, graças a Deus, está pronto e está andando”.

A essa altura, Lula introduziu o único assunto que realmente lhe interessava: São bilhões de dólares, de investimentos. Se a gente for medir só o que a gente está fazendo, a gente vai ultrapassar os US$ 60 bilhões em refinaria neste país”. E apresentou seus cúmplices: Aqui tem muitos empresários do setor da construção civil”.

O então juiz Sergio Moro poderia ter usado esse discurso como prova na Lava-Jato, pois a parlapatice evidenciava que o concupiscente sempre esteve no topo da cadeia de comando do Petrolão e que sua atuação em favor das empreiteiras foi crucial para garantir a sobrevivência do partido no poder e lhe proporcionar benefícios pessoais. Mas tudo isso se foi quando o vento mudou e o criminoso duplamente condenado e réu em outros 18 processos passou à condição de “ex-corrupto” e pré-candidato ao terceiro mandato presidencial, enquanto o ex-juiz Sergio Moro, graças à Vaza-Jato de Verdevaldo das Couves, passou de “herói do povo brasileiro” a juiz parcial.

A patuleia ignara que defende Lula com fidelidade canina se recusa a ver os fatos como eles são e acha que as leis só se aplicam a seu amado líder quando não o desfavorecem, ignorando solenemente (ou refutando ferozmente) o fato de o argamandel garanhuense ser useiro e vezeiro em relembrar a infância pobre nos confins de Pernambuco, onde comia feijão e farinha, ter deixado a Presidência na condição de multimilionário.

Na lista de bens entregue à Justiça, o patrimônio do petralha era de quase R$ 12 milhões, mas a PF e o MPF apontaram evidências de que o valor seria bem maior. Além do tríplex no Guarujá e do sítio em Atibaia, ficaram de fora um terreno em São Paulo, uma cobertura em São Bernardo do Campo e dezenas de milhões de reais que foram repassados ao ex-presidente, em espécie ou por meio de reformas em imóveis e palestras no exterior.

Só a Odebrecht e da OAS lhe teriam pagos, respectivamente, R$ 33,8 milhões e R$ 7,8 milhões. Isso sem mencionar os R$ 16 milhões oriundos de outras empreiteiras. Incluída a propina repassada para o caixa 2 do PT, o valor destinado pelas empresas a Lula e seu espúrio partido chegava a R$ 370 milhões (os pagamentos foram descritos em vários inquéritos, em depoimento de delatores e na denúncia do chamado “quadrilhão do PT”).

Continua...