quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

RESTAURE-SE O IMPÉRIO DA MORALIDADE OU LOCUPLETEMO-NOS TODOS (PARTE XXI )


O país do futuro que nunca chega tem um grande passado pela frente, até porque, no Brasil, até o passado é duvidoso.

Como dizia Ivan Lessaa cada 15 anos o brasileiro esquece o que aconteceu nos últimos 15. Fosse vivo, o cofundador do Pasquim muito provavelmente reduziria sua projeção para 15 meses. Ou 15 semanas. Ou 15 dias.

O despreparo e a memória curta do eleitorado são os maiores trunfos dos maus políticos, como comprovam as pesquisas de intenção de voto.  

Lula disputou o Planalto em 1989, 1994 e 1998 e se elegeu 2002. No poder, ele e seu espúrio partido protagonizaram o Mensalão e o Petrolão — tidos e havidos como os maiores escândalos de corrução da história desta banânia. Réu em vinte processos e condenado em dois a mais de 25 anos de cana, a autoproclamada “alma viva mais honesta do Brasil” deixou sua cela VIP após míseros 580 dias, teve os processos anulados, a ficha imunda lavada e, na esdrúxula condição de “ex-corrupto”, voltou a ser o queridinho do esclarecidíssimo eleitorado tupiniquim (e de alguns togados supremos, mas isso é outra conversa).

Bolsonaro, que em 2018 protagonizou o maior estelionato eleitoral da história deste país (deixando a reeleição de Dilma no chinelo), era um dublê de mau militar e parlamentar medíocre que a conjuntura trasmudou na única alternativa para quem não queria ver o país governado pela marionete de um presidiário. Candidato pelo então nanico PSL, o ex-capitão — que deixou o quartel pela porta dos fundos e aprovou 2 míseros projetos em 27 anos como deputado federal — prometeu pegar em lanças contra a corrupção na política, acabar com o “toma-lá-dá-cá e propor ao Congresso o fim da reeleição. Eleito com 55,1% dos votos válidos, prometeu governar para todos os brasileiros.   

Depois que o Coaf levantou suspeitas de rachadinha no gabinete de seu primogênito na Alerj, o “mito” sentenciou: “Se ele errou e isso ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar”. Mas essa foi apenas mais uma promessa que sua alteza irreal não cumpriu.

Continua...