POR MAIS DESAGRADÁVEIS QUE SEJAM, AS COISAS QUE NOSSOS INIMIGOS NOS DIZEM NA CARA NEM SE COMPARAM COM AS QUE NOSSOS AMIGOS DIZEM DE NÓS PELAS COSTAS.
Todo dispositivo computacional utiliza diversos tipos de memória, mas é na RAM que são carregados o sistema operacional, os aplicativos e demais arquivos — não integralmente, ou não haveria RAM que bastasse, mas, sim, divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes).
Quando rodamos
um programa qualquer, seu executável é copiado da memória de massa (HDD
ou SSD) — que, por ser “persistente”, preserva os dados depois que o
aparelho é deligado — para a RAM, juntamente com algumas DLLs e
arquivos de dados com os quais vamos trabalhar.
Por ser uma memória eletrônica de acesso aleatório, a RAM
é muitas vezes mais “veloz” do que os discos eletromecânicos (nos quais a
gravação e o acesso aos dados são feitos por cabeças eletromagnéticas). O
problema é que ela é volátil, ou seja, só consegue preservar o conteúdo enquanto permanece energizada.
Por uma série de fatores que não vem ao caso detalhar
nesta postagem, reinicializar o computador “esvazia” a RAM, pondo fim a
instabilidades, travamentos e outros aborrecimentos que tendem a se manifestar quando
o aparelho fica muito tempo ligado. E o mesmo raciocínio se aplica ao smartphone
— que, em última análise, é um PC ultraportátil —, como também a modems, roteadores,
impressoras, decodificadores de TV etc.
Muita gente não desliga o celular — e depois reclama de conexão lenta, demora na execução de apps e instabilidades generalizadas. Considerando que não é recomendável usar o aparelho enquanto a bateria está sendo recarregada (quando mais não seja porque o consumo energético aumenta o tempo de recarga), sugiro desligá-lo sempre que ele for posto para carregar. Ninguém morre se ficar um hora sem ler mensagens no WhatsApp, sem mencionar que já existem carregadores ultrarrápidos (detalhes nesta postagem) que recarregam a bateria em alguns minutos.
Se seu aparelho não exibe uma mensagem ou emite um alerta sonoro de “carga completa”, monitore a recarga e desligue o carregador assim que o ícone da bateria indicar 100%. Carregadores originais (e modelos não originais, mas homologados pelos fabricantes de smartphones) reduzem a corrente ao mínimo quando a bateria está quase cheia e ativam um modo chamado “trickle charge”, que mantém o nível em 100% até que o carregador seja removido.
Mal comparando, isso funciona como a boia de uma caixa d’água, que fecha a passagem quando o reservatório está cheio, evitando o transbordamento.
Continua.