segunda-feira, 11 de abril de 2022

ESTA VAI PARA OS APPLEMANÍACOS (CONTINUAÇÃO)

PARA ADÃO, O PARAÍSO ERA ONDE ESTAVA EVA.

A marca da maçã mordida sempre se destacou pela excelência de seus produtos, mas a arquitetura fechada, o software proprietário e o preço nas alturas fazem desses aparelhos um sonho de consumo de muitos, mas que poucos têm cacife para realizar. 

Depois que meu desktop baixou ao hospital (ainda não há previsão de alta) e usar meu notebook com Windows 11 se tornou um teste de paciência (graças ao disco rígido eletromecânico), resolvi explorar novas opções e acabei me encantando com o Mac Pro. Mas parte desse encanto se foi quando descobri que, mesmo na configuração mais modesta, essa belezinha custa tanto quanto um VW Polo zero quilômetro.

Fazia tempo que eu vinha pensando em conhecer melhor o sistema da maçã — minha experiência nessa seara se limitava a duas semanas a bordo de um MacBook, que eu usei em 2006 para embasar um comparativo envolvendo o macOS, o Windows e o Ubuntu. Depois de muito fuçar, descobri que uma versão mais antiga do continua sendo vendida, e por um valor menos apavorante (ainda que não menos assustador). Mas mais vale um gosto do que dois tostões no bolso, como dizia meu finado pai.


Quem olha para o gabinete cilíndrico de 25 cm de altura e 17 cm de diâmetro não imagina o “poder de fogo” desse computador, que é equipado com um processador Intel Xeon E5 de 6 núcleos (12 threads), 64 GB de RAM DDR3 (a 1866 MHz) 1 TB de armazenamento (SSD/NVMe) e gráficos AMD FirePro D700 com 6 GB de VRAM GDDR5. Ele dispõe de suporte nativo ao Wi-Fi 802.11ac e Bluetooth 4.0, duas portas de rede (LAN), quatro USB 3.0 e seis Thunderbolt 2Completam o conjunto a saída HDMI (para monitor de vídeo) e os conectores para microfone e fone de ouvido. 


A Apple caprichou tanto na arquitetura interna (com foco no desempenho) quanto no gabinete cilíndrico, que é feito de alumínio polido e “pede” para ficar sobre a mesa. O sistema de exaustão é poderoso, mas silencioso: em vez de usar vários dissipadores de calor e múltiplos ventiladores para resfriar o processador e as placas gráficas, a empresa optou por uma peça de alumínio extrudado com apenas um ventilador, mas de tamanho maior e com as pás curvadas para trás, o que garante melhor desempenho com menos rotações por minuto e, consequentemente, menos ruído.


Volto a frisar que produtos da Apple não são para qualquer bolso, e a coisa não fica muito melhor quando o proprietário é precisa recorrer à assistência técnica autorizada. A boa notícia para os applemaníacos que não nasceram em berço de ouro — e, portanto, dão duro para pagar suas contas — é a Reparação de Autoatendimento


O anuncio, feito no final do ano passado, informa que peças de reposição serão vendidas pelo mesmo preço cobrado das oficinas de consertos, e que manuais serão disponibilizados no site da Apple, para que interessados possam reparar eles próprios seus aparelhos. 


Inicialmente, o programa contempla somente iPhones 12 e 13 e computadores com chip M1 (para saber mais, clique aqui).